O ator e diretor Fábio Porchat apadrinhou a creche da Ocupação Eliana Silva, organizada pelo Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas. Contribua você também com a construção desse sonho e ajude a garantir educação e melhores condições para dezenas de famílias! Acesse: http://catarse.me/pt/crecheelianasilva e contribua!
A submissão da universidade ao neoliberalismo
Como sabem, sou Professor da Universidade do Porto. Isto deveria bastar para me sentir muito orgulhoso, muito inchado, muito babado e extremamente feliz. E por quê? Porque, nos últimos sete anos, tanto nos discursos do Magnífico Reitor como nos documentos elaborados pela Reitoria da U. Porto, esta é enfaticamente apresentada como a ‘maior’, a ‘mais produtiva’ e a ‘melhor’ do país. Mais ainda, as mesmas fontes asseveram que, em 2020, a minha Universidade vai ser incluída no sacrossanto ranking das 100 melhores universidades do mundo!
A um indivíduo ‘normal’ isto bastaria para ter a alma a cantar de júbilo dentro do corpo e a querer saltar e dançar fora dele! Realmente não é fácil juntar tanto motivo justificador de uma existência eufórica. Só que eu sou ‘anormal’ e dissonante; pasme-se, não me incluo na ‘pauta’ e na escala vigentes na minha universidade! Nem aqueles tão altaneiros feitos me aliviam do estado de abandono, desalento, frustração e indignação em que me encontro. Para entender bem o revelado é importante prestar atenção ao não revelado!
Por um lado, a minha Universidade tem cometido traição, sim, traição, contra a missão a que está obrigada toda a instituição universitária como casa da Humanidade, da ética, da estética, da transcendência, da espiritualidade e da busca da verdade. Eu explico: os portugueses, entre os quais me incluo e se incluem todos os integrantes da universidade, têm sido sujeitos a um esbulho nos mais variados domínios. Ora nunca, repito, nunca o Reitor da minha Universidade, no decurso do seu longo mandato, tomou uma posição pública sobre este assunto.
Por outro lado, como se o ponto anterior não bastasse, o Magnífico Reitor da minha Universidade tem porfiado em implementar nela a ideologia e as medidas ditadas pela gadanha e seitoura mercadológicas. Docentes e não docentes, sobretudo os segundos, têm sido vítimas de autênticos vilipêndios.
Em suma, eu tenho vergonha por ver a minha Universidade ser cúmplice e conivente com a indecência que lavra no país, seja por concordância e complacência, seja por ação e omissão.
A Universidade precisa de um idioma que apele ao exercício da cidadania e à recusa do silêncio; que faça florescer a sensibilidade ao sofrimento alheio, a pulsão do altruísmo e da solidariedade, nas suas múltiplas modalidades, como método de resistir à gélida indiferença, tornada lei da selva humana e aceite como saída inevitável; que leve a olhar o rosto do outro não como dispensável e inútil, mas como nosso semelhante e obrigue à responsabilidade por ele; que fale da fragilidade, vulnerabilidade e precariedade da condição humana, comuns a todos; que nos desvie da tentação de encarar a vida dos outros como dispensável, supérflua e estranha à nossa; que ajude a perceber as circunstâncias que fazem as vidas menos ou mais ‘choráveis’; que nos intime a denunciar os atropelos da dignidade humana, da integridade e honestidade, a exigir a restituição da humanidade ameaçada e a reposição da justiça espoliada; que nos vincule uns aos outros; que nos galvanize a dizer aos nossos governantes e representantes que eles não são donos ou colonizadores de nós, nem nós seus servos ou escravos, que não podem privar-nos dos direitos e considerar-nos imigrantes ilegais na própria pátria, que não podem decidir a bel-prazer como base ou só no voto ou só na lei, sob pena dos escrutínios eleitorais serem cada vez mais uma treta, que temos o direito de existir e eles o dever de garantir o cumprimento dos valores basilares da vida e da convivência humana e democrática.
Será um excesso infundado desejar que o Reitor da minha Universidade não seja sósia dos políticos neoliberais, fanáticos e sem inquietudes humanistas, que nos tocaram em sorte? Provavelmente é um exagero da minha parte! Se assim for, exibo como desculpa a inépcia para compreender o novo e triunfante figurino deste mundo e para me conformar a uma noção mercadológica de Universidade.
Jorge Bento é Professor Catedrático da Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto (Portugal)
Passeata contra o leilão da Petrobrás no Rio Grande do Norte
No Rio Grande do Norte a luta contra o leilão do campo de Libra começou no dia 17 ao amanhecer. Dezenas de militantes de diversos sindicatos, partidos de esquerda, centrais sindicais e movimentos sociais fortaleceram o piquete na sede da Petrobrás em Natal no primeiro dia da greve deflagrada pelo Sindpetro/RN.
A greve dos petroleiros acontece em todo país e além de reivindicar reajuste salarial também exige o cancelamento do leilão do campo de Libra. O leilão representa um crime de lesa-pátria e vai entregar um dos maiores campos de petróleo do mundo a empresas privadas.
Para chamar a atenção da sociedade para mais este crime contra o povo brasileiro foi realizado às 15 horas, no centro de Natal, uma passeata que contou novamente com a presença de sindicatos, partidos e parlamentares de esquerda, com os trabalhadores da Saúde que estão em greve e com o MLB – Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas.
Durante todo o ato palavras de ordem como “leilão, leilão é privatização, o petróleo é nosso e não abrimos mão” foram entoadas pelas companheiras e companheiros. O ato foi encerrado com discursos na Av. Rio Branco.
Redação RN
Paulo Betti também é contra o leilão de Libra!
Contra o Leilão de Libra! Venha curtir o melhor da música e entrar na luta contra o leilão do Campo de Libra! Diferentes gerações e tribos vão se encontrar no dia 03 de outubro na praça XV para cantar, dançar, curtir e lutar junto com grandes artistas. O evento é gratuito!
Beth Carvalho também é contra o leilão de Libra!
Contra o Leilão de Libra! Venha curtir o melhor da música e entrar na luta contra o leilão do Campo de Libra! Diferentes gerações e tribos vão se encontrar no dia 03 de outubro na praça XV para cantar, dançar, curtir e lutar junto com grandes artistas. O evento é gratuito!
Caminho soberano: o petróleo tem que ser nosso!
Caminho soberano, o novo documentário da campanha “O Petróleo Tem Que Ser Nosso”. Prévia do documentário que tem depoimentos de políticos, especialistas, dirigentes sindicais, estudantes e nacionalistas que defendem a exploração 100% nacional dos campos do pré-sal.
A campanha a favor do Brasil e contra os leilões das jazidas de petróleo. Patrocinado pelo SINDIPETRO-RJ e pela AEPET. Informações: www.apn.org.br
Mapa da desigualdade em 2013: 0,7% da população detém 41% da riqueza mundial
Nova pesquisa revela que PIB mundial atinge maior valor da história, mas divisão segue extremamente desigual
Cinco anos depois do início da crise econômica mundial, marcada pela quebra do banco norte-americano Lehamn Brothers, os indicadores financeiros seguem apontando para uma concentração da riqueza ao redor do globo. De acordo com o relatório “Credit Suisse 2013 Wealth Report”, um dos mapeamentos mais completos sobre o assunto divulgados recentemente, 0,7% da população concentra 41% da riqueza mundial.
Em valor acumulado, a riqueza mundial atingiu em 2013 o recorde de todos os tempos: US$ 241 trilhões. Se este número fosse dividido proporcionalmente pela população mundial, a média da riqueza seria de US$ 51.600 por pessoa. No entanto, não é o que acontece. Veja abaixo o gráfico da projeção de cada país se o PIB fosse dividido pela população:
A Austrália é o país com a média de riqueza melhor distribuída pela população entre as nações mais ricas do planeta. De acordo com o estudo, os australianos têm média de riqueza nacional de US$ 219 mil dólares.
Apesar de serem o país mais rico do mundo em termos de PIB (Produto Interno Bruto) e capital produzido, os EUA têm um dos maiores índices de pobreza e desigualdade do mundo. Se dividida, a riqueza dos EUA seria, em média, de mais de US$ 110 mil dólares. No entanto, é atualmente de apenas US$ 45 mil dólares – menos da metade.
Entre os países com patrimônio médio de US$ 25 mil a US$ 100 mil, se destacam emergentes como Chile, Uruguai, Portugal e Turquia. No Oriente, Arábia Saudita, Malásia e Coreia do Sul. A Líbia é o único país do continente africano neste grupo. A África, aliás, continua com o posto de continente com a menor riqueza acumulada.
Mesmo com o crescimento da riqueza mundial, a desigualdade social continua com índices elevados. Os 10% mais ricos do planos detêm atualmente 86% da riqueza mundial. Destes 0,7% tem posse de 41% da riqueza mundial.
Veja no gráfico abaixo a pirâmide da riqueza. Apenas 0,7% da população detém US$ 98,7 trilhões de dólares:
Os pesquisadores da Credit Suisse também fizeram uma projeção sobre o crescimento dos milionários ao redor do mundo nos próximos cinco anos. Polônia e Brasil, com 89% e 84% respectivamente, são os países que mais vão multiplicar seus milionários até 2013. No mesmo período, os EUA terão um aumento de 41% do número de milionários, o que representa cerca de 18.618 de pessoas com o patrimônio acima de 1 milhão de dólares.
Em meados deste ano, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) divulgou um estudo sobre o crescimento da desigualdade social nos países desenvolvidos, como consequência da crise financeira.
A organização diz que o número de pobres cresceu entre 2010 e 2011 em 14 das 26 economias desenvolvidas, incluindo EUA, França, Espanha e Dinamarca. Nos mesmos países, houve forte aumento do desemprego de longa duração e a deterioração das condições de trabalho. Atualmente, o número de desempregados no mundo supera os 200 milhões.
Em contrapartida, entre os países do G20, o lucro das empresas aumentou 3,4% entre 2007 e 2012, enquanto os salários subiram apenas 2,2%.
Segundo informações da imprensa europeia, na Alemanha e em Hong Kong, os salários dos presidentes das grandes empresas chegaram a aumentar 25% de 2007 a 2011, chegando a ser de 150 e 190 vezes maiores que o salário médio dos trabalhadores do país. Nos Estados Unidos, essa proporção é de 508 vezes.
Fonte: Opera Mundi
Nota de esclarecimento da UBES
Nota de esclarecimento da UBES
A Diretoria da UBES, por meio de sua Reunião Executiva no último domingo (6/10), vem a público desfazer o equívoco e esclarecer aos estudantes brasileiros – em especial os estudantes pernambucanos – sobre nota publicada no site, de 19 a 26 de setembro, em referência a representação da União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (UESPE) e da Associação Recifense dos Estudantes Secundaristas (ARES) em Recife.
As informações não procedem, portanto, é necessário ressaltar que a representação legítima das entidades é feita por Davi Lira, presidente da UESPE e Andersa Karla, presidente da ARES-Recife. Ambos líderes estudantis permanecem em exercício de seus mandatos, inclusive à frente das entidades durante as atividades oficiais da UBES, entre eles o Encontro Nacional de Grêmios (2º ENG); o Encontro Nacional de Estudantes de Escolas Técnicas (ENET) e o Conselho Nacional de entidades Gerais (CONEG).
Sempre primando pelos estudantes brasileiros, nos colocamos à disposição de todos para quaisquer esclarecimentos.
Diretoria Executiva da UBES
Mais uma mulher assassinada em Fortaleza
No último dia 13 de outubro, o chefe de gabinete da Prefeitura de Madalena (a 180 km de Fortaleza), Francisco das Chagas Filho, matou a esposa, Andreia Jucá Terceiro, de 39 anos, com vários golpes de faca.
O ex-suplente de vereador em Fortaleza pelo PT do B, conhecido popularmente por ‘Alan Terceiro’, alegou que foi traído pela esposa, e por isso a matou. Um verdadeiro absurdo! O casal tinha três filhos e, após 18 anos, se separou devido a constantes brigas. Alan foi preso em flagrante na residência do casal, onde cometeu o crime, mas muitos assassinos de mulheres continuam soltos.
Infelizmente, o caso de Andreia não é uma exceção, e sim uma regra. Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e o Núcleo de Gênero Pró-Mulher do Ministério Público Estadual (MPE), entre os anos de 2010 e 2012, a quantidade de mulheres assassinadas no Ceará saltou de 171 para 197, configurando um aumento de 15,2%. Em Fortaleza, foram 67 feminicídios, em 2010, e 77, em 2012, um crescimento de 14,9%.
De acordo com Rena Gomes, Delegada Titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza (DDM), o aumento é resultado da “cultura machista”, e defende ainda que, desde que a Lei Maria da Penha foi implantada, nunca se prendeu tantos homens agressores quanto hoje. Foram presos cinco mil em Fortaleza, e, a cada ano, são presos cerca de 600 agressores.
Enquanto permanecer a cultura machista de que a mulher é propriedade do homem, vamos presenciar casos como o de Andreia, assassinada brutalmente pelo ex-marido.
Paula Virgínia, Movimento de Mulheres Olga Benário – Fortaleza
Fenet realiza Seminário de Educação Profissional e Tecnológica na Bahia
Ocorreu entre os dias 04 a 06 de outubro, no campus do IFBA- Salvador, o I Seminário de Educação Profissional e Tecnológica da Bahia. Estiveram presentes estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnológica da Bahia – IFBA e do Instituto Federal Baiano – IF Baiano dos seguintes campi: Salvador; Feira de Santana; Santo Amaro; Seabra; Jacobina; Catu e Itapetinga.
A abertura do evento foi debatida a mesa: “Que educação tecnológica nós queremos” e contou a participação do professor da UNICAMP – Renato Dagnino, o professor do IFBA – Georges Rocha e de Carlos Henrique da Diretoria da FENET. O segundo dia, a FENET trouxe na pauta, o debate sobre os leilões do Petróleo e teve a palestra do professor da UFERSA e do movimento Luta de Classes, Aroldo Félix. No período da tarde ocorreram os grupos de debates sobre: Movimento Estudantil; Políticas Educacionais; Assistência Estudantil; A luta contra as opressões e Cultura. No final da tarde foi exibido, o documentário: “Quem samba fica quem não samba vai embora” do cineasta Carlos Pronzato, e fala sobre a vida do revolucionário Carlos Mariguela, em seguida ocorreu o debate com presença do autor.
No último dia os participantes tiveram a honra de debater sobre “A VERDADE, MEMÓRIA E JUSTIÇA – Pela a abertura dos arquivos da ditadura militar”. Essa mesa foi composta pelo Deputado Estadual e membro da comissão de direitos humanos da Assembleia legislativa da Bahia – Marcelino Galo; Escritor e membro da Comissão da Verdade na Bahia – Emiliano José; a Senadora da República Lídice da Mata; o Advogado e filho de Carlos Mariguela – Carlos Mariguela Filho e membro do Partido Comunista Revolucionário e presidente do Centro Cultural Manoel Lisboa – Edival Nunes Cajá.
O seminário teve em seu encerramento, a elaboração da Carta de Salvador, um documento construído coletivamente através das propostas feitas pelos estudantes nos grupos de debates como também através das intervenções no plenário. Esse evento demonstrou a força e a disposição dos estudantes baianos para formular as diretrizes na política educacional da rede federal de ensino, como também levantar bandeiras nacionais na luta por um país mais justo e soberano.
Israel Santana e Emanuela Rodrigues – Diretores da FENET e militantes da UJR
Exposição mostra a resistência da arte e da imprensa durante o período da ditadura militar
O Cento Cultural Banco do Brasil abre as portas do passado para mostrar à juventude do presente que “Resistir é Preciso”
Iniciou-se no dia 12 de outubro, no Centro Cultural Banco do Brasil, a exposição “Resistir é Preciso”. Organizada pelo Instituto Vladimir Herzog, a exposição tem como objetivo mostrar a resistência da arte e da imprensa durante o período da ditadura militar. Ela traz publicações, obras e documentos sobre o período de 1964 a 1985.
A exposição acontece em um momento muito importante, e vem mostrar para juventude, principalmente para aquela que saiu às ruas em junho e julho deste ano, um pouco da resistência cultural pós 68, ano que foi decretado o Ato Institucional número 5, que extinguiu os direitos civis e levou ao período de maior repressão no país.
Vladimir Herzog
Vladimir Herzog é lembrado também com documentos. O jornalista foi torturado e morto em 25 de outubro de 1975. Apesar das evidências contrárias, o Estado afirmava que Herzog foi vítima de “enforcamento por asfixia mecânica”, isso é, que havia se enforcado.
O erro foi retificado quase 38 anos depois. Em março deste ano, por determinação do Tribunal de Justiça, foi refeito o atestado de óbito indicando que o jornalista foi vítima de “lesões e maus-tratos” sofridos durante o interrogatório nas dependências do segundo Exército DOI-Codi”.
Data: De 12 de outubro de 2013 a 6 de janeiro de 2014
Horário: De quarta a segunda, das 9h às 21h
Local: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro – São Paulo/SP
Camila Rosa, São Paulo