Nos dias 21 e 22 de março, no Complexo das Comissões da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, foi realizado o Seminário de Direitos Humanos promovido pelo Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), em parceria com a Associação dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC), e apoio da Secretaria de Justiça do Ceará, da deputada estadual Eliane Novais (PSB-CE), da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia e da Coordenadoria de Direitos Humanos.
Com uma programação bem diversificada, o seminário debateu a igualdade de gênero, a violência urbana, a memória e a justiça, cidade e moradia, tendo como debatedores defensores públicos, lideranças populares, juízes e professores universitários.
O público foi composto por 40 lideranças do MLB e de diversos movimentos populares e sociais, a exemplo do Movimento População de Rua, Federação de Bairros e Favelas de Fortaleza, Movimento Olga Benário e Movimento de Pessoas com Deficiência, entre outros.
Em clima de atenção, o debate sobre as violações dos direitos humanos provocado pelo sistema capitalista concluiu que era necessário lutar contra essas injustiças. Já o painel sobre moradia denunciou a violência nas desocupações forçadas e lançou uma proposta para a criação de um Grupo de Trabalho para acompanhar a situação.
Ao final, houve um debate sobre Memória, Verdade e Justiça, com a participação de Sílvio Mota (ex-militante da ALN e coordenador do Comitê da Verdade do Ceará), que reafirmou o dever e a tarefa, de cada militante, de empunhar essa bandeira e dar continuidade à luta pelo socialismo.
Virgínia Ferreira, coordenadora nacional do Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas-MLB
O crescimento do número de simpatizantes neonazistas tem se tornado uma tendência internacional. É o que aponta um monitoramento da internet realizado pela antropóloga e pesquisadora da Unicamp, Adriana Dias. De 2002 a 2009, o número de sites que veiculam informações de interesse neonazistas subiu 170%, saltando de 7.600 para 20.502. No mesmo período, os comentários em fóruns sobre o tema cresceram 42.585%.
Nas redes sociais, os dados são igualmente alarmantes. Existem comunidades neonazistas, antissemitas e negacionistas em 91% das 250 redes sociais analisadas pela antropóloga. E nos últimos 9 anos, o número de blogs sobre o assunto cresceu mais de 550%.
Adriana Dias trabalha há 11 anos mapeando grupos neonazistas que atuam na internet e também no mundo não virtual. Devido ao conhecimento construído, a pesquisadora já prestou consultoria para a Polícia Federal e para serviços de inteligência de Portugal, Espanha e outros países.
– Veja as estatísticas do crescimento de sites com assuntos neonazistas:
Brasil
Segunda Adriana, os grupos neonazistas eram predominantes no sul do país, mas nos últimos anos têm crescido vertiginosamente no Distrito Federal, em Minas Gerais e em São Paulo. Ela vem mapeando o número de internautas que baixam arquivos de sites neonazistas e considera simpatizantes aqueles que já fizeram mais de 100 downloads. Por esse critério, seus dados de 2013 apontam que há aproximadamente 105 mil neonazistas na região Sul.
– Estados com maior número de internautas que baixaram mais de 100 arquivos de sites neonazistas (clique nos estados)
No caso de Minas Gerais, os movimentos parecem ter ganhado fôlego em 2009, como forma de responder ao assassinato de Bernardo Dayrell Pedroso. Fundador da revista digital “O Martelo”, ele era uma referência do movimento neonazista na cidade. Acabou morto em um evento no município de Quatro Barras (PR), por uma outra gangue de skinheads neonazistas que via em Bernardo uma barreira para sua ascenção.
Organização
Não é possível descrever um único percurso para ingresso no movimento neonazista. Mas há uma trajetória mais comum: “Geralmente, eles atendem ao proselitismo na juventude. O jovem em busca de uma causa acaba recebido pelo grupo, que o convencem de que o negro ou o judeu tomou seu espaço no mercado de trabalho, na universidade, etc”, explica Adriana Dias.
Os líderes dos grupos geralmente não participam das ações violentas. “São pessoas que já possuem uma condição financeira melhor e geralmente possuem curso superior. Eles conduzem o movimento e leem muito material antissemita. Possuem um alto grau de instrução e buscam se resguardar de eventuais ações judiciais”, descreve a pesquisadora.
Em 12 de abril de 1961, o soviético Yuri Gagárin foi o primeiro homem a viajar pelo espaço, a bordo da nave Vostok-1. A missão, lançada do Cosmódromo de Baikonur, durou 1 hora e 48 minutos, e consistiu de uma volta em órbita da Terra a 315 km de altitude. A frase de Gagárin “A Terra é azul!” entrou para a história.
A tecnologia espacial soviética impressionou o mundo. Em 4 de outubro de 1957 a União Soviética lançou o satélite Sputnik 1. Poucas semanas mais tarde, a cadela Laika foi enviada ao espaço. Os Estados Unidos reagiram em 1958, com o envio da sonda Explorer 1 e a criação da Nasa.
Três semanas depois do feito histórico de Gagárin, os EUA enviaram o astronauta Alan Shepard como primeiro norte-americano ao espaço, só que num vôo balístico e que durou apenas 15 minutos.
Em maio de 1961, o então presidente John Kennedy prometeu que, até o final da década, um norte-americano pisaria na Lua. O passo seguinte foi de John Glenn, a 20 de fevereiro de 1962, com três voltas em torno da Terra.
Enquanto isso, os técnicos e engenheiros soviéticos continuavam impressionando o mundo com uma série de recordes. Em 1963, Valentina Tereshkova foi a primeira mulher no espaço sideral; dois anos depois, o cosmonauta Alexei Leonov foi o primeiro a flutuar por dez minutos fora de sua cápsula; e, no ano seguinte, o módulo Luna 9 pousou na Lua.
Confira abaixo alguns dos feitos espaciais soviéticos:
· 1957: Lançamento do R-7 Semyorka. O Primeiro Míssil Balístico Intercontinental.
· 1957: Lançamento do Primeiro Satélite da história: Sputnik 1.
· 1957: Primeiro ser vivo em órbita: a cadela Laika, no Sputnik 2.
· 1959: Lançamento de um míssil, o primeiro objeto feito pelo homem a sair da órbita da terra, Luna 1
· 1959: Primeiro objeto a passar próximo da lua, e o primeiro objeto a orbitar a Lua, Luna 1.
· 1959: Primeiro satélite a atingir a Lua, Luna 2
· 1959: Primeiras imagens do Lado Negro da Lua, Luna 3
· 1960: Lançamento do Marsnik 1, primeiro satélite a ser lançado para Marte.
· 1961: Primeiro Satélite a Vênus, Venera 1
· 1961: Primeira pessoa a entrar em órbita na Terra, Yuri Gagarinno Vostok 1.
· 1961: Primeira pessoa a passar um dia em órbita, Gherman Titov no Vostok 2
· 1962: Primeiro vôo de dois cosmonautas, nos Vostok 3 e 4.
· 1963: Primeira mulher no espaço, Valentina Tereshkova, Vostok 6.
· 1964: Primeiro vôo de vários cosmonautas, Voskhod 1
· 1965: Primeira pessoa a andar no espaço, Aleksei Leonov, Voskhod 2.
· 1965: Primeira Sonda a outro planeta (Vênus), Venera 3.
· 1966: Primeira Sonda a descer na Lua, Luna 9
· 1966: Primeira Sonda a orbitar a Lua, Luna 10.
· 1967: Primeira vez em que duas naves (Kosmos 186 e Kosmos 188, ambas sem tripulação) se encontram em órbita (Este feito não seria imitado pelos EUA até 2006).
· 1969: Pela primeira vez, a nave Soyuz 4 se encontra com aSoyuz 5 e sua tripulação vai para ela e volta á Terra.
· 1970:. Primeiros sinais enviados á Lua pela Luna 16.
· 1970: Primeiro robô móvel, Lunokhod 1.
· 1970: Primeiros dados envviados de uma sonda de outro planeta (Venus), Venera 7.
· 1971: Primeira estação espacial, Salyut 1.
· 1975: Primeiro satélite a orbitar Vênus e enviar dados á terra,Venera 9
· 1984: Primeira mulher a andar no espaço Svetlana Savitskaja(Salyut 7)
· 1986: Primeira equipe a visitar duas estações espaciais, Salyut eMir.
· 1986: Primeira estação espacial permanente na órbita da Terra, oMIR, de 1986 a 2001.
· 1987: Primeira equipe a passar mais de um ano a bordo da Mir,Vladimir Titov e Musa Manarov.
No último dia 10 de abril, o movimento estudantil secundarista de João Pessoa, Capital da Paraíba, obteve um grande avanço na luta pelo passe-livre estudantil. O prefeito Luciano Cartaxo (PT) anunciou a implementação deste direito para os alunos da rede municipal de ensino (cerca de 22 mil) a partir de um fundo específico da Secretaria de Educação (R$ 2,4 milhões ao ano). Serão duas passagens por dia, exclusivamente para ir à escola.
A Associação Paraibana dos Estudantes Secundaristas (Apes) esteve presente na mesa da cerimônia: “Esta é uma vitória muito importante para os estudantes de João Pessoa, pois o passe-livre é uma bandeira histórica do movimento estudantil brasileiro. Entendemos que a Prefeitura está de parabéns pela sensibilidade em perceber isto. Porém, para nós ainda não é suficiente. Esta vitória é um incentivo para continuarmos na luta para garantir o passe-livre para todos os estudantes, inclusive da rede estadual e federal, abrangendo toda a Região Metropolitana da Capital. Vamos não só manter este diálogo com a Prefeitura, para avançar na proposta apresentada hoje, mas também cobrar do Governo Estadual e dos empresários sua parcela. O transporte coletivo na nossa cidade é uma concessão pública, e as empresas de ônibus lucram muito com isso”, declarou Athamir Araújo, tesoureiro da Apes.
No último dia 27 de março, a Apes organizou uma passeata, com destino à Prefeitura de João Pessoa, para comemorar o Dia Nacional de Luta dos Estudantes e cobrar o passe-livre estudantil. Na ocasião, a entidade já havia questionado as limitações do projeto, uma vez que está sendo encarada apenas do ponto de vista da educação, mas que precisa contemplar também todas as demandas de mobilidade urbana da juventude.
Peritos do Ministério das Finanças da Grécia elaboraram um relatório no qual concluem que as dívidas da Alemanha para com o povo grego, ainda não saldadas, ascendem a cerca de 162 bilhões de euros, valor quase igual ao dos resgates da troika.
As autoridades gregas sob a direção do primeiro ministro conservador Antonis Samaras têm mantido o relatório secreto, mas o documento acabou por ser divulgado durante o fim de semana pelo jornal ateniense To Vima.
Nos termos do documento, a dívida decorre de empréstimos que o regime nazi forçou a Grécia a fazer durante a Segunda Guerra Mundial e que ascendem a 54 bilhões de euros a valores atuais; e dos cálculos sobre os encargos com a reconstrução do país, que esteve ocupado pelas tropas do Reich, na ordem dos 108 bilhões de euros. A dívida total de 162 bilhões de euros fica apenas dez bilhões de euros abaixo do valor dos resgates da troika à Grécia, acompanhados por imposições econômicas e políticas que geraram o caos social no país e cujas responsabilidades pertencem, em grande parte, ao regime alemão da Srª Merkel.
As notícias sobre as dívidas de Berlim a Atenas foram reproduzidas no site do semanário alemão Der Spiegel, mas não mereceram, até agora, comentários das autoridades. A Alemanha tem-se recusado sempre a admitir que tem dívidas para com a Grécia relacionadas com a guerra.
A baronesa Thatcher “morreu em paz”, anunciou o porta-voz da família da antiga primeira ministra britânica na manhã de segunda-feira. Desapareceu uma das “grandes estadistas” do séc. XX, comentam dirigentes políticos da atualidade e do seu tempo através da Europa e dos Estados Unidos. Na realidade, o legado da “dama de ferro” que durante 11 anos (1979-1990) governou o Reino Unido está à vista de todos nos tempos que passam: a guerra social contra os trabalhadores imposta pelo regime neoliberal globalizado.
A par de Augusto Pinochet, no Chile, e de Ronald Reagan, nos Estados Unidos, Margaret Thatcher foi uma das dirigentes que contribuiu de maneira decisiva para a implantação do regime neoliberal e consequente desmantelamento do papel dos Estados na sociedade, aplicando as teses de Milton Friedman e da chamada “Escola de Chicago”, na linha de Friedrich Von Hayek, o “guru” da “dama de ferro”.
Gerry Adams, o presidente do Sinn Féin e histórico lutador republicano irlandês, declarou a seguir à morte de Thatcher que a ex-primeira ministra britânica “provocou grandes feridas entre os irlandeses e os britânicos” durante o seu consulado. O dirigente irlandês acrescentou que devido à política da ex-primeira ministra, “as comunidades da classe trabalhadora foram devastadas” no Reino Unido. E também a nível internacional, disse, “o seu papel foi igualmente beligerante através do apoio ao ditador chileno Pinochet, da sua oposição às sanções contra o apartheid na África do Sul e do apoio aos Khmeres Vermelhos” no Cambodja.
A guerra contra a greve dos mineiros em 1981 e 1982, para a qual mobilizou efetivos policiais nunca vistos, o combate feroz contra os sindicatos desenvolvido a partir dessa vitória, e a sintonia com a administração Reagan nos Estados Unidos contribuíram para transformar radicalmente a economia mundial no sentido do poder absoluto dos mercados e a minimização do papel dos Estados. A génese da guerra social contra os trabalhadores que caracteriza a situação atual, em que a austeridade é o único meio de combate contra a crise, está no consulado de Margaret Thatcher. O seu “euroceticismo” não evitou que as políticas monetaristas e as teses fundamentalistas neoliberais fossem adotadas na União Europeia na fase do alargamento que seguiu à queda da União Soviética e durante a qual foi lançado o euro. A Srª Merkel é a versão alemã e pan-europeia da Srª Thatcher três décadas depois.
“A Constituição da Liberdade”, de Friedrich Van Hayek, foi a “bíblia” da Srª Thatcher. Van Hayek tinha opiniões com grande atualidade sobre a relação entre a democracia e as crises económicas. “As restrições à democracia podem ser necessárias num período de transição”, declarou o “guru” de Thatcher numa entrevista dada por sinal a um jornal chileno durante a ditadura neoliberal de Pinochet. Dizia ainda Van Hayek que “se a opção totalitária é a única oportunidade que existe num determinado momento, então pode ser a melhor solução”.
Para a História fica uma carta da Srª Thatcher ao seu mentor explicando as razões pelas quais não poderia seguir passo a passo a experiência chilena. “Estou segura (…) de que concorda que no Reino Unido, com as nossas instituições democráticas e a necessidade de elevado grau de consenso, algumas medidas adotadas no Chile são inaceitáveis”. Por vezes, explicava a “dama de ferro”, “o processo poderá parecer dolorosamente lento, mas estou certo de que o concretizaremos à nossa maneira e no nosso tempo. Então ficará para durar”.
Margaret Thatcher também teve a sua guerra de cariz imperial ao impedir a Argentina de assumir o controlo sobre o Arquipélago das Malvinas, conhecido também por Falkland na versão colonial. O conflito permitiu-lhe associar a vertente populista e nacionalista às transformações neoliberais, inventando então o chamado “capitalismo popular”. Por exemplo, a privatização das casas de renda social, tornando cada ocupante um proprietário, fez com que cada família tivesse que pagar mensalmente a um banco várias vezes a verba que até então entregava ao Estado.
Portugal teve o seu papel nessa guerra, ao lado da “dama de ferro”, ao permitir que aviões britânicos utilizassem os Açores à sombra da “velha aliança”, de que os governantes portugueses se esqueceram, por exemplo, durante grande parte da Segunda Guerra Mundial. A confissão dessa colaboração numa guerra de índole colonial foi feita segunda-feira pelo primeiro ministro de então, Francisco Pinto Balsemão, uma das vozes que elegeu Margaret Thatcher como “grande estadista” do séc. XX.
“Aqui na Irlanda”, lembra Gerry Adams, o culto de Thatcher “pelas velhas políticas militaristas draconianas prolongou a guerra e causou grande sofrimento. Recorreu à censura, ao ataque e à morte de cidadãos através de operações secretas, incluindo advogados como Pat Finucane, juntamente com operações militares mais abertas, e recusou-se a reconhecer o direito de voto dos cidadãos nos partidos por eles escolhidos”.
“Margaret Thatcher será especialmente recordada pelo seu vergonhoso papel durante as épicas greves da fome em 1980 e 1981”. Às mãos da “dama de ferro” morreram, nesse episódio, bravos militantes republicanos como Bobby Sands.
Centenas de pessoas se reuniram em diversas partes da Inglaterra para festejar a morte de Margaret Thatcher, uma das mais ferozes inimigas da classe trabalhadora das últimas décadas.
Conhecida principalmente por suas privatizações, pelos cortes e pela repressão aos trabalhadores, a mídia burguesa a tem apresentado como uma figura que “divide opiniões”. No entanto, para colocar claramente como são “divididas” as opiniões sobre Thatcher, basta lembrar que em seu governo 10% dos mais ricos passaram a deter 97% das riquezas do país. Tal é a “divisão de opiniões” sobre a “dama de ferro”.
No vídeo abaixo podemos ver parte de uma manifestação, na qual o letreiro de um cinema é alterado por um manifestante para a frase “Margaret Thatcher está morta”. Abaixo dessa frase é formada a sigla LOL, muito comum na internet, que significa Laughing out loud (“rindo muito alto”).
Durante as manifestações puderam ser ouvidas canções que diziam “Quem odeia a Thatcher bata palmas”, e diversas pessoas carregavam cartazes pelas ruas com dizeres como “Alegre-se, a Thatcher morreu” ou “Tin Ton! A bruxa morreu!”
Outro manifestante gritava no megafone “Leite gratuito para todos!”, numa referência a uma medida de Thatcher que retirou o leite gratuito das escolas.
Um website criado há três anos com o nome “Margaret Thatcher já morreu?” (http://www.isthatcherdeadyet.co.uk/) foi atualizado ontem pela primeira vez com a palavra “YES”.
Mas para mostrar o por que de tanta impopularidade de Thatcher com a classe trabalhadora citamos algumas de suas odiosas medidas que foram compiladas num artigo de Neil Harding, intitulado 20 reasons why I hate Thatcher (“20 razões por que eu odeio a Thatcher”).
1. Como secretária de Educação Thatcher retirou o leite da merenda escolar, desregulando posteriormente o cardápio de forma que tudo o que havia no menu era chips e hambúrguer.
2. Na primeira das duas recessões de seu governo (a pior desde 1930), um quinto da produção industrial foi destruído e o desemprego duplicou.
3. Entrou em guerra contra a Argentina pelas Ilhas Malvinas, com o objetivo claro de distrair a atenção da população para os graves problemas econômicos domésticos através da guerra estrangeira.
4. Aumentou o abismo entre ricos e pobres. Quando assumiu o governo os 50% mais ricos do país detinham 97% de toda a riqueza do país. Thatcher fez com que apenas os 10% mais ricos do país detivessem 97% da riqueza.
Thatcher e Pinochet
5. Os jovens mendigos foi uma invenção de Thatcher. O legado do desemprego massivo para a juventude e regiões com altos índices de criminalidade são uma herança de seu governo.
6. O mito da “líder forte”: isso foi uma invenção total da imprensa. A única força de Thatcher era não ter princípio algum, como mostra suas flutuantes posições sobre o tabagismo e o federalismo, por exemplo.
7. Degradação das profissões sociais: assistentes sociais foram praticamente chamados de criminosos em seu governo. O salário dos professores foi tão degradado que a profissão quase desapareceu enquanto tal.
8. “Não existe sociedade”, ela disse. Será que Thatcher previu a geração “playstation”? O egoísmo como virtude é o que parece resumir todo o senso de moralidade de Thatcher.
9. Privatização e corrupção. Thatcher privatizou seviços essenciais à população como água, gás, eletricidade, transporte urbano e rodovias.
10. A taxa de criminalidade duplicou sob Thatcher. Essa talvez seja a estatística mais surpreendente, considerando sua ênfase na “lei” e na “ordem”.
Além disso, um memorável episódio do governo Thatcher foi a feroz repressão à greve dos mineiros que durou de 5 de março de 1984 a 3 de março de 1985. Para vencer a greve Thatcher passou a importar carvão e usou de muita força policial e repressão contra os trabalhadores.
Sobre a greve dos mineiros, Thatcher escreveu em suas memórias: “Eu nunca tive dúvidas sobre o verdadeiro objetivo da esquerda ‘dura’ (hard left). Eles eram revolucionários que procuravam impor um sistema marxista na Grã-Bretanha, quaisquer fossem os meios e os custos. […] O que a derrota da greve demonstrou é que a Grã-Bretanha não podia ser tornada ingovernável pela esquerda fascista.” E completou: “Os marxistas quiseram desafiar a lei do país com o objetivo de desafiar as leis da economia. Eles falharam.”
Ao contrário de Yoani Sánchez, a blogueira cubana que é livre para viajar o mundo e visitar uma diversidade de países, Elaine Díaz Rodríguez, blogueira, jornalista e professora foi impedida de entrar nos EUA para um dos maiores eventos de Ciências Sociais do mundo.
A tarde desta quarta-feira foi momento de mais um ataque à liberdade nas relações entre Estados Unidos e Cuba. Elaine Díaz Rodríguez, blogueira, jornalista e professora da Universidade de Havana, foi impedida de ir aos EUA para um dos maiores eventos de Ciências Sociais do mundo, o XXXI Congresso Internacional de Estudos Latino-Americanos.
Elaine teve seu trabalho aprovado pela Associação de Estudos Latino-Americanos, organizadora do evento, que também deu a ela uma bolsa para a viagem. Mesmo assim, o governo dos EUA não concedeu o visto a Elaine.
Agora, a jornalista e professora se pergunta quem cerceia a liberdade, Cuba ou os EUA? Por que Yoani Sánchez pode ir aos EUA, mas Elaine não? “Não tive nenhum problema com Cuba para sair, nunca”, disse ela ao Jornalismo B. E completou: “É humilhante que neguem vistos a acadêmicos enquanto recebem de braços abertos a Yoani (Sánchez)”.
Em seu Facebook, Elaine agradeceu aos governos do Brasil e do Quênia por a terem recebido para congressos em 2012, e disse torcer “para que o Congresso mais importante de Ciências Sociais do mundo saia novamente do território estadunidense, só assim se garantirá a presença de todos os cubanos e cubanas aceitos pela Lasa (sigla da organizadora)”.
Novamente os poloneses se mostraram contrários a entrada do seu país na zona do Euro. Pesquisa realizada em fevereiro passado mostrou que 64% da população é contrária às medidas liberais de tal entrada e que não a enxergam como solução, mas como um problema. Outros países da zona já mostraram o que se pode esperar da moeda.
Europa dos desempregados
Acompanhado à pesquisa, para os países que implantaram o Euro, o desemprego bateu índices recordes para o mesmo mês. Cerca de 12% dos trabalhadores, mais de 19 milhões de pessoas, estão sem emprego. Somente no mês de fevereiro, 33 mil pessoas ficaram desempregadas, fruto da resposta econômica de austeridade para enfrentar a crise causada, em grande parte, pelo próprio Euro.
A Espanha atualmente amarga 26,3% dos espanhóis desempregados, ainda que seu governo defenda a moeda. Analistas econômicos liberais do Merrion Economics responderam em defesa do modelo no mês de março, animados (pasmem) com a dívida da Espanha. Declararam ser a Espanha uma ganhadora: “Esta tendência é o sinal de uma nova era de estabilidade nos mercados de capitais da Zona do Euro e é um sinal de que o compromisso do Banco Central Europeu para com a moeda única conteve a ameaça de contágio. E de que os investidores procuram rentabilidade”.
Rentabilidade todos sabem que os investidores procuram, mas o retorno social para a população é visivelmente negativo. O Euro se assemelha cada vez mais a uma “bomba” sócio-econômica.
Índios de várias tribos costumavam vir ao Rio de Janeiro todos os anos para fazerem gratuitamente atividades em escolas e espaços culturais com a finalidade de divulgar um pouco da cultura que eles ainda mantêm em suas aldeias. Quando vinham para o Rio, sem apoio de nenhuma instituição, ficavam acampados no pátio do Museu do Índio, batizado em 2006 de “Aldeia Maracanã”, depois que índios de diversas tribos do Brasil resolveram ocupar o prédio do Museu que estava abandonado desde 1978.
Quem passava do lado do museu, criado por Darcy Ribeiro e que vai completar 147 anos, podia pensar que o lugar estava abandonado. Mas desde 2006 os índios resolveram dar um novo uso para aquele lugar: transformar uma casa vazia numa grande aldeia que se tornasse uma ponte entre a cidade grande e as tribos espalhadas por todo Brasil, uma ponte entre a memória de um passado quase sem registro e a grande metrópole do futuro, entre os pequenos grupos de índios remanescentes em terras de lugares distantes de nós e os milhões que formam a multidão da cidade do Rio.
Mas nos últimos meses esse projeto de ambiente de convivência e manutenção da cultura indígena sofreu uma série de ameaças que saíram da boca do governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Afirmou que o governo demoliria o antigo prédio do Museu do Índio por conta dos preparativos para a Copa do Mundo. Na ocasião justificou a decisão por uma determinação da FIFA: “O Museu do Índio, perto do Maracanã, será demolido. Vai virar uma área de mobilidade e de circulação de pessoas. É uma exigência da Fifa e do Comitê Organizador Local”. A entidade máxima do futebol desmentiu o fato: “A este respeito, a FIFA gostaria de esclarecer que, além de estar completamente de acordo com todos os argumentos apresentados no vosso ofício, nunca solicitou a demolição do antigo Museu do Índio do Rio de Janeiro ao governo do Estado ou a qualquer outra autoridade”.
O governador do PMDB também minimizou a questão negando o valor histórico e cultural do prédio: “O prédio não tem qualquer valor histórico, não é tombado por ninguém. Vamos derrubar”, argumentou o governador.
O tratamento que o governador Sérgio Cabral, com apoio do prefeito do Rio, acabou dando aos índios foi de forma violenta. Os índios foram retirados do Museu do Índio no último dia 22 de março debaixo de tiros de bala de borracha e spray de pimenta pela tropa de Choque da PM. Os índios, que já foram expulsos de suas terras pelo homem branco, agora foram expulsos do museu construído para eles, mais uma vez pelos mesmos homens que dizimaram centenas de formas de expressão da cultura indígena. Desta vez com o apoio da imprensa por detrás do véu da farsa da democracia constituída.
As principais forças políticas italianas criticam a decisão do presidente Napolitano (foto) de criar uma “comissão de sábios” para resolver a crise política. O país continua a ser governado por um primeiro ministro não eleito que teve dez por cento nas últimas eleições gerais.
Depois dos “tecnocratas”, que continuam a governar, surgiram os “sábios”. Num dia em que os jornais italianos admitiam a sua demissão, o presidente Giorgio Napolitano anunciou a criação de uma “comissão de sábios”, constituída por dez personalidades por ele escolhidas, encarregada de definir objetivos mínimos para acordos políticos suscetíveis de conduzir a um novo governo.
Depois de algumas horas de expectativa, os partidos mais votados nas últimas eleições gerais criticaram a decisão e declararam-se pouco dispostos a colaborar com os escolhidos do presidente. A direita berlusconiana respondeu que “com todo o respeito que o presidente merece, os grupos que formou não servem para nada”. O Partido Democrata de Piero Luigi Bersani declarou-se “cético” em relação à iniciativa presidencial. O Movimento Cinco Estrelas, do ator e populista Beppe Grillo, manifestou-se desconfiado dos “misteriosos negociadores ou mediadores que operam como grupos de sábios ou zeladores da democracia”.
O único apoio declarado partiu do grupo “Desafio Cívico”, do primeiro ministro em exercício, Mário Monti, que recebeu apenas dez por cento dos votos e continua a ser a correia de transmissão, em Roma, das políticas de Bruxelas e Berlim. O presidente Napolitano que, segundo a imprensa, recebeu um telefonema do presidente do Banco Central Europeu, Mário Draghi, pedindo-lhe para não se demitir, afirmou que Monti está em plenas funções e pode continuar a governar com o novo Parlamento. A direita de Sílvio Berlusconi respondeu que Monti é “um zombie”.
O anúncio da criação da “comissão de sábios” seguiu-se à desistência de Pier Luigi Bersani de formar governo, depois de o mesmo ter acontecido a Berlusconi e Grillo. O chefe da direita continua a insistir numa aliança com Bersani mas, até ao momento, o Partido Democrático tem rejeitado.
A saída mais evidente para a crise seria a convocação de novas eleições gerais, mas o presidente está constitucionalmente impedido de o fazer por se encontrar nos seis últimos meses do mandato, o chamado “semestre branco”, que se prolongará por mais um mês e meio, até 15 de Maio.
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