Trabalhadores ligados ao movimento MLB (Movimento de luta nos Bairros, Vilas e Favelas) realizaram uma passeata pelas rua de Diadema para acelerar a prefeitura no andamento do processo da ocupação Lucélia Xavier.300 famílias aguardam há 2 anos resolução do processo.
Brasil: um país sem infância
Desde 2002, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), reconheceu a data de 12 de junho como o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, cuja iniciativa, em parceria com instituições governamentais brasileiras, tem propagado o ideal de fim do trabalho infantil. Vários programas governamentais de benefício foram então criados, a exemplo do mais recente “Brasil Carinhoso”, na tentativa de reduzir o trabalho infantil e incentivar as crianças a frequentarem a escola. Porém, o que se observa na realidade é o oposto.
O número de crianças entre 10 e 13 anos que trabalham aumentou, do ano de 2000 para 2010, de 699 mil para 710 mil, segundo dados oficiais do IBGE divulgados no final do ano passado. O acréscimo, de 1,5% em números absolutos, só demonstra a fragilidade existente nas políticas populistas dirigidas pela presidência da república, ditas de cunho social.
Além do dano à saúde causado pelas condições de trabalho, muitas vezes desumana, o trabalho infantil ainda é responsável pelo prejuízo da educação, causando inclusive o afastamento da criança da escola. Dos 710 mil ocupados de 10 a 13 anos, 90% realizam jornada dupla, trabalhando e estudando, enquanto 70,5 mil deles não estudam.
A situação atual reflete a política capitalista dos empregadores, que buscam a mão de obra infantil por ser mais barata e pela criança “reclamar menos”, segundo fala de um pesquisador da Organização das Nações Unidas (ONU). A busca cada vez maior por lucro leva os empregadores a deixar de lado questões sociais e humanitárias, reforçando as desigualdades, seja no campo ou na cidade.
Empresários, comerciantes e até políticos chegam a lucrar com o trabalho infantil. Isso se multiplica a cada dia por trás da mídia alienante que esconde os fatos. Assim, os dados do IBGE são transformados em algo superficial e numérico, pois, a triste realidade da vida desses meninos e meninas é muito mais que números. Mas, o que fazer para mudar essa situação catastrófica? Programas como o “Brasil carinhoso” podem amenizar a situação. Porém, é preciso mais que uma parca tentativa de distribuição de renda. A resposta é simples, embora seja algo que, o capitalismo não tem interesse algum em colocar em prática: Igualdade social irrestrita; educação de qualidade para todos, sem exceção e respeito ao ser humano antes de tudo. E quando isso será possível? Quando o socialismo invadir o mundo. E não está longe. Só assim a verdadeira educação transformará vidas e as pessoas serão respeitadas e terão seu valor para a sociedade, pois serão o que são e não o que têm ou podem dar de lucro.
Ludmila Outtes e Lene Correia, Recife
Fontes: IBGE; Sites:brasil.gov.br; OIT(Organização Internacional do Trabalho)
Polícia continua matando em São Paulo
Na noite de 4 de janeiro ocorreu a primeira chacina do ano em São Paulo, levando à morte de seis pessoas e deixando três feridas gravemente. O crime aconteceu em um bar na zona sul da capital paulista.
Entre os mortos estavam Laércio da Silva Grima, o Dj Lah, integrante do grupo Conexão do Morro, e o homem que filmou, em novembro, cinco policiais matando um servente de pedreiro que já estava rendido e desarmado.
O grupo integrado pelo Dj Lah aborda em suas composições o preconceito contra os moradores da periferia e a violência cometida por policiais. Um dos clipes do grupo, gravado no cemitério de São Luiz, na zona sul, tinha como refrão: “Saiam da mira dos tiras; são eles é quem forçam, são eles quem atiram; rezem para sobreviver.”
Segundo testemunhas, vários homens encapuzados desceram de três carros, gritaram “polícia” e começaram a atirar. Das seis vítimas fatais, cinco morreram na hora. Quando a PM chegou, os atiradores já haviam fugido e as vítimas que sobreviveram levadas para hospitais da região.
A ação foi idêntica a diversos crimes cometidos por grupos de extermínio que aterrorizam as periferias paulistas há décadas e que no ano passado chegou a números alarmantes. Em 2012, foram ao menos 15 chacinas em São Paulo.
Como bem denunciou recentemente um membro da Polícia Civil de São Paulo (veja “Relação da polícia com tráfico aumenta mortes em São Paulo”), “em cada batalhão tem um grupo de extermínio”. Esses grupos atuam para matar desafetos de políticos e empresários, controlar os mais variados crimes, como o tráfico de drogas, e através do medo manter a população calada.
Roberto Luciano, Campina Grande
Documentário – Derrubaram o Pinheirinho
Derrubaram pinheirinho: documentário que conta a história dos quase 6000 moradores da ocupação “Pinheirinho”. Essas pessoas moravam desde 2004 num terreno abandonado há mais de 20 anos, em São José dos Campos. Esse terreno era de propriedade de uma empresa que havia falido em 1989, a Selecta, pertencente ao empresário Naji Nahas.
Cuba assume presidência temporária de bloco de integração Celac
Cuba assume hoje a presidência temporária da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), bloco integracionista que encerra nesta capital sua primeira cúpula após sua fundação em dezembro de 2011.
A ilha caribenha durante 2013 dirigirá a entidade criada em Caracas, Venezuela, pelos 33 países independentes de uma região que buscará avançar pelos caminhos da integração e da concórdia.
Esses esforços serão conduzidos por uma Troica na qual além de Cuba trabalharão Costa Rica e Chile, nação que encerra hoje seu mandato na presidência.
Reunidos no segundo e último dia de sessões da I Cúpula da Celac, que está sendo realizada no centro de eventos Espaço Riesco, os presidentes aprovarão a declaração final do encontro e um Plano de Ação.
Esses documentos agrupam as prioridades da organização em temas como levar uma voz única aos fóruns internacionais, o desenvolvimento sustentável, a harmonia com o meio ambiente, as soluções à crise econômica e o combate aos flagelos da pobreza e o narcotráfico.
Havana estará encarregada de executar durante 2013 as atividades acordadas aqui pelos chefes de Estado e Governo.
Para o líder da Revolução cubana, Fidel Castro, o nascimento da Celac é o acontecimento institucional mais importante da região em um século.
Por sua vez, o presidente Raúl Castro qualificou o mandato na presidência desta entidade regional como uma grande responsabilidade.
“Este fato representa, além de uma alta honra, uma grande responsabilidade à qual consagraremos os maiores esforços e energias”, afirmou no mês passado ao encerrar a VII Sessão do Parlamento da ilha.
Há apenas alguns uns dias, o vice-chanceler Abelardo Moreno adiantou à Prensa Latina em um encontro com jornalistas que a gestão de Cuba à frente da Celac impulsionará a integração, o acordo e a consolidação da paz regional.
Segundo Moreno explicou, também potencializará a coordenação no marco do bloco dos mecanismos já existentes, como a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), a Unasul, a Caricom, o Mercosul, o Sistema de Integração Centro-americano e a Comunidade Andina.
Outra linha de trabalho será “introduzir o conceito da solidariedade na cooperação entre nossos países”, disse.
Moreno adiantou a celebração neste ano de vários encontros, entre eles a I Reunião de ministros da Educação da Celac, em fevereiro em Havana, e um evento dos titulares de Cultura, no Suriname.
Durante o curso de 2013 serão celebrados outros sobre drogas, infraestrutura e a busca de uma nova arquitetura financeira regional, expôs.
Fonte: CubaDebate
27 de Janeiro: O Dia em que o Exército Vermelho libertou Auschwitz
O dia 27 de Janeiro de 1945 entrou para a história da humanidade como um dia especial. Um dia em que o campo de concentração nazista, Auschwitz-Birkenau, foi fechado pelos Aliados – que libertaram os milhares de prisioneiros que ali se encontravam, sobreviventes que os nazistas em debandada não quiseram levar com eles para outros campos por estarem muito fracos ou doentes. Os libertadores de Auschwitz eram ninguém mais, ninguém menos, do que os Soldados do Exército Vermelho.
Auschwitz foi o maior campo de concentração nazista da Segunda Guerra Mundial. Era, na verdade, um complexo de vários campos. Foi criado em 1940, 1 ano após os nazistas terem invadido e ocupado a Polônia, que é aonde o campo ficava. A maioria dos prisioneiros eram judeus, mas também existiam políticos poloneses, membros da resistência antinazista, ciganos, homossexuais, elementos antissociais e – é claro – comunistas. Soviéticos que tinham sido aprisionados pelos nazistas como prisioneiros de guerra e levados ao campo formaram o quarto maior segmento de vítimas do campo de Auschwitz.
À entrada de Auschwitz lia-se (e ainda hoje se lê, no memorial) as palavras: “Arbeit macht frei” (o trabalho liberta). De fato, como em todos os campos de concentração nazista, os prisioneiros eram forçados a trabalhar. Os que eram muito fracos para isto eram mortos imediatamente, em câmaras de gás disfarçadas de chuveiros coletivos. Estima-se que 1.1 milhão de pessoas tenham sido mortas no campo. Entre vários nazistas conhecidos que trabalharam no campo estão Josef Mengele, O Anjo da Morte, médico que fez experimentos horríveis com seres humanos (e mais tarde morreu afogado no Brasil), e as oficiais da SS Maria Mandel (responsável direta pela morte de milhares de mulheres prisioneiros) e Irma Greese (sádica, costumava atacar as presas com chicote). Eric Brown, um oficial britânico que interrogou vários criminosos nazistas após a guerra, iria mais tarde descrever Greese como “O pior ser-humano que eu já conheci”.
Com a derrota em Stalingrado e em Leningrado, e com o Dia D na Europa Ocidental, o Terceiro Reich começa a ruir. Em 27 de Janeiro de 1945, Soldados do Exército Vermelho – organizados no Primeiro Exército da Frente Ucraniana, do Marechal Ivan Konev (mais tarde ele iria avançar sobre Berlim, junto do Marechal Zhukov), entram no campo e libertam milhares de prisioneiros. O campo estava vazio, pois com o avanço dos soviéticos os nazistas o tinham abandonado – e levado dezenas de milhares de prisioneiros junto com eles, deixando apenas os doentes e os que eram fracos demais para marchar até outros campos de concentração. A capital alemã, Berlim, iria cair meses depois – em 9 de Maio de 1945, “Dia da Vitória” – para os mesmos soldados soviéticos.
27 de Janeiro é também o Dia Internacional para Relembrar o Holocausto – um evento ainda maior no qual 12 milhões de pessoas morreram. Destes, 6 milhões eram judeus. Entre os outros milhões, a maioria é composta de pessoas que simplesmente ousaram se opor a Hitler – incluindo muitos comunistas – e prisioneiros de guerra dos alemães em toda a Guerra. A maioria, soviéticos de diversas nacionalidades.
Davi Dias
Solidariedade às vítimas da tragédia de Santa Maria
Foi com muito pesar que, na manhã deste domingo, 27 de janeiro, recebemos a notícia da morte de 230 jovens na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, deixando ainda 92 hospitalizados. Santa Maria tem pouco mais de 260 mil habitantes e é uma “cidade universitária”, sediando oito instituições de ensino superior, entre elas a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que possui mais de 27 mil estudantes.
Numa noite que deveria ser de festa na boate Kiss, um incêndio mudou o futuro dos cerca de 1.500 jovens presentes, seus familiares e de toda a população da cidade e do Brasil. As vítimas, em sua maioria, eram estudantes universitários.
Notícias veiculadas pela imprensa dão conta de que o alvará de funcionamento da boate estaria vencido e de que casa estava superlotada no momento do incêndio, além de não possuir saídas de emergência.
Nós, diretores da União Nacional dos Estudantes (UNE) eleitos pela tese Rebele-se, solidarizamos-nos com as famílias das vítimas dessa tragédia, e exigimos a devida apuração e punição dos responsáveis.
Yuri Pires – 1° Vice-Presidente
Matheus Malta – Dir. de Relações Internacionais
Jardel Wadson – Vice-Presidente PB/RN
Claudiane Lopes – Dir. Mulheres
Ricardo Senese – Dir. Ciência e Tecnologia
Esteban Crescente – Dir. Assistência Estudantil
Partido de Angela Merkel sofre 12ª derrota consecutiva
A direita alemã de Angela Merkel sofreu a 12º derrota regional consecutiva ao perder as eleições para o Parlamento da Baixa Saxônia para a coligação entre social democratas (SPD) e Verdes por 0,4 pontos percentuais.
A chanceler qualificou a derrota como “dolorosa” acrescentando que, no entanto, “já sofremos derrotas piores”.
O dirigente do SPD, Sigmar Gabriel, considera que o resultado demonstra que “a eleição federal (de setembro próximo) está em aberto, vamos lutar e vamos repetir em todo o país o que aconteceu aqui na Baixa Saxônia”.
Stephen Weil, candidato da oposição SPD/Verdes venceu por 46,3 por cento, contra 45,9 por cento da CDU de Merkel, juntamente com os liberais. Estes foram a surpresa das eleições, conquistando 9,9 por cento, quase o dobro das previsões das sondagens, disfarçando a queda de seis pontos da CDU, que somou 36 por cento.
A Baixa Saxônia é o quarto mais importante Estado federal. Com estes resultados a coligação Social Democrata e Verde dispõe agora de uma forte maioria na câmara alta do Parlamento (Bundesrat), o que lhe permite um apreciável controlo sobre o processo legislativo.
O Die Linke (A Esquerda) não atingiu os cinco por cento, limiar para obter representação parlamentar.
Apesar da 12ª derrota consecutiva no plano regional, a chanceler Merkel continua com elevados índices de popularidade na perspetiva das eleições gerais de setembro, que serão antecedidas em duas semanas pelas regionais da Baviera.
Fonte: BE Internacional
A economia alemã à beira da recessão
A economia alemã continua praticamente estagnada e à beira da recessão, de acordo com o Gabinete Oficial de Estatísticas, que divulga dados contrariando muito em baixa as previsões oficiais do governo de Angela Merkel.
A economia alemã cresceu apenas 0,7 por cento em 2012 e a atividade econômica sofreu mesmo uma contração de 0,5 por cento no último trimestre do ano. O governo previra um crescimento bastante superior, de 1,6 por cento, e o valor do ano passado fica muito aquém do crescimento oficial de 3,1 por cento em 2011, já corrigido por todos os ajustamentos.
Ainda antes de o governo anunciar as suas previsões para 2013 o Bundesbank, banco central, limitou para já as do crescimento econômico a 0,5 por cento. As quedas de 2012 foram as mais elevadas desde o período de recessão de 2009, admitindo-se que a Alemanha consiga escapar ao resto da recessão, ao contrário do resto da Zona Euro, devido aos últimos registos sobre a subida de confiança dos empresários. Essa tendência pode no entanto ser contrariada pelo efeito devastador dos projetos do governo Merkel de cortar mais seis mil milhões de euros no setor público em 2013, com novos aumentos de impostos, o que irá atingir em cheio o já debilitado consumo privado, salários e emprego. A chanceler afirma que o objetivo é atingir o “déficit zero” a todo o custo.
A quebra de atividade da economia alemã decorre, segundo os dados divulgados no país, da crise da Zona Euro, cuja existência foi negada pelo presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, nas suas mais recentes declarações em Portugal.
Devido à situação econômica na Eurozona, e sobretudo aos efeitos da austeridade, as exportações alemãs cresceram o ano passado apenas 4,1 por cento, contra 7,1 por cento em 2011; as importações cresceram ainda menos, não foram além de 2,3 por cento.
O consumo privado cresceu 0,8 por cento, menos de metade do que em 2011; o investimento recuou, sobretudo em bens de equipamento, cuja queda foi de 4,4 por cento.
Fonte: BE Internacional
União bancária: governos obrigados a salvar os bancos
Os governos nacionais serão obrigados a recapitalizar os bancos em dificuldades a par do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MES) de acordo com documentos do Eurogrupo em debate no processo de criação da união bancária.
O Conselho Europeu, nos termos de documentos divulgados pelo Wall Street Journal, defende que os bancos com problemas só poderão receber apoio direto no caso de os governos nacionais terem capacidade para cobrir esse apoio ou se as suas eventuais falências tiverem repercussões a nível interno ou em toda a Zona Euro.
Outra condição para que os bancos possam aceder a financiamento para recapitalização será a de terem capitais próprios equivalentes a pelo menos 4,5 por cento dos instrumentos financeiros inscritos nas suas contas.
Os documentos em discussão no Eurogrupo sugerem que no sentido de os governos nacionais assumirem as perdas dos bancos os Estados membros devem “fazer contribuições de capital ou dar garantias equivalentes a uma certa percentagem do Mecanismo de Estabilidade”.
Fonte: BE Internacional
Padre Haroldo Coelho, fé e luta
Na sexta-feira, 11 de janeiro, morreu em Brasília, vítima de um quadro de infecção generalizada, o Padre José Haroldo Bezerra Coelho, de 77 anos, militante político e defensor das causas sociais. Padre Haroldo nasceu em Fortaleza, no dia 24 de março de 1935. Era o quinto filho de uma família de seis homens e duas mulheres. A mãe era dona de casa e o pai, funcionário dos Correios.
Padre Haroldo iniciou os estudos religiosos aos 14 anos, no Seminário Menor dos Padres Lazaristas. Ordenou-se diácono pela diocese de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, em 1963. No ano seguinte, na mesma diocese, recebeu ordenação presbiteral. Sua ordenação definitiva veio em novembro de 1964, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Fortaleza. Cursou a Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira, em São Paulo, e licenciou-se em Ciências Sociais. Fez pós-graduação na Universidade de Sorbonne, na França.
Em 1986, padre Haroldo se candidatou ao Governo do Estado do Ceará pelo PT (Partido dos Trabalhadores), mesmo contra a vontade dos setores conservadores da igreja católica, e disputou o governo com o coronel Adauto Bezerra e o empresário Tasso Jereissati. Sua campanha ganhou bastante simpatia dos trabalhadores, camponeses, donas de casa, estudantes e de todos os setores oprimidos da sociedade, tendo adotado o título de “O governador do Povo”. Insatisfeito com os rumos do PT, Padre Haroldo militava atualmente no PSOL (Partido Socialismo e Liberdade).
Nas palestras e rodas de discussões, sempre quando abordado sobre religião, dizia: “Jesus foi um revolucionário, por enfrentar o Alto Clero judaico, que fez da religião um instrumento de exploração do povo”. As missas realizadas pelo Padre Haroldo fugiam dos padrões convencionais e eram espaços de muitas denúncias políticas, como o desemprego. “O que é que adianta mandar levantar a carteira de trabalho? Adiantaria dizer: ‘Vamos rezar e viver muito bem, mas vamos nos organizar, até mesmo porque emprego não cai do céu”’. Além do amor à luta, Padre Haroldo tinha outra paixão: o futebol. Era torcedor do Ferroviário Atlético Clube.
Padre Haroldo foi um exemplo de luta e dedicação às transformações sociais. Nunca se intimidou perante os interesses dos mais ricos, e realmente cumpriu os verdadeiros ensinamentos de Jesus Cristo e lutou pelos direitos roubados dos mais pobres. Homem de coerência, compromisso e resistência, seu corpo foi sepultado no cemitério Parque da Paz, em Fortaleza, no dia 13 de janeiro.
Da Redação Ceará