Funcionário do setor de vendas da empresa multinacional sul-coreana Hyundai Motor Company localizada na região metropolitana de São Paulo, denuncia o tratamento abusivo da empresa e seus patrões com os(as) trabalhadores(as) para o jornal A Verdade.
Mesmo com a maioria da população em quarentena desde que a epidemia de Covid-19 ganhou proporções incontroláveis, as centrais sindicais italianas convocaram uma greve geral em todo o país. Segundo os sindicatos, milhões de trabalhadores estão arriscando suas vidas trabalhando em empresas não essenciais, sem máscaras ou luvas de proteção. A reivindicação é de que apenas as empresas estritamente necessárias e com todas as medidas de segurança possam continuar funcionando.
O Sindlimp, o Movimento Luta de Classes, a União da Juventude Rebelião e a Unidade Popular têm travado uma luta constante contra os patrões e esse sistema de exploração e buscando a conscientização dos trabalhadores da necessidade de paralisar o trabalho até ser garantido o respeito a suas vidas e de suas famílias.
Os professores e demais trabalhadores em educação no Estado de Minas Gerais estão em meio a uma greve por tempo indeterminado. Desde o mês de fevereiro, os professores enfrentam a intransigência do governo de Romeu Zema (Novo), que continua a ignorar as reivindicações da greve. A luta é pelo cumprimento da Lei do Piso Salarial no Estado, por isonomia e pelo pagamento do 13º salário de 2019. Zema dá calote nos trabalhadores e mantém seus acordos com os mega empresários e bancos.
Com essas paralisações, outras empresas de entrega também estão sendo denunciadas pelos trabalhadores autônomos, que não podem recorrer à quarentena para sustentar suas casas. Porém, é muito importante destacar que, ao contrário do que pregam os ideólogos burgueses e socialdemocratas, que se esforçam para esconder a luta de classes e afirmam que essas novas modalidades de trabalho significam o fim da classe trabalhadora, a luta desses trabalhadores reforça a teoria revolucionária de organização da classe trabalhadora como única saída para enfrentar os capitalistas em qualquer lugar e condição.
Somado ao anti-coletivismo e à descrença das instituições sindicais, o trabalhador desligou-se de qualquer aparelhamento com a categoria, gerando assim o distanciamento da organização categórica trabalhista e a baixa adesão a sindicatos como SINDPD (Sindicato dos trabalhadores em empresas e serviços públicos e privados de informática e Internet e Similares). Resulto: o trabalhador da informática, principalmente os de origem periférica e carente, sofre um processo de terceirização junto à nova reforma trabalhista.
O que foi relatado pelos trabalhadores foi justamente o que já se imaginava, confinamento de centenas de pessoas em salas fechadas, refeitório compartilhado por todos e equipamentos sem a esterilização adequada.
Eles estão na primeira linha de frente contra a guerra à pandemia do COVID-19. São enfermeiros(as), médicos(as), técnicos de enfermagem, demais funcionários dessas instituições, que se apresentam como possíveis vítimas de contaminação pelo coronavírus. Em todo o país, trabalhadoras e trabalhadores da saúde denunciam a falta de Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) e o descaso com a saúde, que começou antes da pandemia do novo coronavírus.
Todos ficaram enraivecidos com o discurso do presidente fascista Jair Bolsonaro propagado ontem por emissoras e rádios burguesas. Contrariando todas as orientações internacionais, Bolsonaro mostrou, novamente, a quem serve, como um bom cachorro obediente aos ditames da elite econômica do país e do mundo.
Uma parte dos empregadores estão dispensando seus funcionários como medida de emergência, mantendo-os em casa para evitar a circulação e diminuir as chances de contaminação através do vírus. Com isso, não podem descontar dias não trabalhados e nem os demitir. As escolas cancelam as aulas e ficarão fechadas por período ainda indeterminado. Mas quem garante a sobrevivência das mães e pais que trabalham por conta própria? Quem pensa na saúde dessas pessoas?
No lugar de taxar os lucros e grandes fortunas da minoria de super-ricos (1% da população) para, assim, ter mais recursos para disponibilizar leitos nos hospitais, testes contra o vírus e equipamentos de proteção para a população e profissionais de saúde, Bolsonaro e Paulo Guedes querem tirar a única fonte de renda de milhões de trabalhadores brasileiros, o salário.