Cheias e alagamentos têm atingido a região e levaram ao surgimento de surtos de dengue. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, já foram registrados 57.534 casos de infecção.
Entidades estudantis elaboraram documento apontando ao menos 16 falhas na proposta da Prefeitura. Entre eles, estão a “autofiscalização” das escolas privadas, as dificuldades no transporte dos estudantes e profissionais, a flexibilização do uso de máscara entre crianças de até 12 anos e erros na orientação da Prefeitura para o horário da alimentação na escola.
Diante da segunda nova onda do novo coronavírus, o jornal A Verdade entrevistou novamente o médico patologista Tiago Magalhães Gurgel. Ele é chefe de equipe da Emergência no principal hospital privado de Fortaleza, Ceará. Tiago é diretor do Sindicato dos Médicos do Ceará e membro da Unidade Popular. Sete meses após nossa primeira conversa, ele fala sobre a triste realidade da Covid-19 no Brasil, denuncia a política criminosa do governo com a saúde do povo brasileiro e adverte que até que a vacinação gere imunização, a prevenção é a saída.
“Esse é o retrato de um governo que aumentou para 65 anos a idade para o trabalhador se aposentar, excluiu mais de 15 milhões do auxílio emergencial (e vai extinguir o programa no final de dezembro), quer privatizar o SUS, o Banco do Brasil, os Correios e a Eletrobras e, achando pouco todas essas desgraças, quer a volta da censura e da ditadura militar.”
O Governo Bolsonaro se recusou a investir no Butantan e, somente após pressão da opinião pública, decidiu comprar a vacina CoronaVac, desenvolvida por uma indústria chinesa e produzida pelo Butantã. Resultado: mais de 50 países já iniciaram a vacinação e o Brasil não vacinou sequer uma só pessoa. Trata-se, pois, de um governo assassino.
“Temos nossa pedra preciosa que é o Sistema Único de Saúde (SUS), temos nossos profissionais que incansavelmente se dedicam dias e noites por todos nós. Eu agradeço a todos eles por serem tão dedicados.”
Bolsonaro e Forças Armadas derrubaram dois médicos do Ministério da Saúde para colocar um general que comprasse cloroquina, boicotasse a vacinação e usasse seu suposto conhecimento de logística para privatizar o SUS.
“Genocidas que agem unicamente de forma verborrágica, viram de suas poltronas Manaus ter 187 pessoas no dia de ontem (14), sufocados, sem ar. Alas inteiras, como no antigo Grão-Pará pouco tempo antes da Cabanagem, onde um barco chamado Palhaço com 256 indígenas, negros, pobres em geral morreram sufocados.”
Os mais de 2 milhões de habitantes da cidade de Manaus, no norte do Brasil, vivem um verdadeiro clima de terror frente aos efeitos do coronavírus na população; faltam oxigênio e leitos em quase todo sistema de saúde.