Por Beatriz Contelli
São Paulo
O que diriam os escravizados de São Domingos (Haiti), os zapatistas de Morelos (México), os revoltosos da Frente Sandinista (Nicarágua) e...
O Jornal A Verdade, na programação de formação na quarentena, decidiu abordar o tema “Marxismo e a Mulher”, assunto que nos últimos anos vem ganhando força devido o avanço do movimento de mulheres no mundo. Uma das acusações mais comuns contra o marxismo é que, como teoria, ele se preocupa com a “classe” em detrimento do gênero. Desde o princípio, é importante ressaltar que as obras de Marx inseriram, entre os socialistas e na sociedade burguesa, o entendimento sobre a exploração capitalista e outras formas de opressões que a classe trabalhadora vivia na época. Suas análises contribuíram para a formulação de uma perspectiva nova, que não apenas condenava moralmente a subordinação social das mulheres, mas procurava explicar suas razões a partir das relações sociais historicamente construídas.
Por tudo isso e por vários outros motivos, torna-se indispensável essa leitura por parte da nossa militância. As classes se movimentam cada vez mais bruscamente em nossa atual conjuntura. O presidente da república, o ex-capitão Jair Bolsonaro, é um fascista e por trás dele, as mesmas forças armadas que dirigiram todos os Estados de Exceção que subjugaram nosso país no decorrer de nossa história.
Em seus escritos, Marx aponta o trabalho como “fator distintivo” entre a humanidade e os animais; o que daria seu caráter “humano” seria a capacidade da sociedade de iniciar a “produção dos seus meios de vida”. Apesar de os animais também produzir meios de subsistências, o faz de maneira instintiva, imediata, “unilateralmente”, com interesses fixos; o homem, por sua vez, produz “universalmente”, pois envolve consciência, comportamentos e interesses, que transformam as necessidades ao mesmo tempo que as sempre.
Eles têm o poder econômico, político e militar, mas não estão com o povo e não possuem o apoio do povo. Portanto, devemos acelerar a construção da Unidade Popular, unir e mobilizar a juventude nas periferias, nos locais de trabalho, nas universidades e nas escolas, para lutar pelos seus direitos, ocupar as ruas pelo "Fora Bolsonaro, Impeachment Já! Por um governo popular!" e fortalecer a solidariedade aos setores mais vulneráveis do povo brasileiro.
O Jornal A Verdade, na programação de formação na quarentena, decidiu abordar O Marxismo e o Direito, tema pouco abordado na perspectiva marxista, onde existem muitas incompreensões. Escolhemos vários textos para possibilitar abordagens por várias perspectivas do tema, entre elas, como o marxismo encara o direito, características do direito em um sistema socialista, como foi a experiência da União Soviética, em particular o seu sistema prisional, entre outros aspectos.
O Jornal A Verdade, na programação de formação na quarentena, decidiu abordar o tema Economia Socialista, em um momento no qual cresce a confusão acerca do que significa um “Estado Socialista”, as diferenças econômicas fundamentais entre socialismo e capitalismo. Na verdade, trata-se de uma campanha de mistificação do marxismo promovido pela burguesia, particularmente realizada pela extrema-direita, sob o pretexto de combater o comunismo.
O Jornal A Verdade, na programação de formação na quarentena, decidiu abordar o tema do fascismo, pois torna-se cada vez mais atual devido às movimentações tomadas pelo governo e por setores nacionais e internacionais das elites, o que demanda uma resposta rápida e enérgica dos movimentos sociais e organizações políticas.
O espaço de um jornal não é suficiente para trabalhar todas as ideias de Marx, por isso é importante que usemos nosso tempo – não só na quarentena – para estudar na teoria e aplicar na prática o marxismo. O Jornal A Verdade há vinte anos busca cumprir sua parte, mas a emancipação da classe trabalhadora virá apenas do esforço de cada indivíduo para a unidade, pois como disse Marx: “as ideias tomam forma material quando penetram as massas”. E como mostramos neste texto, as ideias marxistas estão mais do que comprovadas!
O Jornal A Verdade publicou o Programa de Formação Política para a quarentena, onde completou 40 dias. tendo 14.000 visualizações onde foram: 48 textos, 22 filmes, 14 documentários e 4 entrevistas. Continuem acompanhando a programação, que entrará em uma nova fase, a partir do mês de junho serão postagens temáticas, onde teremos um tema e todos os textos serão sobre ele, dando a condição do leitor se aprofundar sobre a concepção marxista referente aquele tema, o primeiro tema será sobre o Estado, onde terão textos de Lênin, Stálin e outros marxistas.
Nascido em Amarante, Piauí, Clóvis Steiger de Assis Moura (1925 - 2003) foi sociólogo, jornalista, historiador e escritor. Em sua trajetória intelectual e política, contribuiu com o pensamento da cultura popular brasileira e, baseado na teoria marxista, analisou a luta de classes no sistema escravista e seus desdobramentos na construção social do Brasil. Clóvis trabalhou como jornalista quando esteve na Bahia, em 1947. Neste período, trabalhou no Jornal O Momento, diário do Partido Comunista do Brasil (PCB), aprofundando seu contato com a teoria marxista e filiando-se ao partido em 1945. Clóvis Moura foi um dos deputados cassados quando da cassação do PCB 1947, juntamente com Carlos Marighella e Jorge Amado. Em 1962, alinhou-se com as posições do PCdoB, formulando sobretudo o pensamento teórico do movimento negro, contribuindo com a fundação tanto do MNU quanto da UNEGRO.