Os metroviários de São Paulo já estão no segundo dia da greve nesta sexta-feira, 06 de junho, greve que já entra para história da categoria. A adesão é de quase 100%, atuando como fura-greves apenas os gerentes e supervisores que trabalham nos escritórios do Metrô. Na assembleia de hoje, os trabalhadores decidiram radicalizar nos piquetes a partir da meia-noite e fortalecer a greve para derrotar a intransigência do Governo Estadual.
Durante todo o dia, o Governo do PSDB, a imprensa e o a Justiça do Trabalho tentaram colocar o povo de São Paulo contra os trabalhadores do Metrô. Contaram mentiras e puseram em funcionamento algumas estações, colocando os engenheiros dos escritórios para conduzir os trens. Esta é uma medida que coloca em risco a vida dos usuários de transporte, pois são profissionais que não contam com suficiente experiência para este tipo de tarefa. Está provado que, para o governador Geraldo Alckmin, a vida do povo não tem importância.
Mostrando que os metroviários têm compromisso com atendimento à população, foi aprovado em assembleia que, caso o Governo aceite manter as catracas livres nesta sexta-feria, os trabalhadores doariam seu dia de trabalho, trabalhando de graça no funcionamento do Metrô. O Governo, no entanto, não deu resposta sobre a proposta.
É o momento de fortalecer a solidariedade com os metroviários, declarando apoio à greve que é direito de todo o trabalhador.
Na noite de hoje, 4 de junho, em assembleia com mais de 2.500 trabalhadores, os metroviários de São Paulo decretaram greve a partir da zero hora do dia 5, quinta-feira.
A categoria rejeitou toda a proposta do governador Geraldo Alckmin e, por unanimidade, tirou greve em tempo indeterminado.
Dentre os principais pontos rejeitados na proposta do Governo do Estado está o reajuste de todas as cláusulas econômicas em 8,7%. A contraproposta dos trabalhadores é de reajuste salarial de 35%. E outros dois pontos que são fundamentais para os trabalhadores não são mencionados pelo governador, o adicional de periculosidade para agente de estação e aumento da PR, ambas aprovadas pelo TRT na audiência realizada hoje.
Uma liminar judicial obriga o funcionamento de 100% da frota em horário de pico, no entanto, o Sindicato dos Metroviários afirmou não ter recebido formalmente tal decisão até a hora da votação da greve.
O Movimento Luta de Classes (MLC) esteve presente em todo processo da Campanha Salarial da categoria, e, nesta assembleia, reafirmou seu apoio e expressou a importância desta greve para a luta da classe trabalhadora, uma vez que ela influência outras categorias e mostra a força dos trabalhadores organizados.
Ricardo Senese, delegado sindical da Estação Palmeiras-Barra Funda e membro do MLC, confirma que o sucesso dessa mobilização está na união da categoria. “O sentimento é só voltar a trabalhar quando todos os trabalhadores forem atendidos nas suas reivindicações. Precisamos também que a população e os movimentos sociais em geral expressem seu apoio à nossa greve, divulgando e fortalecendo esse momento histórico da categoria metroviária”, concluiu Senese.
A sede do Centro Cultural Manoel Lisboa de Pernambuco foi pequena para receber na tarde e noite do último dia 31 de maio militantes do PCR, da UJR e amigos, ávidos por festejar uma data tão cara e cheia de simbolismo: 48 anos de fundação do Partido Comunista Revolucionário.
No salão Ernesto Che Guevara podia-se sentir a forte presença de Manoel Lisboa, Amaro Luiz de Carvalho, Emmanuel Bezerra, Manoel Aleixo e Amaro Félix Pereira, como que a indicar-nos o caminho luminoso do socialismo.
Músicas de Pablo Neruda, Carlos Marighella, Chico Buarque, Milton Nascimento e Elis Regina, poesias, vinho, bolo e profundos depoimentos de militantes e amigos do PCR marcaram, de forma emocionante, os 48 anos de vida e de luta do Partido fundado por camaradas como Manoel Lisboa, Amaro Luiz de Carvalho, Ricardo Zarattini, Selma Bandeira e Valmir Costa, em maio de 1966, com o objetivo de derrubar a ditadura militar fascista e instalar em seu lugar um governo popular-revolucionário para levar a cabo a revolução socialista no Brasil.
Deram depoimentos José Nivaldo Jr, Marcelo Santa Cruz e representantes da coordenação da UJR, do MLC, do MLB, do Movimento de Mulheres Olga Benário e a saudação do Comitê Central do PCR.
Todos pareciam trazer nas mãos e nos lábios um forte sentimento de gratidão ao PCR. No encerramento, um cálice de vinho erguido em cada mão, a um só tempo, como se fosse um só braço e, ao vibrar da voz de todos: Viva o PCR, que vive, luta e avança!
Na manhã deste dia 03 de junho, cerca de 400 funcionários da Refresco Guararapes, empresa situada em João Pessoa e responsável pelo engarrafamento e distribuição da Coca-Cola para todo o Litoral Paraibano, iniciaram uma paralisação em repúdio ao acordo fechado pelo Sindicato dos Rodoviários, que formalmente negocia em nome da categoria. Esta entidade, no entanto, não possui um único filiado na base, apesar de descontar mensalmente, de forma abusiva e ilegal, a chamada taxa assistencial de todos os funcionários da empresa.
A greve, organizada pelo Sindicato dos Motoristas e Ajudantes de Entrega da Paraíba (Sindmae-PB) e pelo Movimento Luta de Classes (MLC), é uma clara demonstração de que a categoria não foi ouvida quanto ao Acordo Coletivo de Trabalho celebrado no último dia 26 de abril, referente à data-base de 1º de julho de 2013.
Os principais danos causados com o tal acordo são:
1. Institui um reajuste salarial de apenas 5,5% (abaixo da inflação); 2. Mantém o piso salarial do motorista da Coca quase R$ 400 abaixo do piso salarial dos motoristas das demais empresas/ramos, que é hoje de R$ 1.215, segundo a Convenção Coletiva; 3. Finalizado dez meses após a data-base, o acordo sequer prevê o pagamento dos retroativos.
O movimento tinha como objetivo inicial parar o setor da distribuição, mas rapidamente contou com a adesão dos trabalhadores da produção, uma vez que eles também sofrem com graves problemas, recebem baixos salários e não contam com apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Bebida, que deveria representá-los.
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), juntamente com outros movimentos populares, convocou para essa quarta, dia 04 de junho, na Zona Leste da Capital, uma quarta-feira vermelha para denunciar a Fifa e os abusos da Copa. É esperada a presença de mais de 20 mil pessoas, a exemplo da última manifestação que ocorreu no dia 22 de maio.
Os movimentos de moradia têm fortalecido suas reivindicações nesse momento que antecede a Copa da Fifa, e não se trata de nenhum oportunismo, como pretendem alguns. A verdade é que foi prometido um grande legado social com as obras da Copa e, muito pelo contrário, o que se viu foram remoções e um gasto de mais de R$ 8 bilhões do dinheiro público para construir estádios, dinheiro que poderia servir para construir quase 200 mil casas populares.
As famílias que há anos vivem debaixo da lona, pagando um aluguel que consome mais da metade do salário, morando em barracos sem nenhuma condição de higiene ou de favor na casa de parentes, dividindo um espaço minúsculo, estão cada vez mais convencidas de que nenhum governo dará de presente o direito a uma moradia digna. Esse é um direito que precisa ser conquistado na luta.
As reivindicações levantadas pelo MTST para essa quarta-feira vermelha são:
Campanha COPA SEM POVO, TÔ NA RUA DE NOVO defende o HEXA DE DIREITOS:
1) MORADIA: CONTRA A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA
Leis para controle do valor dos aluguéis
Comissão Nacional de Prevenção de Despejos Forçados
Mudanças no Minha Casa Minha Vida
2) SAÚDE: MAIS VERBAS PARA A SAÚDE PÚBLICA!
Fim dos subsídios aos planos de saúde
Fim das privatizações
10% do PIB para a Saúde Pública
3) TRANSPORTE: PÚBLICO, GRATUITO E DE QUALIDADE!
Redução imediata das tarifas
Criação de fundo federal de redução anual da tarifa
Tarifa zero com controle público
4) EDUCAÇÃO: PELO ACESSO E QUALIDADE DA EDUCAÇÃO PÚBLICA!
Ampliação e construção imediata de creches
Política de cotas e assistência estudantil permanente
10% do PIB para a educação pública
5) JUSTIÇA: CHEGA DE ATAQUES DO ESTADO CONTRA OS MAIS
POBRES !
Comissão Nacional da Violência do Estado Contra a Periferia
Desmilitarização da Polícia Militar
Fim dos tribunais especiais e leis anti-manifestação
6) SOBERANIA: DURANTE A COPA!
Garantia do Trabalho informal
Prevenção efetiva à exploração sexual
Pensão vitalícia às famílias dos operários mortos e
incapacitados durante as obras das copas
Sem Metrô, São Paulo pára. Mas a maior cidade do país pode efetivamente parar na próxima quinta-feira, dia 05 de junho, por conta da irresponsabilidade e intransigência do governo do Estado de São Paulo. A campanha salarial dos trabalhadores metroviários segue firme e pode decidir pela greve geral da categoria em assembleia que será realizada amanhã.
Após anos de direitos negados, os metroviários estão decididos a conquistar a pauta de reivindicações que é fundamental para a qualidade do sistema de transporte paulistanos. Entre as reivindicações, está a exigência de novas contratações pois praticamente todas as estações trabalham com um quadro reduzido de profissionais, resultando em situações de perigo para os usuários do Metrô. Os trabalhadores também exigem o pagamento de adicional de periculosidade para quem lida com estações superlotadas e atende a milhares de usuários todos os dias.
Preocupados com o atendimento à população, os metroviários decidiram em assembleia trabalhar durante a greve, desde que o governo do estado libere as catracas, estabelecendo o passe-livre no transporte enquanto o movimento paredista durar. A resposta do governo do estado, no entanto, foi negativa, provando que seu compromisso é apenas com o lucro e não em oferecer transporte para todos que precisam.
A greve dos metroviários se somará às greves de dezenas de outras categorias que ocorreram ou ainda ocorrem em São Paulo, como os Rodoviários, trabalhadores da Limpeza Urbana e professores da Rede Municipal.
A notícia pegou a todos de surpresa. A ressaca eleitoral ainda seguia dando o que falar às elites políticas enquanto um dos partidos da oligarquia, o PSOE, se debate na realização de um Congresso Extraordinário e um processo de eleições primárias para estancar a sangria de votos. Tudo parece indicar que o regime formado sobre a constituição de 1978 vai desmoronando em um ritmo frenético.
O 22 de março é um marco,quando centenas de milhares de pessoas inundaram as ruas de Madri no acontecimento político mais importante para a esquerda de nosso país nos últimos anos: as marchas da Dignidade; Colunas de trabalhadoras e trabalhadores, vindos de todos os rincões da Espanha, confluíram na capital. A unidade popular foi construída em torno das demandas de Pão, Teto e Trabalho. Um inimigo estava identificado, o regime.
Um dia depois, morria Adolfo Suárez, pai da Transição e um dos protagonistas (junto com Juan Carlos I) da consolidação do novo Estado saído do franquismo: uma monarquia parlamentar com uma democracia de baixa intensidade, que deixava assegurado o poder da oligarquia espanhola. Todos os burgueses fizeram fila ante o cadáver de Suárez em uma encenação a qual ninguém mais acreditava. A farsa do regime ficava evidente ante milhões de cidadãos.
Por último, as eleições europeias significaram um duro golpe nas aspirações da oligarquia. Seus partidos, PP e PSOE, já não somam nem a metade dos votos, fato inédito desde o início desta monarquia parlamentar. Além do que, as forças da esquerda e do campo popular irromperam com uma grande percentagem dos votos, abrindo caminho para um futuro eleitoral exitoso para as organizações democráticas e progressistas. Da mesma maneira, os partidos soberanistas se impuseram na Catalunha (Barcelona) e no país Basco (Euskadi), dinamitando o debate territorial.
Após a renúncia do rei, as pessoas perguntam: o que vem depois? É evidente que estamos diante de um momento de exceção no país. Os consensos políticos que durante mais de 30 anos imperaram na Espanha ficaram caducos. As vozes que exigem mudanças se tornaram um clamor. No entanto, devemos estar prevenidos e evitar um possível passo em falso. Não podemos permitir uma segunda transição que passe pela nomeação de Felipe VI como rei da Espanha, nem tampouco da formação de uma grande coalizão entre as forças políticas do regime que dê uma saída ao colapso, possibilidade mais que real após as declarações dos dirigentes do PP e do PSOE.
É a hora do povo e da classe trabalhadora. Só com a unidade poderemos dar um golpe definitivo e derrubar o regime. É o momento de abrir um processo constituinte onde seja possível mudar tudo: a forma do Estado, o modelo territorial, o avanço dos direitos democráticos, o sistema econômico. Em definitivo, é o momento de decidir nosso futuro.
A Terceira República se aproxima: Depende de nós que se converta em um grito unânime!
A Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva- SP realizou no dia 30 de maio uma audiência pública sobre os problemas causados à educação brasileira pela ditadura militar brasileira. O objetivo foi o de mostrar a atuação de educadores a serviço da visão fascista da ditadura e dos formuladores de uma política autoritária e elitista, que atingiu profundamente as gerações futuras da nossa sociedade.
No período da manhã, o Prof. Dr. Luis Antônio Cunha fez um destaque importante sobre a simbiose entre Estado e Capital na educação, lembrando que isto não foi inventado pela ditadura, mas foi intensificado neste período, com politicas públicas que tem seus efeitos até hoje, como o próprio PROUNI, em que se paga com dinheiro privado a escolas particulares, sob a alegação de favorecer os jovens que não conseguem acesso nas universidades públicas (mas caso se levassem estes recursos líquidos para as universidades federais, seria possível dobrar o número de vagas ofertadas) entre outras questões, citou também a compulsória profissionalização do Ensino Médio ocorrida no período.
A Prof.ª Dr.ª Circe Bittencourt (USP/PUC-SP) falou sobre “Ensinar História após a ditadura militar” e destacou como primeira medida da ditadura contra o estudo mais crítico da história a prisão de todos os autores da Coleção História Nova. Citou também a prisão de tantos professores como Caio Prado Junior. A professora fez uma análise de como isso reflete hoje no papel do professor em sala de aula, que não é mais um intelectual, mas que muitas vezes, segue na íntegra, o material didático que lhe é ofertado, por pior que seja o material. Este quadro de “deformação” na formação de professores, leva anos, para ser revertido.
No período da tarde, todas as falas convergiram na tentativa de demonstrar de que maneira foi engendrada a inserção das doutrinas e dos princípios elaborados pelos militares com uma finalidade: regenerar moralmente, por meio da via Educacional, os indivíduos e combater o inimigo. E quem era esse inimigo: o comunismo.
Tratava-se da tentativa de extirpar, através da introdução das disciplinas de Educação Moral e Cívica, Organização Política e Social Brasileira e dos Estudos Sociais, a ideologia comunista. Portanto, era urgente proteger o Brasil, pois se tratava de um risco à ordem, à moral, à disciplina, às famílias e à propriedade. Enfim, era um risco ao projeto elitista e excludente, que ainda está em curso nos dias atuais.
Sendo assim, os militares aniquilaram os movimentos educacionais e populares que estavam em curso naquele momento histórico. Além disso, consolidaram a já existente Escola Superior de Guerra, com o intuito de elaborar conteúdos que tivessem “embasamento e força de ciência”, para respaldar o monopólio da força utilizada para efetivar a “limpeza” do Brasil.
Em audiência na Comissão da Verdade Rubens Paiva, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), no último dia 30 de maio, o professor da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Wagner da Silva Teixeira, apontou os danos causados pelo golpe de 1964 na educação brasileira. De acordo com ele, a tomada do poder pelos militares interrompeu a alfabetização de adultos no país por dois anos, o que só voltaria a ocorrer em 1966.
O Plano Nacional de Alfabetização (PNA) do Governo João Goulart estava para ser implementado, em fase de treinamento de aproximadamente mil monitores. Com o golpe, o PNA foi cancelado e os mentores passaram a ser perseguidos. Segundo o professor, o objetivo do governo eleito era alfabetizar, em 1964, 5 milhões de brasileiros.
“Obviamente isso assustou setores mais conservadores da sociedade. Qual seria o impacto das eleições presidenciais de 1965, com mais cinco milhões de eleitores, o que elevaria o número de eleitores de 12 milhões para 17 milhões?”, indagou Teixeira à Comissão da Verdade.
Mas não só o plano de alfabetização foi cancelado. Movimentos sociais que realizavam programas de alfabetização foram reprimidos, sob a justificativa do regime então vigente, de que eram subversivos e doutrinavam a população com ideais de esquerda. Entre os movimentos perseguidos – nos quais o PNA de Jango se apoiou – estavam o Movimento de Cultura Popular (MCP), encabeçado pelo então governador de Pernambuco, Miguel Arraes; e a campanha “De pé no chão se aprende a ler”, fruto da ação do prefeito de Natal, Djalma Maranhão.
De acordo com o pesquisador, no dia do golpe, dois tanques foram colocados no Sítio Trindade, sede do MCP. O local foi invadido, depredado, o material pedagógico apreendido como prova de subversão e instaurado um inquérito policial militar.
“Um grande dano foi esse: a destruição de toda essa experiência riquíssima. Uma segunda consequência foi a prisão, o exílio de diversos educadores e de lideranças ligadas aos movimentos. Pessoas que eram comprometidas com a alfabetização de adultos. A prisão do Paulo Freire é um exemplo, mas há outros que foram expulsos ou não atuaram mais na alfabetização de adultos”, destacou.
Logo depois do golpe, o ministro da Educação de Jango, Júlio Furquim Sambaquy, teve os direitos políticos cassados, e todas as portarias do ministério foram revogadas, “dizendo que a política de educação do Governo Goulart era subversiva e não servia ao novo governo”, ressaltou o pesquisador.
“Houve paralisação completa, por dois anos, de qualquer ação do governo federal no âmbito da alfabetização de adultos. De 1964 a 1966 o governo federal não fez nada, tamanha a preocupação de setores conservadores nessa área. Precisou a ONU e a Unesco chamarem a atenção do governo para que em 1966 passasse a apoiar a Cruzada ABC de Alfabetização e, em 1967, criasse o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral).
Na última quinta-feira, 22 de maio, com auditório lotado em um dos maiores centros de referência da área jurídica no país — a Faculdade de Direito da UFRJ — o caso da morte de Santiago Andrade foi rediscutido em um júri simulado com personalidades do direito penal e da sociedade carioca Fábio Raposo e Caio Souza ambos com 22 anos, um residente do Méier, outro de Nilópolis, foram denunciados por crimes de explosão e homicídio doloso triplamente qualificado com impossibilidade de defesa da vítima e com emprego de explosivo.
Após um julgamento midiático ferrenho, linchamento público e a criminalização direta das manifestações, a situação amplamente divulgada pela mídia levou o Senado a acelerar a votação da Lei Antiterrorismo, que poderia dar pena de até 40 anos a manifestantes violentos.
Por mais de 4 anos, a justiça do Equador, manipulada pelo presidente Rafael Correa, perseguiu a professora e ex-presidente da União Nacional dos Educadores – UNE, Mery Zamora. Sob o pretexto dos acontecimentos de 30 de Setembro de 2010, quando uma manifestação popular ocorrida em várias provinciais pôs em cheque o governo, buscava-se calar a voz de uma mulher, mãe e professora que desafiou o poder quando foi presidente da UNE e dirigente do Movimento Popular Democrático – MPD. Hoje, essa mesma justiça, através do Tribunal da Corte Nacional de Justiça, extingue a ação declarando a inocência de Mery Zamora.
Segundo Luís Villacis, presidente do MPD, Mery Zamora sempre foi inocente. Imputaram-lhe um delito que não cometeu em um claro exemplo de criminalização dos lutadores sociais, uma política de Estado no país. Fica desmascarado a submissão da justiça que, a amigos do Presidente, ex-ministro acusados de corrupção o sentenciam a apenas 3 meses e multa de 190 dólares pelo crime de peculato, enquanto o mesmo Tribunal Penal de Guayas havia condenado Zamora a 8 anos de prisão.
Mery Zamora é uma professora que nos ensinou com o exemplo. Sua inocência deixa claro a justeza da lua do MPD e dos dirigentes sociais perseguidos. Luís Villacis agregou que em várias cidades como Guayaquil, Machala, Portoviejo, Cuenca, etc se realizaram plantões de solidariedade com Mery Zamora. Segundo Vilacis, o MPD está hoje mais unido e disposto a continuar com o exemplo de homens e mulheres valente que não têm medo do poder, a luta continua em defesa dos presos e perseguidos políticos do governo de Correa, pela educação e saúde, em defesa da água, contra a política extrativista, em defesa dos direitos humanos, por el Yasuni, etc.
Para Zamora, “em mais de uma ocasião demonstrei a Rafael Correa minha dignidade e valentia para enfrentar as agressões de um estado autoritário, o ódio político de um presidente que pretende eternizar-se no poder e que hoje, a revolta popular, as contantes denúncias de violação dos Direitos Humanos, a resistência e a luta dos que pensam diferente vêm dando seus frutos”.
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. O consentimento para essas tecnologias nos permitirá processar dados como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções. Nós repeitamos a LGPD.
Funcional
Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos.O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.