Indiscutivelmente, as mulheres cumprem papel fundamental no desenvolvimento das lutas da classe operária. Enfrentando contradições mais profundas, o combate feminino se dá em duas frentes: na luta contra o capitalismo e na luta contra a sociedade patriarcal. Grandes foram os exemplos de diversas mulheres que doaram sua juventude, trabalho e até mesmo a vida no combate à opressão praticada pela classe burguesa.
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) foi vanguarda no que se refere aos avanços das políticas de libertação das mulheres. A URSS implementou uma legislação extremamente avançada sobre os direitos femininos. Entretanto, como bem disse Lênin, “A igualdade perante a lei não é igualdade na vida”.¹ Sendo assim, as mulheres soviéticas foram convocadas a defender, ao lado de seus camaradas e companheiros, a manutenção do Estado Soviético. E assim o fizeram com firmeza e maestria.
Durante os confrontos da II Guerra Mundial, o Exército Vermelho contou com um enorme contingente de mulheres patriotas, em diversos destacamentos e divisões, entre as quais estavam as franco-atiradoras, as “snipers”. Apoiando operações de combate com tiros precisos a longa distância e contra alvos selecionados, as “snipers” foram muito importantes para as vitórias do Exército Vermelho.
Lyudmila Mikhailvna Pavlichenko nasceu em 12 de julho de 1916 na cidade romena de Bila Tserkva. Aos 14 anos mudou-se com sua família para Kiev, onde se associou a um clube de tiro local. Começou a trabalhar em uma fábrica de armamentos até ingressar, em 1937, na Universidade. Em julho de 1941, aos 24 anos, já cursava o quarto ano de História na Universidade de Kiev, e, nesse período, a Alemanha nazista iniciou a invasão da URSS. A então estudante não hesitou para responder ao chamamento do governo soviético e alistou-se como voluntária no Exército Vermelho. Ao ser selecionada para o 25º Exército, Divisão de Infantaria, recusou-se a cumprir a função de enfermeira, tornando-se assim uma das duas mil mulheres atiradoras de elite soviéticas, das quais apenas 500 chegaram com vida ao fim da guerra.
Lyudmila Pavlichenko lutou por cerca de dois meses nos campos de Odessa. Quando o Exército de Hitler tomou Odessa, seu destacamento foi evacuado. Em maio de 1942, a já Tenente Pavlichenko foi condecorada pelo excelente número de 257 soldados nazistas abatidos. Em julho de 1942 foi alvejada por um morteiro e retirada de campo para recuperação. Após duro período de convalescença, a combatente não foi reenviada para a batalha, mas para uma importante missão internacional. Relatando suas experiências no front de guerra, seguiu para o Canadá e para os Estados Unidos, sendo a primeira pessoa soviética a ser recebida pelo presidente estadunidense, Franklin Roosevelt.
Já de volta à URSS, Pavlichenko foi promovida a major e não mais retornou ao front. Tornou-se instrutora dos atiradores do Exército Vermelho até o fim da guerra, transmitindo aos soldados vermelhos seu vasto conhecimento e sua inigualável técnica. Em 1943 recebeu uma das mais altas condecorações do Estado Socialista: a Estrela de Ouro de Heroína da União Soviética e seu rosto foi estampado em uma série de selos comemorativos. De volta aos estudos, formou-se historiadora pela Universidade de Kiev e foi assistente de pesquisas do chefe do quartel-general da Marinha Soviética.
No dia 10 de outubro de 1974 a Major Pavlichenko faleceu aos 58 anos e foi enterrada em Moscou no cemitério de Novodevichy. Em sua homenagem, em 1976 um navio cargueiro foi batizado com seu nome, na Ucrânia.
Contabilizando um número total de 309 mortes de soldados inimigos, incluindo 36 “snipers’ e pelo menos 100 oficiais, a Major Soviética Lyudmila Pavlichenko foi uma das mais eficientes atiradoras de elite da História. Exemplo de patriotismo, bastião da defesa do Estado Socialista Soviético, Major Pavlichenko é uma materialização do acirramento da luta das mulheres proletárias por sua emancipação e a prova de que as mulheres são peças fundamentais não só para a vitória da Revolução, mas para a manutenção do Estado Socialista.
¹ V.I. Lenin, 1920 in Igualdade completa para as mulheres.
Raphaella Mendes
Movimento de Mulheres Olga Benário
Com o tema “O caudilhismo populista e a luta revolucionária na América Latina”, será realizado de 16 a 20 de julho, em Quito, Equador, o 16º Seminário Internacional “Problemas da Revolução na América Latina”.
A operação militar do Brasil no Haiti, iniciada em 1º de junho de 2004 como parte do plano do governo brasileiro para obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, consumiu até agora quase R$ 2 bilhões. Quando começou, a operação emergencial deveria durar seis meses, com um custo previsto em R$ 150 milhões.
Em maio deste ano, ocorreram as eleições para a presidência e o parlamento da República Dominicana, país com uma população de 9,9 milhões de habitantes e que divide com o Haiti a
A notícia parece antiga, e realmente é. Todos os anos a população passa pelos mesmos problemas decorrentes das chuvas, sejam os engarrafamentos, os deslizamentos de barreiras ou o medo por residir em uma área de risco. Famílias perdem casas, móveis, eletrodomésticos, roupas e o pior de tudo: vidas. Apesar de previsível e até evitável, a situação perdura e já é tragédia prevista e anunciada pelas mídias nesta época do ano.
Wellington Bernardo – O Brasil tem cerca de 7,2 milhões de famílias sem teto, ou seja, 33% do total de famílias brasileiras, o que coloca o País, em termos proporcionais, no sexto lugar no ranking do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que analisa a situação de carência de moradia na América Latina. Acima do nosso país estão Bolívia (75%), Peru (72%), Equador (50%), Paraguai (43%) e Colômbia (37%). Entretanto, em números absolutos o Brasil lidera com folga essa triste estatística, com cerca de 65 milhões de pessoas que não têm uma moradia digna. Acredito que isso acontece primeiramente porque vivemos numa sociedade capitalista, na qual o que prevalece é o lucro, e não o bem-estar das pessoas. Segundo, porque a atual política habitacional não está voltada para a resolução do problema das famílias mais pobres, que representam 95% do déficit brasileiro, mas para salvar da crise as grandes empresas da construção civil que, apesar de receberem milhões, não têm interesse em construir moradias populares e investem em habitações para a classe média.

A Bahia vive um momento de grande efervescência política. Somente este ano ocorrerram no Estado a greve dos policiais, a dos rodoviários e, agora, os trabalhadores da educação estão há quase três meses. A categoria reivindicou ao governador Jaques Wagner (PT) um aumento igualitário de 22%, previsto em acordo assinado no ano passado, mas o governo apresentou uma contraproposta de apenas 6,5% para os professores do Nível I, alegando não haver recursos para cobrir o novo piso salarial.
Membros da antiga gestão do DCE-Fumec, dirigidos pela juventude do PSDB, tentaram dar um golpe nos estudantes. No dia 21 de junho, numa tentativa desesperada de reassumir a direção do DCE, convocaram de maneira irregular uma assembleia-geral extraordinária (AGE) com o objetivo de destituir a atual gestão do DCE, Construção Coletiva, eleita com cerca de 60% dos votos.
(Unicastelo), situada no bairro de Itaquera, Zona Leste de São Paulo, realizou-se uma greve de professores que denunciou o desrespeito a direitos trabalhistas básicos pela Reitoria e pela mantenedora da instituição. Na época, a universidade alegou que a falta de pagamento ocorreu em razão do bloqueio dos recursos da instituição devido a uma decisão judicial proferida por conta de dívidas tributárias da gestão anterior, que saíra do comando em 2005.