UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

quarta-feira, 19 de novembro de 2025
Início Site Página 629

Sindicalistas de todo Brasil aderem à Unidade Popular

Unidade Popular Pelo Socialismo - IMG_9902

Em um ato público, realizado na manhã da última sexta-feira, 13 de março, no Teatro Linda Mascarenhas, em Maceió, Alagoas, cerca de 100 sindicalistas de vários estados do Brasil aderiram ao partido Unidade Popular pelo Socialismo (UP). A nova organização é uma ferramenta para avançar a luta da classe trabalhadora brasileira.

Esteban Crescente, membro da Executiva Nacional Provisória da UP, declarou que a adesão dos companheiros e das companheiras do Movimento Luta de Classes (MLC) e demais sindicalistas é fundamental para implementar o projeto histórico da classe trabalhadora.

“A UP existe porque ela tem um projeto claro para a sociedade, que é defender a bandeira do socialismo. Não se defende esta bandeira sem ter uma forte base na classe trabalhadora. Sem os trabalhadores não vai haver a construção desse projeto e nem da UP”, disse Esteban, que é servidor da UFRJ.

Esteban Crescente
Esteban Crescente, membro da Executiva Nacional Provisória da UP

A mesa foi composta por representantes de sindicatos classistas e de luta, como o dos professores do Rio Grande do Sul (CPERS), o dos urbanitários da Paraíba (STIUPB), o dos trabalhadores da construção civil de Caruaru, dos jornalistas da Paraíba, dos trabalhadores em telecomunicação do Rio de Janeiro (Sinttel) e o dos trabalhadores em informática e processamento de dados de MG (Sindados-MG), entre outros.

1926761_741201652666788_8848628041166840345_n
Presença massiva de trabalhadores lotou o auditório

Para Wilton Maia, presidente do Sindicato dos Urbanitários da Paraíba, “a UP vem para ocupar o espaço dos que abandonaram as lutas populares, abriram espaço para fazer concessões profundas para o capital e para a corrupção. A UP deve ser construída unindo vários militantes sérios que estão desiludidos e pela maioria da classe trabalhadora e popular desse país. Nós temos um partido para avançar a luta dos que mais sofrem”.

Wilton Maia
Wilton Maia, presidente do Sindicato dos Urbanitários da Paraíba

A crítica ao atual governo e à direita não passaram em branco na atividade. Camila Áurea, que é diretora da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações e Pesquisa – FITRATELP, afirmou que a classe trabalhadora já não mais se engana com a falácia do governo e que sente na pele as medidas desse ajuste fiscal, mas que é preciso construir uma saída de esquerda para a crise.

“Não podemos permitir que essa crise do governo caia na mão da direita e aprofunde ainda mais as condições de vida do povo brasileiro, avançando a terceirização do trabalho e reduzindo direitos. O país precisa enfrentar os ricos e os monopólios que são os responsáveis pela exploração do povo”, denunciou Camila.

Unidade Popular Pelo Socialismo - IMG_9982
Indira Xavier, do Movimento de Mulheres Olga Benário, também aderiu à UP

O representante da Executiva da UP fez um chamado para todos se dedicarem à luta pela construção da nova organização. “Aqueles que estão vendo nossa mensagem sintam-se à vontade para aderir a uma opção que não abandonou o projeto da classe trabalhadora, construído na história da luta de classe. Não interessa às elites que tenhamos o nosso partido. Por isso, temos que seguir o exemplo da classe trabalhadora e trabalhar duro para coletar assinaturas em cada manifestação, em cada ato e nos bairros populares, porque é aí que queremos construir a nossa organização”, concluiu Esteban.

Ésio Melo

Frente Popular Revolucionária da Venezuela denuncia ingerência imperialista

0

maduro-cumple-un-ano-electo

A Unidade Popular Antiimperialista (UPRA) insta as forças revolucionárias a manter-se alertas e a se preparar para combater as medidas do governo norte-americano no terreno que corresponda com o fim de defender a pátria do povo venezuelano ante a ingerência descarada do governo dos Estados Unidos, que aprofundou sua escalada agressiva a fim de dobrar os filhos e filhas de Ana Soto, Imperatriz Guzmán, de Guaicaipuro, José Leonardo Chirino, Miranda, Bolívar e Chávez, a quem nos corre sangue Caribe pelas veias, e que através da história demonstramos nosso espírito revolucionário tornando realidade os princípios de combatividade e heroísmo.

A classe dominante dos Estados Unidos, que durante séculos  mantém submissos os povos da América Latina amparada sob a DOUTRINA MONROE “América para os Americanos”, pretende seguir mantendo a opressão sobre o proletariado de seu próprio país e sobre os povos do mundo por meio da manipulação midiática, das ameaças, chantagens, medidas econômicas e políticas como bloqueios e agressões militares, mas hoje como antes, encontrará a resistência de um povo unido que, ainda em condições de grande assimetria tem combatido valentemente, mantendo alto as reivindicações populares, e infringindo-lhes grandes derrotas, quando mantemos nossas forças unidas como um só punho.

O princípio da unidade popular que levanta a UPRA é a pedra angular para a resistência, para o avanço e para o triunfo do proletariado, em momentos de luta frontal contra o imperialismo tem  sido uma receita infalível. Como demonstrou o povo venezuelano ao mobilizar-se pelo regresso de Chávez; como os vietnamitas contra a invasão francesa e ianque; como os cubanos contra os EUA e como demonstrado pela URSS na grande guerra pátria contra o fascismo nazi, a Unidade é a única possibilidade de triunfo, mas requer que essa unidade se construa com base nas qualidades da vanguarda revolucionária, clara, mobilizada e disciplinada, impregnada da audácia revolucionária da classe operária, do campesinato, com a energia inesgotável da juventude, das mulheres e do povo no nobre objetivo de defender seu projeto estratégico.

Ante a grave ameaça que paira sobre nosso povo, é necessário ratificar uma e mil vezes a necessidade da unidade popular revolucionária. Unidade das diferentes tendências, movimentos e partidos proletários, revolucionários e patrióticos, unidade em torno do Governo Bolivariano que tem a responsabilidade de dirigir nosso país, sem vacilações nem conciliação com a burguesia, neste difícil momento; unidade em torno àqueles que entendem que só por meio do socialismo poderemos superar o complexo caminho que nos impõe a burguesia com seu projeto reacionário e fascista, entendendo que a luta contra o imperialismo deve ser acompanhada necessariamente da reivindicação do socialismo; por tal razão, a partir da UPRA ratificamos como aporte na conquista de um indubitável triunfo ante as forças do terrorismo reacionário as conclusões da I Convenção Nacional da Esquerda Revolucionária e a energia das organizações que conformam  esta plataforma para assumir o lugar de combate que nos impõe neste momento a luta revolucionária.

COM A UNIDADE POPULAR REVOLUCIONÁRIA  ANTIIMPERIALISTA DERROTAREMOS A AGRESSÃO FASCISTA!

NEM COM GOLPE, NEM FASCISMO, DETERÃO O SOCIALISMO!

CONTRA O IMPERIALISMO NÃO HÁ CONCILIAÇÃO SENÃO A VITÓRIA DA REVOLUÇÃO!

Coordenação Nacional da Unidade Popular Revolucionária Antiimperialista (UPRA)

Caracas, março de 2015

Quem saiu ganhando com a marcha do dia 13 de março?

0
Manifestação na Paulista, Foto: Mídia Ninja
Manifestação na Paulista, Foto: Mídia Ninja

Ao contrário do que muitos podiam pensar, a marcha da sexta-feira, dia 13 de março, convocada principalmente pela Central Única dos Trabalhadores – CUT, teve grande adesão popular em muitas das principais cidades do país. A mobilização teve como pautas principais a defesa da Petrobrás como empresa 100% pública e livre da corrupção, a exigência da retirada das medidas provisórias 664 e 665 decretadas pelo governo federal e o combate às pretensões anti-democráticas da extrema direita.

Em São Paulo, na Avenida Paullista, ocorreu a manifestação mais numerosa. Ao fim do ato, a CUT publicou em seu site oficial: “100 mil pessoas exigem mudanças na política econômica, mas sem golpe à democracia. CUT e movimentos criticam visão do governo sobre economia e defendem direitos dos trabalhadores”. 

Durante a semana, muitas idas e vindas marcaram a convocação desta marcha. Porta-vozes e representantes do governo Dilma pediam calma e propunham o cancelamento do ato. Alguns setores da esquerda se negaram a participar, colocando nos milhares de manifestantes a pecha de governistas e lançando a palavra de ordem de não sair às ruas nem no dia 13 nem no dia 15.

Ao final, a manifestação provou a disposição de luta da classe trabalhadora brasileira, seja para lutar contra o ajuste que beneficia aos ricos, promovido pelo governo federal, ou seja para enfrentar uma extrema direita que quer privatizar toda a Petrobras e chegar ao governo contra a vontade popular, acabando até mesmo com as menores políticas sociais que vem sendo implementadas.

É de grande importância a realização de uma marcha popular às vésperas de uma manifestação convocada por partidos e organizações de direita, financiada por capitalistas donos de grandes corporações (a exemplo de Jorge Paulo Lemann, dono da Ambev) e promovida por quase todos os veículos da mídia monopolista, como a que está marcada para o próximo domingo, 15 de março.

É importante primeiro por tirar da extrema direita a imagem de ser a principal redentora dos problemas do país. Frente aos fatos da realidade, a grande maioria do povo brasileiro já percebeu que as medidas do governo em economia e política estão no fundamental equivocadas. O povo na rua com pautas clara de luta  e com críticas ao ajuste econômico neoliberal dá autoridade às organizações populares para defender um programa de esquerda como saída para a crise.

Por outro lado, é importante também por desmascarar o real caráter da manifestação do dia 15. Há a tentativa de realizar uma forte manipulação midiática para atrair setores da classe trabalhadora a marchar juntos com a direita. Essa manipulação, travestida de discurso contra a corrupção, é de triste memória na história do Brasil mas também pode ser observada em eventos mais recentes em outros países como o “Maidan” na Ucrânia, os sucessivos golpes militares no Egito e na guerra civil instalada na Líbia.

Não é possível barrar o ajuste econômico que beneficia aos ricos e barrar o avanço da extrema direita sem uma grande unidade popular. A unidade popular é necessária, imprescindível, e foi ela quem ganhou com a marcha do dia 13. É uma unidade que se dá na luta concreta da classe trabalhadora em defesa de seus interesses concretos. Na realização dessa luta, marchar juntamente com organizações do movimento social que declaram apoio ao governo não é a mesma coisa que marchar com o governo. Marchando juntos, devemos levantar bem alto nossas bandeiras do socialismo, do poder popular e da revolução social como únicas saídas seguras para vencer a crise atual.

Chegou o momento de desenvolver essa unidade popular ainda mais nas lutas que virão. É preciso dar total apoio à greve dos garis do Rio de Janeiro, dos professores de São Paulo e à possível greve dos trabalhadores da Sabesp, além de estimular que em suas pautas sejam incluídos temas de luta econômica contra as medidas do governo, como a revogação das MP´s 664 e 665. Também é preciso organizar um grande dia nacional de luta pela educação no dia 26 de março, com atividades em todas as escolas e universidades contra o corte de verbas de R$ 14 bilhões nas verbas da educação além de participar ativamente das mobilizações dos Servidores Públicos Federais que estão em campanha salarial unificada.

Jorge Batista, São Paulo

Nota do MST sobre a ameaça de morte a João Pedro Stedile

0

securedownload

Circula pelas redes sociais da internet um anúncio que pede “Stedile vivo ou morto”. Apresentando-o como líder do MST e “inimigo da Pátria”, o autor oferece uma recompensa de R$ 10 mil para quem atender o seu pedido. Em outras palavras, está incentivado e prometendo pagar para matar uma pessoa, no caso João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST.

Há indícios que a ação criminosa partiu da conta pessoal no facebook de Paulo Mendonça, guarda municipal de Macaé (RJ). E foi, imediatamente, reproduzida pela maioria das redes sociais que diariamente destilam ódio contra os movimentos populares, migrantes, petistas e agora, especialmente, contra a presidenta Dilma Rousseff. São as mesmas redes sociais, em sua maioria, que estão chamando a população para os atos do dia 15/3, para exigir a saída de Dilma do cargo de Presidenta da República, eleita legitimamente em 2014.

Já foram tomadas as providências, junto às autoridades, para que o autor do cartaz e todos os que estão fazendo sua divulgação, com o mesmo propósito, sejam investigados e responsabilizados criminalmente, uma vez que são autores do crime de incitação à pratica de homicídio.

Mas o panfleto é apenas um reflexo dos setores da elite brasileira que estão dispostos a promover uma onda de violência e ódio, com o intuito de desestabilizar o governo e retomar o poder, de onde foram afastados com a vitória petista nas urnas em 2002.

Para estes setores não há limites, nem sequer bom senso. Recusam-se a aceitar a vontade da população manifestada no processo democrático de eleger seus governantes.

Deixam-se levar por instintos golpistas, embalados pelo apoio e a conivência da mídia conservadora e anti-democrática. Usam a retórica do combate a corrupção e da necessidade de afastar os que consideram estar destruindo o país, para flertar com a ruptura democrática. Posam de democráticos esquecendo que os governos da ditadura militar também diziam ser.

São os mesmo que cometeram, impunemente, o crime de lesa-pátria com a política de privatizações, na década de 1990.

O panfleto, e o que se vê nas ruas e redes sociais, é reflexo, sobretudo, de uma mídia partidarizada, que manipula, distorce e esconde informações, ao mesmo tempo que promove o ódio e o preconceito contra os que pensam diferente. O teólogo Leonardo Boff tem razão quando responsabiliza a mídia, conservadora, golpista, que nunca respeitou um governo popular, pela dramaticidade da crise política instalada no país. E corajosamente nomina os promotores do caos em que querem jogar o país: é o jornal O Globo, a TV Globo, a Folha de S. Paulo, o Estado de S. Paulo e a perversa e mentirosa revista Veja.

Um poder midiático que tem a capacidade de sequestrar partidos políticos e setores dos poderes republicanos.

Essa mídia, órfã de ética e de responsabilidade social, é que forma seus leitores com a mentalidade do autor que fez o criminoso cartaz sobre Stedile. É quem alimenta as redes sociais com os valores mais anti-sociais e incivilizatórios.

Os tucanos, traindo sua origem socialdemocrata, fazem oposição ao governo alimentando um ódio coletivo inicialmente restrito à classe alta, mas agora espraiado em todos os segmentos sociais, contra um partido político e a presidenta eleita. Imaginam que serão beneficiados com o caos que querem instalar, envergonhando, com essa política rasteira, os seus que os antecederam.

Um monstro foi criado pela forma como os tucanos escolheram fazer oposição ao governo petista e pela irresponsabilidade da mídia empresarial.  A violência e o ódio estão se naturalizando pelas ruas. Essa criatura já escolheu suas vítimas primeiras: os casais homossexuais e seus filhos, os imigrantes, pobres das periferias, dirigentes de movimentos populares e militantes políticos de esquerda. Mas não raras vezes, essas criaturas, sempre ávidas de violência e intolerância, não poupam sequer seus criadores e os que hoje os acompanham.

Haverá uma longa jornada para superar as dificuldades criadas pelos que se opõe a construir um país socialmente justo, democrático e igualitário.

A começar por uma profunda reforma política, que nos leve a uma nova Assembleia Nacional Constituinte, exclusiva e soberana. É preciso taxar as grandes fortunas e enfrentar o poder dos rentistas e do sistema financeiro. Batalhas tão urgentes e necessárias quanto as de enfrentar o desafio de democratizar comunicação para assegurar, igualmente, a liberdade de expressão e o direito à informação, direitos bloqueados pelo monopólio da comunicação existente no país.

Somente assim, os saudosistas dos governos ditatoriais serão derrotados, e o povo terá a consciência de que defender o pais é lutar pela democracia, e não o contrário, como imagina hoje o autor do cartaz criminoso.

Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST
São Paulo, 12 de março de 2015

Movimentos sociais fazem manifestação em defesa da Petrobrás no Rio de Janeiro

DSC_0199

Centenas de pessoas se reuniram hoje (13/03) em frente à Refinaria Duque de Caxias (REDUC) durante ato do Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora, da Democracia e da Reforma Política.

A manifestação, convocada pelo Sindipetro Caxias, pela FUP/CUT e por diversos movimentos sociais, como MST, MLB, MAB e UJR, começou às 6 horas da manhã e teve grande adesão da categoria petroleira.

Com faixas, cartazes e palavras de ordem em defesa da Petrobrás, os manifestantes denunciaram a gigantesca campanha de desmoralização da empresa e de seus trabalhadores levada a cabo pela grande mídia, que planeja com isso pavimentar o caminho para a privatização definitiva da Petrobrás.

“Estamos aqui hoje para dizer a todo mundo que não permitiremos que as grandes empresas estrangeiras ponham a mão na Petrobrás. O povo brasileiro deu seu sangue e seu suor para construir essa empresa, e vamos defendê-la até o fim, custe o que custar”, afirmou Simão Zanardi, presidente do Sindipetro Caxias.

#Dia13DiadeLuta

Outros atos similares estão sendo organizados em todas as capitais do país para marcar o Dia Nacional de Luta convocado pela CUT e pela FUP. No Rio de Janeiro, a manifestação será na Cinelândia, a partir das 15h, e reunirá milhares de pessoas em defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora.

Da Redação

Pronunciamento da Embaixada da República Bolivariana da Venezuela no Brasil

0

venezuela-3

No último dia 9 de março, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cinicamente declarou a Venezuela uma “ameaça extraordinária” para a segurança nacional norte-americana. Isso mesmo: a maior potência militar do planeta, que possui mais de mil bases militares espalhadas pelos cinco continentes, além de um arsenal nuclear de milhares de bombas atômicas, declarou se sentir ameaçada por um pequeno país latino-americano, com um exército várias vezes menor que o estadunidense e que nunca em sua história invadiu outro país.

A verdade é que a declaração de Obama faz parte do plano imperialista de derrubar o governo bolivariano de Nicolás Maduro e se apossar do petróleo venezuelano.

A seguir, A Verdade publica o pronunciamento da Embaixadora da Venezuela no Brasil, María Lourdes Urbaneja Durant, onde denuncia as tentativas dos EUA de desestabilizar a democracia em seu país e pede o apoio dos povos e das forças progressistas para derrotar, mais uma vez, os planos golpistas do imperialismo norte americano.

Da Redação  

***

“Contra a consciência, a vontade, a força e a unidade de um povo não há imperialismo que possa” Hugo Chávez

A história tem nos demonstrado ao longo dos séculos que os impérios, em sua inevitável queda, se tornam cada vez mais violentos e desumanos. A irracionalidade se apodera de sua ação cada vez mais tirânica e despótica.

Com 15 mil homens pretendeu o império espanhol “pacificar” a vocação inexorável de nosso povo de ser livre e soberano, não podendo pela força nos reduzir à vassalagem e à colonização.

Na luta por nossa independência nos forjamos. Foi duro, difícil, mas como disse o patrono, Simón Bolívar, “a independência é o único bem que conseguimos em detrimento de todos os demais, porém é o único que se deve preservar. Ela será a porta aberta que nos permitirá retomar todo o restante que perdemos”.

Hoje, quase 200 anos depois dessa proclamação, e com a convicção de que não apenas recuperamos nossa independência e soberania, afirmamos com o comandante Chávez que temos Pátria perpétua para nossos filhos e filhas, Pátria para sempre.

Não obstante, da mesma forma que ontem, o império de turno pretende soterrar nossa integridade como nação, pretende nos roubar a Pátria, nossa identidade, o que nos caracteriza como Estado, nossa soberania.

Com a prepotência e a arrogância características dos impérios, os Estados Unidos da América, por todos os meios (golpe de Estado, sabotagem econômica, conspirações para desestabilizar nosso país, etc.), tentou, sem êxito, derrubar o governo do Comandante Hugo Chávez, eleito pelo povo soberano de Venezuela em 16 eleições livres e transparentes.

Como se não bastasse, nesta nova etapa que vive a Revolução Bolivariana sob a condução e a liderança do Presidente Operário, Nicolás Maduro, o império norte-americano insiste em promover e apoio sua derrubada e extinção através de mecanismos antidemocráticos e fora da Constituição da República.

Após contestar os resultados eleitorais de abril de 2014 – que desencadeou a morte de 15 venezuelanos –, patrocinar a guerra econômica a qual está submetida nossa população desde meados de 2014 e financiar uma oposição política antipatriótica, que consecutivamente busca a desestabilização em nosso país, os Estados Unidos da América do Norte deram o passo mais agressivo, injusto e nefasto contra a República Bolivariana da Venezuela.

Na última segunda-feira (09/03), o presidente Obama assinou a ordem executiva que afirma que a Venezuela “constitui uma incomum e extraordinária ameaça à segurança nacional e à política exterior dos Estados Unidos” e declara “uma emergência nacional para fazer frente a essa ameaça”.

Por isso, diante dessa nova afronta imperial, denunciamos as pretensões ianques sobre nossos recursos naturais e chamamos a comunidade internacional a impedir qualquer medida coercitiva que pretenda violar a soberania do povo e a Pátria venezuelana. Como disse nosso presidente Nicolás Maduro: “ninguém pode acreditar que a Venezuela seja uma ameaça aos EUA, e não podem acreditar porque é falso, é mentira. A Venezuela não é, nem jamais será, uma ameaça aos Estados Unidos ou a qualquer outro país do mundo porque somos um povo pacifista, humanista, que tem uma política internacional baseada na busca do entendimento e da integração dos povos do mundo”.

Assim mesmo, relembramos a 3º Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), realizada em Havana, que declarou nossa região como uma Zona de Paz, e chamamos a unidade de nossos povos para combater juntos esta nova arremetida do império norte-americano sobre a região.

Uma vez mais, apelamos à solidariedade dos povos de Nossa América para que apoiem a Revolução Bolivariana e a independência e soberania de nossas nações. Rechaçamos energicamente a Ordem Executiva apresentada pelo presidente norte-americano, a qual demonstra a política de ingerência dos gringos e o desconhecimento da vocação democrática que tem a Revolução Bolivariana e o povo venezuelano, que escolhe o governo que acreditar ser o mais conveniente, e que não tem sido outro se não a implementação da democracia participativa e protagônica através do poder popular para, definitivamente, construir o Socialismo do Século 21.

María Lourdes Urbaneja Durant, embaixadora da Venezuela no Brasil    

O feminicídio em Juárez e o pacto de silêncio

0

Juárez e o pacto de silêncio

Ciudad de Juárez é uma cidade mexicana próxima na fronteira com os Estados Unidos. Conhecida por ser um conglomerado de parques industriais é, também, notória por conter a sede de um dos maiores cartéis de drogas do México. Porém, acima de tudo, Juárez é conhecida pelos brutais assassinatos contra mulheres. Desde 1993, quando se começou a contar as mortes, estima-se que mais de 1.100 mulheres perderam suas vidas, e este número é apenas das desaparecidas: não podemos esquecer que grande parte dos crimes contra a mulher não são reportados, logo, não entram para as estatísticas.

A violência contra mulher é sistêmica, nunca um ato isolado. São complexas questões estruturais que datam desde o surgimento dos primeiros espectros da sociedade capitalista-patriarcal.

Pequeno panorama histórico

Nas sociedades antigas, os núcleos familiares eram constituídos, principalmente, pelas mulheres e crianças, podendo ou não existir a figura masculina/paterna. Nessa configuração, as mulheres possuíam mais autonomia e um papel ativo no que tange a coleta e o preparo dos alimentos. E essa é a verdadeira liberdade: não depender de outro para a sobrevivência. Porém, ao surgir aquilo que conhecemos como civilização, como aponta Engels em seu A Origem da Família, da propriedade privada e do Estado, a mulher teve seu status social destruído: com o surgimento da agricultura, surgiu a produção excedente e a necessidade de se negociar essa mercadoria. Junto com essa noção de excedente, surgiu a noção de propriedade privada, acumulação de bens e negociação de mercadoria: o primeiro espectro do capitalismo.

Um dos principais pontos aqui é, justamente, o da propriedade privada: com seu surgimento, foi estabelecido, de vez, os papeis do homem e da mulher. O homem assumia o controle da produção, tornando-a seu domínio. Para a manutenção desse sistema e para que ele fosse passado às próximas gerações, a mulher precisaria ter um forte laço com o homem. É aqui que começa a dominação e o controle sobre nossa sexualidade: o homem precisava garantir que a prole carregasse seus genes. Esse é o primeiro espectro do patriarcado: seu surgimento foi por necessidades socioeconômicas vinculadas aos homens. Nossa sexualidade passou a ser controlada e nossos corpos passaram a pertencer aos homens e às suas necessidade, sendo deles por direito.

O pacto de silêncio – a violência contra a mulher

O poder, sabemos, tem duas faces: da dominação e da subordinação, e as mulheres conhecem muito bem a segunda, já que nossa socialização se dá através dela. É isso que a supremacia masculina significa: esse acesso ao corpo da mulher. Os homens “estão permanentemente autorizados a realizar seu projeto de dominação/exploração das mulheres, mesmo que, para isso, precisem utilizar-se da força física” (SAFFIOTI, 2002, p. 203). A culpa é inerente ao gênero mulher, como disse a escritora nigeriana Chimamanda Adichie, e faz parte da nossa criação enquanto indivíduos. Para a manutenção do status quo, foi importante que as mulheres aprendessem que, qualquer que seja a violência sofrida, elas têm uma parcela dessa culpa.

Assim, surgiu uma cultura do silêncio, de crimes não reportados, de vítimas silenciadas quando tentam reportar. E, por ser privilegiada por isso, a sociedade patriarcal compactua com esse silêncio e o faz um importante fator da manutenção desse sistema que se escora em instituições artificiais. Analisá-las e denunciá-las é colocá-lo em risco.

Em Juárez, os casos de feminicídio têm um tom execução – os assassinatos são o rito de passagem de homens ao ingressarem no mundo do cartel, como forma de dar recado para grupos inimigos. Faltam políticas públicas, e, claro, falta atenção às mulheres que são maioria dentro das fábricas. A maior fonte de emprego de Juárez são as maquiladoras – empresas situadas na zona de comércio livre que empregam mão de obra barata e exportam materiais para produção estrangeira. A jornada de trabalho é intensa e, a volta para casa, sempre arriscada: o perfil das vítimas são as jovens trabalhadoras de origem humilde.

Juárez não é um caso isolado, pelo contrário. É uma amostra da macroestrutura operando na microestrutura. Perguntaram-me por que me preocupar com uma cidade tão distante geograficamente. Minha resposta é que, sendo a violência sistêmica, ela é parte da nossa estrutura, das nossas vidas e das ruas da nossa cidade também. Nada disso está longe: temos uma Juárez em cada esquina.

Camila Souza, estudante de letras da PUCRS e do Movimento de Mulheres Olga Benário

MST faz ato pela Reforma Agrária em Duque de Caxias

11059870_1024739537541099_6347810277939822611_n

Na manhã ontem (11/03), o MST bloqueou a BR-040 (Rodovia Washington Luiz) que liga o Rio de Janeiro a Belo Horizonte. O ato em defesa da agricultura camponesa faz parte da Jornada Nacional de Luta pela Agricultura Familiar, com atos e bloqueios de estradas por todo o país. Mais uma vez o movimento social do campo foi às ruas do Brasil para colocar a pauta da Reforma Agrária e da defesa dos direitos do trabalhador do campo.

A manifestação também contou com o apoio de outros movimentos, como MAB, MPA, MLB e AERJ.

Segundo Cosme, uma das lideranças do MST na Baixada Fluminense, o ato “veio no sentido de dizer para a sociedade que as mudanças necessárias no país só vão acontecer se a classe trabalhadora se colocar nas ruas e defender qual é a nossa verdadeira pauta, qual é a pauta dos trabalhadores. A pauta da classe trabalhadora passa por Reforma Agrária, moradia, uma educação melhor e uma Petrobrás do povo brasileiro”.

Reforma Agrária no papel

No Brasil, os latifúndios, que equivalem a cerca de 130 mil propriedades rurais, ocupam mais de 47% da área agricultável registrada pelo INCRA. Dessas, 66 mil propriedades, ou seja, mais da metade, são improdutivas. Em contrapartida, 3,75 milhões de pequenas propriedades (os chamados minifúndios) ocupam apenas 10,2% da área registrada.

Segundo o Governo Federal, mais de 70% dos alimentos consumidos pela população brasileira vêm da agricultura familiar; em compensação, o governo prioriza o investimento no agronegócio e nos latifúndios. Para piorar, a Reforma Agrária, pauta antiga do movimento do campo, ainda continua no papel, mesmo tendo sua realização prevista na Constituição.

 Com o aumento da concentração de terra e a não realização da Reforma Agrária, se torna mais difícil para os pequenos agricultores trabalharem e produzir. Consequentemente, começa a faltar trabalho no campo e muitos migram para as grandes cidades ou se submetem ao agronegócio que explora a mão de obra camponesa a com baixos salários e condições precárias de trabalho.

Com isso, a Jornada Nacional organizada pelo MST coloca mais uma vez na ordem do dia a necessidade da Reforma Agrária e também a ampliação dos direitos do trabalhador do campo. Essa deve ser de todo o movimento social, dos trabalhadores da cidade, do campo e da juventude.

Felipe Annunziata e Juliete Pantoja, Rio de Janeiro

Ministro da Educação é recebido com protesto no IFPA

0

ato IFPANo dia 27 de fevereiro, uma vitoriosa mobilização ocorreu no Instituto Federal do Pará – Campus Belém, organizada por Centros Acadêmicos e pela União dos Estudantes Secundaristas de Belém (Uesb), Federação Paraense dos Estudantes em Ensino Técnico (Fepet) e Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (Fenet), dando “boas-vindas” ao ministro da Educação, Cid Gomes. Durante a manhã, fruto da mobilização, ocorreu no refeitório do campus uma oficina de cartazes. Com uma caixa de som no local, estudantes e representantes de diversas entidades se pronunciaram.

“Ainda há muito em que avançar, nem restaurante estudantil temos, como diz essa placa do Governo Federal. Não podemos considerar este espaço como restaurante”, afirmou Carla Catiara, estudante de Geografia. Já Brenda Martins, presidente da Uesb, relembrando o discurso do ministro da Educação quando era governador do Ceará: “Se professor tem que trabalhar por amor, por que você não trabalha por amor e investe o seu salário na Educação do nosso país, seu ministro”.

A verba para assistência estudantil do Campus Belém está atrasada há mais de dois meses: “Assistência estudantil é um direito. É inaceitável que o Congresso Nacional aprove uma emenda que destina R$ 129 milhões por ano para pagar passagens dos maridos e esposas das deputadas e deputados, enquanto isso, atrasa a assistência estudantil do aluno, interferindo na nossa formação acadêmica”, afirmou Adrian Santos, coordenador-geral da Fepet.

A mobilização seguiu à noite, em breve cerimônia com alguns estudantes selecionados no miniauditório. Júnior Palheta, coordenador-geral da Fenet, conseguiu dialogar com o ministro e apresentar a minuta aprovada pelo Seminário Nacional de Assistência Estudantil da entidade, que ocorreu no IFMG – Campus Ouro Preto, ano passado. Enquanto isso, fora do local do evento, os estudantes faziam sua manifestação. Como fruto da pressão estudantil, permitiram a entrada de mais seis estudantes.

“Não tem dinheiro para a educação, mas tem dinheiro para banqueiros, para as grandes empreiteiras, para o escândalo da Petrobras. Enquanto isso, nós, estudantes, temos que iniciar o ano com corte de R$ 7 bilhões na Educação de nosso país”, afirmou o representante da Fenet.

Redação Pará

Declaração do movimento Gayones da Venezuela sobre as novas ameaças de agressão dos EUA

1

NoimpeO Movimento Gayones se a une à indignação do povo revolucionário da Venezuela e da América Latina, após as declarações ameaçadoras do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, contra a República Bolivariana da Venezuela. Rechaçamos de maneira enérgica as pretensões estadunidenses de querer ser donos do mundo e assumimos nossa responsabilidade histórica como parte do povo lutador que, inclusive com sangue, escreveu páginas gloriosas para honra da nossa classe.

Invocamos o direito à autodeterminação dos povos, razão que moveu os revolucionários muitos anos antes de que tenha sido expressado na resolução 2625 adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1970, que contempla “que a livre determinação é um direto de todos os povos e defendê-la é uma obrigação para todos os Estados. Seu respeito é condição necessária para o estabelecimento de relações amistosas e de cooperação entre os Estados”.

Com base nesse princípio universal, e no direito de rebelião que a ele está unido, repudiamos que, sob desculpas ridículas de uma suposta “ameaça extraordinária” da Venezuela, a principal potência armamentista e industrial do planeta pretenda justificar as agressões que levanta contra nosso povo, com a evidente intenção de derrotar um governo legítimo, eleito pelo povo em eleições livres. O objetivo dos EUA é impor a burgueses ditadores como os novos governantes do país, tratando de repetir o manual aplicado com Jacobo Arbenz e Salvador Allende, com saldo de assassinatos, repressão e morte como meio de derrotar as defesas populares e tomar conta das riquezas naturais.

Os antecedentes de invasões e agressões armadas dos Estados Unidos contra dezenas de países em todo o mundo, devem nos alertar ante qualquer tipo de investida direta, inclusive a de uma invasão militar que tenha como objetivo derrubar o governo legítimo da Venezuela, entregando nossa soberania e nossos recursos às transnacionais imperialistas.

Fazemos um chamado ao povo venezuelano, à classe operária e aos camponeses, assim como também às mulheres, jovens e comunas revolucionárias para somar-se à Unidade Popular Revolucionária Antiimperialista (UPRA), assumir nosso papel ante uma ameaça que pretende passar a outro terrenos, seja por parte de mercenários e paramilitares ou seja por parte dos marines, ante o qual o projeto do proletariado é a única garanti para levar a luta até as últimas consequências, aprofundando o processo revolucionário, mediante o poder popular revolucionário do socialismo científico.

Movimento Gayones, Caracas 10 de março de 2015.

Após quase 400 demissões, trabalhadores da Sabesp aprovam greve para o dia 19

Votação-na-assembleia-do-dia-10-03-2015-sobre-demissões-na-SabespUma assembleia dos trabalhadores e trabalhadoras em meio ambiente e saneamento aconteceu hoje na zona norte de São Paulo. Cerca de 200 trabalhadores aprovaram a realização de uma paralisação por tempo indeterminado da categoria com o objetivo de reverter as demissões realizadas pela diretoria da Sabesp e o governo Alckmin.

Desde o fim do segundo turno das eleições no ano passado até o dia de hoje a Sabesp já demitiu 399 trabalhadores e trabalhadoras, conforme apurou o sindicato da categoria. As demissões têm atingido funcionários que por vinte anos ou mais suaram para construir a empresa, mas também a novos funcionários.

As demissões são a forma encontrada pelo PSDB para jogar sobre os ombros dos trabalhadores a responsabilidade pela falta de água em todo o Estado. A prioridade da Sabesp é, como todos sabemos, enviar os lucros e dividendos aos acionistas da bolsa. Com as demissões, os serviços de manutenção e diminuição das perdas de água na rede ficam ainda mais prejudicando afetando, também, a população.

A assembleia debateu táticas de luta para enfrentar esse momento difícil, e não faltaram críticas à diretoria do Sintaema, que apenas em março chamou uma assembleia para reunir toda a categoria e enfrentar esses ataques.

A categoria aprovou por ampla maioria entrar em estado de greve e iniciar um movimento paredista na próxima quinta-feira, dia 19 de março. Uma nova assembleia foi convocada para quarta-feira, 18 de março, com o objetivo de referendar a decisão.

A luta dos trabalhadores da Sabesp é, sem dúvida, parte da luta do povo paulista contra o Estado de penúria imposto pelo governo que é a falta d´água. A solidariedade de toda a classe trabalhadora e dos movimentos sociais é fundamental nesse momento.

Redação São Paulo