UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

quarta-feira, 30 de abril de 2025
Início Site Página 682

Mulheres de Pernambuco comemoram 8 de março

Mulheres de Pernambuco comemoram 8 de marçoO Movimento de Mulheres Olga Benário de Pernambuco organizou pelo segundo ano uma passeata do Dia Internacional de Luta das Mulheres, 8 de março, no Recife. O ato contou com a presença de mas de 120 companheiras e companheiros que saíram de diversos bairros, escolas e ocupações.

A concentração começou na praça Maciel Pinheiro, com panfletagem no comércio local, conversando com as mulheres que passavam pelas principais ruas do centro da cidade, e foi até a sede da prefeitura. Quando a concentração foi impedida de entrar no prédio decidiu-se ocupar a prefeitura.

O ato durou toda a manhã. As mulheres não aceitaram sair sem ser atendidas e, depois de muita negociação, uma comissão foi recebida e as reivindicações foram entregues, com o compromisso de uma nova data para retorno à prefeitura e acompanhamento do andamento da pauta.

À tarde o Movimento participou de um ato unificado do movimento feminino com todas as organizações de esquerda do estado. Oficinas marcaram o inicio deste evento e depois uma passeata tomou conta do Conde da Boa Vista, principal avenida da cidade.

Também em Caruaru, agreste de Pernambuco, o Movimento de Mulheres Olga Benário realizou atividades do Dia Internacional da Mulher. Pela manhã fez um ato público no centro da cidade, com panfletagem e entrevistas nas rádios e TV locais, a fim de apresentar o movimento às mulheres da cidade e denunciar a opressão e a violência sobre as mulheres, além de reivindicar mais creches nos locais de trabalho e nos bairros.

À noite, na comunidade Novo Mundo, um cine-vídeo com a exibição do filme Olga encerrou a homenagem às mulheres. No final houve uma comemoração ao som de muita música com o cantor Costa Jr e com as comidas preparadas pelas companheiras da própria comunidade.

Elizabeth Araújo, Recife

Hugo Chávez presente, agora e sempre!

homenagem chávez 01No último dia 11 de março, no auditório da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), em Recife-PE, foi realizado um ato em memória do presidente da Venezuela Hugo Chávez Frías, falecido no dia 05.

O evento foi organizado por uma parceria de diversas entidades como o Diretório Central dos Estudantes da Unicap, o Centro Cultural Manoel Lisboa (CCML), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (Uespe) e o Consulado da Venezuela. Dezenas de militantes, estudantes, artistas e políticos participaram do ato.

A emoção marcou vários momentos nos discursos e depoimentos de convivência com o presidente; músicas, poesias e místicas foram apresentadas pelos companheiros e companheiras do MST.  O cônsul da Venezuela em Recife, Nestor Chirinos, terminou sua fala dizendo: “Não estamos preocupados com o futuro da Venezuela, porque o povo Venezuela continuará o legado de Chávez!”.

Redação Recife

Juncker teme “guerra na Europa” e anuncia apoio a Merkel

Juncker teme guerra na Europa e anuncia apoio a MerkelNa primeira entrevista que deu depois de ter deixado a presidência do Eurogrupo, o luxemburguês Jean-Claude Juncker advertiu que a questão “da guerra e da paz” está em aberto na Europa e anunciou, entretanto, que irá apoiar a senhora Merkel.

Em declarações ao semanário alemão Der Spiegel, Juncker afirmou que a intensificação dos conflitos na Europa lhe faz lembrar o cenário que se vivia há cem anos, imediatamente antes da Primeira Guerra Mundial. “Está redondamente enganado quem pensa que a questão da guerra e da paz já não se coloca”, disse.

As alusões do chefe do governo luxemburguês aos “paralelismos com 2013” baseiam-se nas recentes situações eleitorais vividas em Itália e na Grécia, onde disse ter detectado “ressentimentos que julgávamos terem desaparecido para sempre”, embora sem especificar.

Sem manifestar, durante toda a entrevista, preocupação com a subida dos nacionalismos e da extrema direita desde o Báltico à Eslovênia  Juncker focou o problema dos conflitos na forma, segundo ele “muito anti-alemã e muito antieuropeia” como “decorreram as campanhas eleitorais na Itália e na Grécia”. Reconheceu, por outro lado, que a maneira como políticos alemães tratam a Grécia deixa “feridas profundas na sociedade grega”.

Jean-Claude Juncker anunciou que apoiará pessoalmente a chanceler Angela Merkel nas eleições gerais de setembro na Alemanha, à qual diz “estar muito ligado”. Considerou também que a saída da crise apenas será possível como “maior união” entre os países europeus.

Fonte: BE Internacional

“Salvamos os bancos mas corremos o risco de perder uma geração”, diz presidente do parlamento europeu

Martins Schultz, presidente do Parlamento EuropeuO presidente do Parlamento Europeu, Martins Schultz, considera que a União Europeia, “campeã dos cortes” mas “sem ideias para estimular crescimento”, salvou os bancos em troca do risco de “perder uma geração”.

Martin Schulz, o presidente do Parlamento Europeu, está preocupado com o esquecimento a que está a ser deixada a mais jovem geração da União Europeia. “Somos campeões nos cortes mas temos uma ideia menos feita do que fazer para estimular o crescimento”, afirmou o político alemão em entrevista à Reuters.

“Na Grécia, na Espanha, na Itália temos, talvez, as gerações melhor formadas de sempre. Os pais investiram imenso dinheiro na formação das suas crianças. Tudo o que fizeram estava certo. E, agora que [essas gerações jovens] estão prontas para trabalhar, a sociedade diz-lhes: ‘Não há lugar para vocês’. Estamos a criar uma geração perdida”.

As considerações são feitas por Martin Schulz, o presidente do Parlamento Europeu, numa entrevista publicada esta segunda-feira, 11 de março, pela agência de informação Reuters.

Schulz defende que uma das grandes ameaças à frente da União Europeia é a possibilidade de se perder a confiança de que o espaço comunitário seja capaz de resolver os seus problemas. Um dos perigos é que seja a geração mais jovem a perder essa confiança.

É neste sentido que o político alemão afirma que há um sério risco de se perder uma geração – algo que Martin Schulz tinha já declarado em entrevistas anteriores. Mais uma vez, comparou os jovens à banca, através de uma pergunta feita por uma jovem espanhola por si citada.

“Ela efetivamente colocou-me a seguinte questão: ‘Vocês, que deram 700 bilhões de euros para o sistema bancário, quanto dinheiro tem para mim? E qual foi a minha resposta? Se temos 700 bilhões de euros para estabilizar o sistema bancário, temos de ter, pelo menos, o mesmo montante para a geração jovem em tais países”, contou à Reuters o presidente do Parlamento Europeu, a única instituição da UE que é eleita diretamente, conforme sublinha a agência.

“Salvamos os bancos mas estamos a correr o risco de perder uma geração”, disse. Uma das acusações feitas pelos críticos da austeridade é, precisamente, a injeção de dinheiro para a banca, sem que haja uma atenção ao impacto social das medidas de austeridade impostas na economia. A taxa de desemprego em países periféricos, tal como em Portugal, tem registado máximos históricos, sendo que a porção mais jovem da população tem sido a mais afetada. Ao mesmo tempo, as economias têm contraído.

“Somos campeões nos cortes mas temos uma ideia menos feita do que fazer para estimular o crescimento”, disse Martin Schulz. Em Janeiro, o comissário europeu para o Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão, Laszlo Andor, tinha já alertado para a possibilidade de a Europa perder uma geração se não adotar medidas para a criação de emprego.

Fonte: BE Internacional

Na velocidade da exploração

0

Na velocidade da exploraçãoTodos em São Paulo têm pressa, fato. As motos aceleram por entre os carros, que correm para trancar o caminho das motos. As pessoas vivem correndo nas calçadas e até nas escadas rolantes. Ao analisar a notícia a seguir, no entanto, não é adequado ter pressa.

Aconteceu em um domingo, 10 de março. Às 05h30, na Avenida Paulista, dirigindo um Honda Fit (preço de mercado por volta de R$ 50 mil), o estudante de Psicologia Alex Siwek, 22 anos, atingiu, em alta velocidade, o corpo e a bicicleta de um trabalhador. O trabalhador atende pelo nome de David Santos de Souza e tem 21 anos. Enquanto Alex voltava de uma balada, David se dirigia ao trabalho, precário, terceirizado, de limpar janelas de um grande edifício da avenida paulista.

Foi ainda mais trágico e revoltante. A violência do atropelamento decepou o braço direto de David, ficando preso no para-brisas do Honda Fit. Alex não parou para prestar socorro, continuou arrancando até parar nas proximidades da Avenida Ricardo Jafet e atirar o braço amputado de David em um córrego. Após guardar seu precioso carro em casa, Alex entregou-se à polícia.

Trata-se de um crime tão cruel que é difícil pensar em uma punição que traga justiça para a situação. É mais revoltante se considerarmos que o atropelamento culminou uma série de injustiças que David e vários outros trabalhadores sofrem todos os dias.

David foi atropelado em sua bicicleta. Mas David não vai ao trabalho de bicicleta por uma opção sustentável. O preço da passagem de ônibus ou metrô é R$ 3,00. Para ir e voltar são R$ 6,00. Em 26 dias de trabalho são R$ 156,00, dinheiro que faz muita falta pra quem ganha um baixo salário.

David, como milhares de trabalhadores terceirizados, trabalha no domingo e feriados sem receber nenhum adicional por isso. Grande parte dos direitos trabalhistas são atacados todos os dias sob o argumento da terceirização, aumentando a jornada, a estafa e o estresse por conta do trabalho.

A crueldade sofrida por David é desumana, mas não é novidade. Thor Batista, filho do milionário Eike Batista, fez parecido no fim no ano passado. A exploração divide as pessoas entre os que são explorados no trabalho e os que podem pagar para ter um crime abafado (ou se divertir na velocidade de um carro de luxo, ainda que custe a vida de outros). A exploração tira, cada dia mais, o que temos de humano. Ao submeter toda uma classe de humanos a viverem sem praticamente nenhum direito, subjugados no trabalho, no caminho pra casa e no seu próprio bairro, a sociedade cria o caldo de cultura que faz playboys pensarem que podem matar livremente. É preciso pôr fim a exploração. Bertolt Brecht diria melhor:

“ao invés de serem apenas bons, esforcem-se
para criar um estado de coisas que torne possível a bondade”.

Sandino Patriota, São Paulo

Chapa organizada pela UJR vence eleição no IFPA

Chapa organizada pela UJR vence eleição no IFPANo último dia 07 de março ocorreu no IFPA (Instituto Federal do Pará) a eleição do Grêmio Estudantil Cabanagem (GECA). Duas chapas estavam na disputa: A Chapa 1 – “A Mudança”, que apesar do nome representava a última gestão que deixou o grêmio imobilizado, e a Chapa 2 – “Construção Coletiva”, organizada pela União da Juventude Rebelião (UJR) e que contou logo na sua formação com o apoio de mais de 90 estudantes.

A campanha da chapa da situação foi caracterizada por difamações e acusações contra a chapa formada pela UJR. No entanto, a tentativa de descaracterizar o debate político na eleição foi frustrada e a resposta dos estudantes se deu nas urnas. A Chapa 2, Construção Coletiva, recebeu mais de 62% do total de votos. Foram 327 votos contra 198 votos da chapa 1.

“Os estudantes deram o seu recado nesta eleição. Era urgente retomar o nosso grêmio pra luta, pois somente assim poderemos conquistar um ensino técnico de qualidade” afirmou a presidente eleita, Jaquelliny Lopes.

A nova gestão do GECA já se prepara para organizar junto com a Federação Paraense dos Estudantes em Ensino Técnico (FEPET) o III Encontro Paraense de Estudantes em Ensino Técnico (FEPET) com data a se realizar no mês de abril. “É a luta dos estudantes que só tende a se fortalecer com esta nova gestão eleita no dia de hoje” afirmou Matheus Tavares, coordenador geral da FEPET.

Redação Pará

Após perder casas em enchentes, moradores são despejados

Após perder casas em enchentes, moradores são despejadosA população da cidade metropolitana da Baixada Santista, Cubatão, passou por momentos de desespero. No dia 22 de fevereiro, após uma intensa chuva, o rio Pilões, que fica na cidade, transbordou, a água atingiu 2 metros de altura no bairro de Água Fria e dezenas de casas foram arrastadas. Pelo menos 980 famílias viviam nos locais atingidos pelas enchentes.

Para fugir da enchente que logo virou uma correnteza, várias pessoas tiveram que abandonar suas casas. Outras, que não imaginavam que a água subiria tanto, ficaram ilhadas, tendo que subir no telhado de suas casas à espera de socorro.

No dia seguinte ginásios esportivos e escolas tiveram que servir de alojamento para cerca de 1500 pessoas que ficaram desabrigadas, sem contar com aqueles que foram para a casa de parentes.

Muito insatisfeitos com a situação, os desabrigados organizaram um mutirão e ocuparam 460 apartamentos no entorno, os quais fariam parte de um conjunto habitacional. Uma parte já estava pronta há algum tempo e outra parte estava em construção.

As palavras de alguns dos ocupantes explica bem a situação na cidade: “Não tenho onde morar, não tenho parente próximo. Nem a prefeitura, nem o governo do estado dão uma situação para nós, o que é que agente vai fazer? Porque eu acho que eles deviam ter pensado antes disso acontecer, ter um plano de prevenção, e não teve isso! Então eu acho que eles são responsáveis sim pelo que aconteceu com nós”, disse um dos ocupantes.

“Eles pensam que estou aqui por luxo? Estou aqui por necessidade!”, explica Simone Teixeira, dona de casa, também ocupante.

No mesmo dia a policia foi até o local, por ordem da prefeitura e deu um prazo de 24 horas para fazer a reintegração de posse pacífica. E assim foi feito no dia seguinte.

Diante deste quadro, fica a reflexão: até quando será possível suportar governos que nunca se responsabilizam pelos problemas do povo? Eles culpam a natureza pelas catástrofes, mas será que não imaginavam que o rio poderia transbordar, sendo que a própria população já alertava há tempos as autoridades?

O desrespeito é grande, o sistema capitalista serve apenas para quem é rico, enquanto o pobre é jogado na miséria, tendo que pagar aluguel para morar. Por isso temos que lutar não só pela moradia digna, mas também por um governo do povo e que sirva ao povo.

Thainá Siudá

Homenagem ao Dia Internacional da Mulher na ocupação Eliana Silva

Ato em homenagem ao dia das mulheres na ocupação Eliana SilvaOs moradores da Ocupação Eliana Silva, em Belo Horizonte, celebraram o Dia Internacional da Mulher em ato político realizado no último dia 10, com direito a café da manhã e convidadas especiais.

A mesa do ato contou com a participação de Dirlene Marques (professora aposentada da UFMG), Maria da Consolação (PSOL, candidata a prefeita nas últimas eleições), Natália Alves (Partido Comunista Revolucionário), Poliana Souza (Ocupação Eliana Silva – MLB) e Raphaella Mendes (Movimento de Mulheres Olga Benario).

O ato destacou a luta das mulheres por seus direitos, e em especial a luta contra a violência, além de ter celebrado o trabalho de reforma da creche “Tia Carminha”, que funciona dentro da ocupação Eliana Silva.

Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas – MG

A morte de Hugo Chávez – Nota da CIPOML

0

Hugo Chávez - CIPOMLA Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxista-Leninistas (CIPOML) expressa seu pesar pelo falecimento do comandante Hugo Chávez Frias, presidente da República Bolivariana da Venezuela. Manifesta sua solidariedade com a classe operária e o povo, com o Governo da República Bolivariana, com os revolucionários e comunistas que combatem valorosamente pela liberação social e nacional na Venezuela.

O processo revolucionário que tem lugar na Venezuela, envolvendo milhões de seres humanos, os trabalhadores e a juventude, vem cumprindo a tarefa de democratizar a sociedade; de dar acesso aos setores empobrecidos dos direitos de saúde, educação e segurança social; enfrenta a oposição da reação e da oligarquia e pôs de pé as massas trabalhadoras e a juventude para defender esse processo.

O Governo da Venezuela, com Hugo Chávez à cabeça, desenvolveu uma importante política de integração na América Latina, incluindo os diversos países da Região e, de maneira particular, aqueles que integram a Alba. Este processo tenta um desenvolvimento independente e enfrenta a oposição aberta do imperialismo norte-americano, que se nega a perder seu domínio tradicional.

Por estas razões, o comandante Chávez ganhou um posto entre os lutadores sociais e revolucionários, entre os trabalhadores e povos da América Latina e de outros continentes; destaca-se como um lutador, um patriota decidido, um anti-imperialista consequente. Sua morte cria uma grande perda para a luta contra a tirania e o inevitável, mas duro e difícil, processo de libertação dos povos. Mas esse doloroso golpe não freará a luta; pelo contrário, estamos convencidos de que a classe operária, o povo e a juventude venezuelanos continuarão os combates, saberão distinguir seus amigos verdadeiros dos inimigos abertos e encobertos, e avançarão na luta de libertação, resolutamente, pelo caminho da revolução e para o socialismo. Com os revolucionários proletários à frente, enterrarão o capitalismo e o imperialismo, tal como o farão outros povos da América Latina e do mundo.

Os Partidos e Organizações Marxista-Leninistas integrantes da CIPOML renovam seu compromisso com a revolução internacional do proletariado, com o internacionalismo proletário; reafirmam sua convicção de que os integrantes do Partido Comunista Marxista-Leninista da Venezuela (PCMLV) e as verdadeiras forças revolucionárias do país, continuarão a luta para conduzi-la pela revolução e pelo socialismo até a vitória.

7 de Março de 2013
COMITÊ COORDENADOR DA CIPOML

Coragem, mulher

0

Coragem, mulher
(Ivan Lins)

Essa firmeza nos teus gestos delicados
Essa certeza desse olhar lacrimejado
Haja virtude, haja fé, haja saúde
Pra te manter tão decidida assim
Que segurança pra dobrar tanta arrogância
Que petulância de ainda crer numa esperança
Quem é o guia que ilumina os teus dias?
E que te faz tão meiga e forte assim
Coragem, coragem, coragem, mulher
Coragem, coragem, coragem, mulher
Como te atreves a mostrar tanta decência?
De onde vem tanta ternura e paciência?
Qual teu segredo, teu mistério, teu bruxedo
pra te manter em pé até o fim?
Coragem, coragem, coragem, mulher
Coragem, coragem, coragem, mulher
Como te atreves a mostrar tanta decência?
De onde vem tanta ternura e paciência?
Qual teu segredo, teu mistério, teu bruxedo
pra te manter em pé até o fim?
Coragem, coragem, coragem, mulher
Coragem, coragem, coragem, mulher

Milhões de venezuelanos homenageiam Hugo Chávez

Milhões de venezuelanos homenageiam Hugo Chávez Milhares de venezuelanos continuam caminhando nas ruas de Caracas para se despedir do presidente Hugo Chávez. Correspondentes estrangeiros admirados com a adoração do povo venezuelano a Chávez perguntam as pessoas que passam horas nas enormes filas a razão de estarem ali e recebem repostas que o deixam ainda mais surpresos: “Não importa o tempo. Se fosse necessário, ficaria 20 mil horas na fila”, disse o trabalhador José Luís Paredes, 45, acompanhado da mulher e de dois filhos, de 6 e 10 anos. Outro trabalhador declarou “estamos chorando mas com o punho fechado.

A venezuelana Kehisber Diaz, 46, enfermeira, enfrentou uma fila quilométrica para ver o corpo do Comandante. Acompanhada de familiares e amigos, após 24 horas ela conseguiu chegar ao caixão do presidente Chávez. Enquanto assistia ao funeral de Estado por um telão instalado na frente da Academia Militar, onde o corpo está sendo velado, falou a imprensa: “Ele [Chávez] sacrificou a vida por nós, venezuelanos. Por isso ele merece que a gente venha aqui e espere o que for necessário para vê-lo”.

De fato, em 14 anos, o presidente Hugo Chávez nacionalizou multinacionais como a Cargill, colocou a petroleira PDVSA sob controle popular e estatizou empresas agroindustriais, metalúrgicas e de construção civil.

Além disso, a mortalidade infantil foi reduzida de 25 por 1.000 crianças para menos de 13 por 1.000; 96% da população passou a ter acesso à água; de 18 médicos por 10.000 habitantes, agora são 58; 13.721 clínicas médicas foram construídas nos bairros pobres (crescimento de 169,6%) e 350 mil casas populares foram entregues.

Por essas razões, o povo chora e lamenta a morte de Hugo Chávez.

A cerimonia de despedida de Hugo Chávez se realizou no dia 8 de março ante a presença de chefes de Estado de governo de dezenas de países e teve início com o Hino Nacional tocado pela orquestra sinfônica de Simon Bolívar. Na ocasião, falando em nome do povo venezuelano, Nicolas Maduro fez um emocionado discurso: “Comandante não puderam contigo nunca e não poderão também conosco. Não houve em nossa história um líder do nosso país mais insultado e atacado mais violentamente do que o nosso comandante em 200 anos. Nunca se mentiu tanto sobre um homem (…), mas não conseguiram. “Aqui está invicto, um puro e transparente, verdadeiro, que vai viver para sempre, para sempre (…) aqui você comandante, com os seus homens, de pé, todos os seus homens leais e mulheres como nós te juramos, lealdade além da morte. “

Ainda no dia 8 de março, enquanto seguia as homenagens ao líder venezuelano, Nicolas Maduro, assumiu a presidência do país e prestou juramento na Assembleia Nacional.

Novas eleições para presidente serão realizadas na Venezuela em 14 de abril.

Da Redação