Quando se trata da saúde de nossas mentes, devemos nos pautar pelos tratamentos que nos mantém fortes contra o adoecimento. Por isso, devemos procurar o acompanhamento psicológico adequado, profissional, pautando também a luta ativa contra o opressor sistema capitalismo.
Muitos estudantes estão tendo suas matrículas arrebatadas sem ao menos saberem da possibilidade de reagir a esses descasos, muitos sequer pediram ajuda porque a vergonha da pobreza diante da predominância da classe média ecoou mais forte do que a necessidade, nos expurgar de espaços onde somos a minoria é um projeto sorrateiro de dominação para garantir que a população pobre não tanja uma educação de qualidade, pois seria sinônimo de desvelar a consciência de classe e desmantelar o discurso falacioso de dentro das instituições, a disparidade no acesso ao ensino superior não será cessada enquanto formos tratados como anomalias a serem extirpadas e nos permanecer acuados diante disso.
Durante a pandemia da Covid-19, os Estados Unidos, centro do capitalismo e da pandemia no mundo, dão mais uma prova de que este sistema está ultrapassado. O país tem uma população de 328,2 milhões de pessoas, representando cerca de 4% da população mundial, no entanto, o número de óbitos durante a pandemia é assustador. Segundo relatório da OMS, 28% de todas as mortes e casos no mundo estão nos EUA. Se compararmos os dados da pandemia nos EUA, China e Índia (países mais populosos no mundo) com os de Cuba, por exemplo, observa-se que o caminho é o socialismo.
O que move as pessoas, em circunstâncias gerais, são suas ideias. O capitalismo, na mente de cada um, seja explorador ou explorado, é uma questão de fé. Fé em que os estabelecimentos funcionarão no horário que prometem. Fé em que as entregas serão feitas. Fé em que o dinheiro é unidade de conta, reserva de valor e que possui liquidez. Fé em que as mercadorias que comprar irão lhe prover bem-estar e felicidade. Fé em que os políticos em quem votar irão lhe representar. Fé em que o juiz será justo. Fé em que a polícia protege. Fé em que a escola educa. Fé em que os meios de comunicação informam. Ou seja, fé em que as instituições que servem ao capital também lhe servem.
“Humanizar, ser verdadeiramente humano nesse país se faz necessário onde vemos o povo sendo ameaçado por um poder autoritário e fascista.”
Regina Franco
MOGI DAS CRUZES...
Em meio de uma pandemia mundial, com a cidade de Mauá liderando um número de mortes no ABC paulista o governo estadual e a prefeitura Municipal decidiram reabrir o Mauá Plaza Shopping. Isso comprova a necropolítica dos governos estaduais e municipais, que visam o lucro em cima do bem-estar humano.
Enquanto os governantes Romeu Zema (NOVO) e Alexandre Kalil (PSD) tentam se diferenciar um do outro com suas políticas e ideologias vemos que ao tratarem os funcionários públicos mais pobres os dois agem da mesma maneira. E por conta desses “gestores da miséria” mais de 1.700 trabalhadores e trabalhadoras passarão o mês de junho inteiro com menos de R$500,00.
No dia 7 de junho, um domingo, o Brasil foi palco de diversas manifestações que clamavam pela proteção das vidas pretas e periféricas, pelo enfrentamento ao fascismo, pela justiça, pelo fim da polícia militar, pela abertura dos arquivos da ditadura e pelo fora Bolsonaro. Em São Paulo, a manifestação ocorreu no Largo da Batata, zona oeste da capital e, como no resto do país, os militantes da Unidade Popular pelo Socialismo (UP), da União Juventude e Rebelião (UJR), do Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas (MLB), do Movimento de Mulheres Olga Benário e do Movimento Luta de Classes (MLC) estavam presentes em peso. Ao fim do ato, a presidente estadual da UP, Vivian Mendes, conversou com os companheiros de luta, relatando nosso papel histórico, homenageando aquelas e aqueles que lutaram antes de nós e evidenciando nosso importante papel de vanguarda na busca do poder popular e no enfrentamento ao fascismo proeminente no Brasil de hoje. Ao fim de sua fala, os militantes utilizaram palavras de ordem e cantaram saudando a organização e a luta do partido e dos movimentos ali presentes. Naquele momento eu reparei na alegria coletiva daquelas pessoas, transbordando uma força que me deixou arrepiada.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem 5,8% de sua população sofrendo de depressão. Em todo o continente americano, nosso país fica atrás apenas dos EUA, onde 5,9% da população padece do transtorno. A depressão é um transtorno mental incapacitante: nos rouba toda perspectiva de vida, sugando qualquer sentimento de felicidade e prazer. Todos estes sintomas são nada mais do que reflexos do que o capitalismo tem a oferecer: tristeza e desesperança para todos aqueles que são subordinados a uma vida de miséria e exploração desumana. Não é de se estranhar que a população pobre, em especial a nossa juventude, seja a mais atingida por essa doença tão devastadora. Embora seja essa uma enfermidade que atinge o conjunto da sociedade.
É preciso cada vez mais lutarmos por nossos direitos trabalhistas, porque, afinal, pagamos nossos impostos e somos também uma parcela dos que, com bravura, querem um Brasil livre e melhor com dignidade.
O coronavírus será eliminado por atitudes que favoreçam o esforço coletivo. Os valores mais nobres da humanidade, como o amor, o afeto e a amizade se sobreporem ao individualismo, à ganância e ao egoísmo.