UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sábado, 10 de maio de 2025
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É mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo?

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Desde 1980, cientistas alertam sobre o aquecimento global, em grande parte causado pelo aumento do efeito estufa, especialmente devido ao CO² emitido por grandes indústrias. A ONU já declarou que entramos em um estado de “Ebulição Global”, e as consequências estão se tornando insuportáveis.

Anne Cavalcante | UJR Garanhuns


MEIO AMBIENTE – Desde 1980 diversos cientistas de vários países vêm desenvolvendo pesquisas e alertando o mundo sobre o avanço do aquecimento do planeta. Um dos principais motivos é o aumento do efeito estufa, que aumenta a cada ano o buraco da camada de ozônio que protege o planeta, por gases ricos especialmente em gás carbônico (CO²), como também a ação do homem. Porém, é importante destacar: que homem é esse?!

Durante décadas, o capitalismo como ideologia da classe dominante tem gerado duas grandes impressões no pensamento dos povos do mundo sobre este assunto, pensamento reproduzido em massa através das mídias: “a responsabilidade do aquecimento do planeta  é de todos”. Desde grandes potências capitalistas a pequenos países em desenvolvimento, ou melhor, desde bilionários detentores de fábricas em diversos países até trabalhadores de qualquer país do mundo, como os do Brasil que trabalham em média 8 horas por dia para ganhar um salário mínimo. 

Sendo assim, o discurso colocado que se o povo trabalhador não diminuir a quantidade de tempo de banho; não usar um canudo de papel; ou não trocar seu desodorante spray por um creme; será o responsável por destruir o planeta. Esse discurso é propagado fortemente e tira a responsabilidade do capitalismo e joga a culpa no povo.

Os grandes monopólios industriais que utilizam de forma incontrolável os combustíveis fósseis para produção de energia, em sua maioria nos Estados Unidos, são os verdadeiros culpados. Em 2023, as empresas de energia emitiram 37,4 bilhões de CO2 na atmosfera,  1,1% a mais do que 2022. Junto a isso os grandes latifúndios, que desmatam e geram queimadas incontrolavelmente, também contribuem para o aquecimento. E mesmo com as condições para adotar outra forma de energia não o fazem, pois não daria tantos lucros.

A segunda questão é apresentada nos momentos mais agudos do sistema capitalista e muito usado pelo fascismo: o negativismo científico. O povo é induzido a acreditar em meia dúzia de pseudociências, com meias verdades de que o aquecimento global não existe, que o planeta passa por tempos e tempos por mudanças climáticas, logo não teria motivo de tanto alarde.  O planeta passa de tempos em tempos por mudanças climáticas naturais, mas este não é o caso. O planeta não estaria em ponto tão alarmante como está agora se não fosse a burguesia e a exploração desenfreada dos recursos naturais.

Consequências

Em julho de 2023, a ONU emitiu nota que deixamos de estar no aquecimento global, mas entramos em um momento chamado de ebulição global. Demos um passo à frente no início de uma contagem regressiva de 5 anos para se mudar a forma de utilização de energia e produção, ou sofrer com o “fim do mundo” se nada for feito. Um ponto de não retorno. Em outras palavras, não teríamos como recuperar o planeta. 

O alarme vermelho não é à toa, está cada vez mais nítido na vida cotidiana. As quatro estações do ano pouco consegue ser diferenciadas, o efeito do El niño teve o pico mais forte dos últimos 20 anos. As secas e queimadas mais presentes no Brasil e o derretimento extremo das geleiras, bem como o surgimento do termo “refugiados climáticos” expõe os efeitos do capitalismo sobre natureza e o povo.

A famosa frase presente no livro Realismo Capitalista de Mark Fisher: “É mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo.”, expõe como a burguesia propaga que não há alternativa ao sistema capitalista, mas é preciso preservá-lo e protegê-lo a todo custo. Porém, Mark Fisher não foi o inventor da roda, Karl Marx já apontava a muito este fato:

“A burguesia não pode existir sem constantemente revolucionar os instrumentos de produção e, assim, as relações de produção, e com elas todas as relações da sociedade…Revolução constante da produção, perturbação ininterrupta de todas as condições sociais, incerteza e agitação sem fim distinguem a época burguesa de todas as anteriores. Todas as relações fixas e ultracongeladas, com o seu leque de antigos e veneráveis preconceitos e opiniões, são varridas; todas as novas formadas tornam-se antiquadas antes de poderem ossificar. Tudo o que é sólido se desmancha no ar, tudo o que é sagrado é profanado, e o homem é finalmente obrigado a encarar com sentidos sóbrios suas reais condições de vida e suas relações com sua espécie.” (Marx e Engels, Manifesto do Partido Comunista.)

A saída para a classe trabalhadora

Diferente do pensamento neoliberal que a burguesia propaga, o sistema capitalista não é imutável. Marx e Engels demonstraram através do materialismo histórico dialético que não há um fim da história da humanidade com o capitalismo como sua última fase. Muito pelo contrário! Portanto, também não haveria um fim do mundo. E há apenas uma classe que pode destruir o sistema capitalista, frear as mudanças climáticas e destruição da natureza: a classe trabalhadora, maior interessada e a mais atingida por essa destruição climática. 

A organização e união da classe trabalhadora é urgente para reivindicar a derrota deste sistema, que já está falido. Tirar de vez do imaginário popular que é possível reformar ou salvar tal sistema. É possível construir uma sociedade mais justa livre da exploração da natureza e do homem, a sociedade socialista é tarefa da classe trabalhadora enquanto vanguarda organizada. 

Cabe a nós, homens e mulheres da classe trabalhadora, propagar sem medo o socialismo científico, desmentir as ideias do capitalismo, mostrando a verdadeira alternativa para “evitar o fim do mundo”. O povo organizado para fazer frente a tudo isso.

Como é costume ouvir hoje em dia: só o povo salva o povo! E as palavras de Karl Marx não estiveram tão atuais e urgentes: proletários do mundo, uni-vos!

Candidata da UP em Salvador sofre racismo e resposta é dada nas ruas

Eslane Paixão, candidata da UP à prefeitura de Salvador, sofreu agressão racista quando fazia campanha no bairro do Rio Vermelho. Longe de se intimidar, UP e Eslane Paixão convocaram um ato amplo com a participação de diversas organizações, entidades e movimentos, mostrando que o caminho para enfrentar o racismo está nas ruas

Gregório Gould | Salvador (BA)


No dia 13 de setembro, durante uma panfletagem da campanha eleitoral da Unidade Popular, em Salvador, a companheira Eslane Paixão, candidata a prefeita da cidade foi cuspida por um fascista que havia fingido ser apoiador para se aproximar da candidata. Era a última atividade de campanha de uma agenda de dois dias com o companheiro Leonardo Péricles, presidente nacional da UP, na cidade mais negra fora da África.

No mesmo dia, Eslane gravou um vídeo denunciando o ocorrido em suas redes digitais. Começou a chegar uma série de mensagens de solidariedade vindas de todas as partes do país, em especial da cidade de Salvador.

No dia seguinte, a militância da UP de Salvador e de diversos movimentos sociais, como MLB, Movimento Olga Benário, UJR e a assessoria jurídica da UP, acompanharam Eslane até a 7a Delegacia da Polícia Civil, no bairro do Rio Vermelho, onde ocorreu a agressão, para registrar um boletim de ocorrência. Além de registrar o BO, Eslane e o conjunto da militância presente decidiram convocar uma manifestação antirracista para a sexta-feira seguinte, no mesmo local, para dar resposta a esse e outros casos de racismo que ocorrem diariamente na cidade.

Durante a semana, a PM da Bahia, que hoje é a que mais mata jovens negros e pobres no país, assassinou o jovem Wendel de Aragão, de 18 anos. Eslane denunciou mais este caso numa entrevista na TV e reforçou o chamado para o ato.

No dia 20, às 19h00, o clima era de combate ao racismo e ao fascismo e reafirmação da luta pelo Poder Popular como única saída para o povo trabalhador. Além dos movimentos que convocaram e da Unidade Popular, estavam representados o PCR, partido de Manoel Aleixo, o PCBR, o PSTU, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Governo do Estado, a Ames-Salvador, a Ubes, a Fenet, a UEB, a vereadora Laina Crisóstomo do “Mandato Coletivo Pretas por Salvador” e diversos outros apoiadores e militantes antirracistas.

A manifestação percorreu as ruas do Rio Vermelho, parando em frente ao local onde ocorreu o ato racista e dialogou com centenas de pessoas que passavam pelas ruas, demonstrando que o caminho para enfrentar os fascistas e seus ataques é a resposta nas ruas, a luta organizada e combativa por um novo mundo sem fascismo, sem racismo, um mundo socialista.

Matéria publicada na edição nº 300 do jornal A Verdade

Greve paralisa portos dos EUA por aumento de 50% nos salários

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Desde 1º de outubro, estivadores já cruzaram os braços em greve nos 36 principais portos dos EUA. Prejuízo à economia da potência capitalista pode chegar a 5 bilhões de dólares por dia, calcula jornal

Guilherme Arruda | Redação SP


Na última terça-feira (1º/10), os portuários dos Estados Unidos deflagraram uma greve nacional que reivindica um aumento de 50% nos salários da categoria. De acordo com o Sindicato Internacional dos Estivadores, que representa o segmento nos EUA, a paralisação já interrompeu as atividades de 36 dos principais portos estadunidenses.

45 mil trabalhadores já cruzaram os braços nesta que, desde 1977, é a primeira greve dos portos a acontecer nos Estados Unidos. Desde junho deste ano, sindicatos e patrões debatiam os termos de um novo acordo salarial, mas a falta de disposição do setor patronal de atender à exigência de aumentos salariais realmente expressivos fez as entidades sindicais deixarem as negociações.

A Maritime Alliance, que reúne as empresas donas de portos, chegou a tentar recorrer aos órgãos reguladores trabalhistas do país para forçar os trabalhadores a voltarem à mesa de discussão, mas sem sucesso. Nesse contexto, os portuários se viram forçados a se declarar em greve para fazer sua voz ser ouvida e a demanda de 50% de aumento ser atendida.

Um jornal norte-americano calcula que cada semana de greve nos portos poderá causar um prejuízo de até 7,5 bilhões de dólares à economia dos EUA, além de reduzir em 0,1% o crescimento do PIB daquele país. Já outra estimativa fala até de perdas diárias de 5 bilhões de dólares.

68% das exportações e 56% das importações estadunidenses passam pelos portos onde todas as máquinas estão paradas, revela a Associação Nacional de Fabricantes daquele país. Por isso, com o tempo, a paralisação também pode causar a interrupção da produção nas fábricas e indústrias norte-americanas.

Pressionado pela força demonstrada pelo movimento dos trabalhadores portuários, o presidente Joe Biden declarou que não utilizará os poderes da Lei Taft-Hartley (legislação norte-americana que o autoriza a forçar o fim da greve) para interromper a paralisação.

A deflagração de uma greve nacional com a exigência de aumentos salariais de 50% para a categoria é um novo indício do ressurgimento do movimento operário na maior potência capitalista do mundo. No ano passado, os trabalhadores da indústria automotiva dos EUA também promoveram uma paralisação em vários estados, que arrancou uma série de conquistas. São sinais de que, em todo mundo, a consciência de classe dos operários está crescendo e que as greves são cada vez mais reconhecidas como o principal instrumento da luta dos trabalhadores.

“As empresas de logística querem abocanhar lucros bilionários em 2024 e oferecer salários inaceitáveis para os trabalhadores. Os portuários do Sindicato Internacional dos Estivadores merecem ser recompensados pelo importante trabalho que fazem”, declarou o presidente da entidade sindical da categoria.

Brigadas de terça-feira impulsionam a UJR em Santa Catarina

Implementação da brigada da UJR às terças-feiras está trazendo frutos para a organização da juventude de Santa Catarina. Mais de duzentos jornais foram vendidos na última quinzena, com as ideias do socialismo sendo apresentadas para jovens e estudantes de todo o estado

Bia de Assis e Maria Isabel Ruckl*


No último período, o estado de Santa Catarina consolidou a política nacional das brigadas de terça-feira da juventude, mesmo enfrentando muitos desafios. No início, as brigadas iniciavam com atrasos, sem estrutura como banquinhas e megafones e nem mesmo contando com a presença de toda a militância. Ou seja, a atividade estava longe de atingir completamente o potencial revolucionário que possui a União da Juventude Rebelião (UJR), a juventude de Che Guevara.

O avanço nas brigadas aconteceu após muita luta política com a juventude, através do estudo da teoria marxista-leninista, leitura das matérias do jornal A Verdade e debates em reuniões. Além disso, o planejamento cauteloso dos secretários de agitação e propaganda, junto ao trabalho de organização, permitiu que crescêssemos nossas brigadas. Traçamos metas de jornais vendidos e contatos coletados, fizemos finanças para garantir bandeiras e megafones e encomendamos novas camisetas para a militância. Também mapeamos os locais e fizemos a ampliação de horários para a brigada de terça, o que possibilitou uma participação maior do conjunto da nossa juventude.

Outra questão importante foi a estadualização da nossa brigada. Antes, o dia nacional de vendas do jornal acontecia apenas na capital Florianópolis, o que não incentivava os camaradas de outros municípios, como Chapecó e Camboriú, a organizar a propaganda do socialismo entre os estudantes. O problema foi superado através da melhora do trabalho de organização e, na última terça-feira (24/9), a Brigada da UJR aconteceu em todas as cidades onde temos nossa militância. 

Mas qual é a importância da brigada de terça da juventude?

As terças-feiras após os sábados de brigada nacional do Jornal A Verdade são dias em que os militantes da UJR devem se dedicar apresentar aos estudantes sua linha política e a defesa do poder popular e do socialismo em seus locais de atuação, como escolas e universidades. Em Santa Catarina, através de uma profunda luta política, nossa militância compreendeu e se convenceu da importância desse dia e fomos capazes de crescer.

No dia 24/9, a brigada de terça aconteceu pela primeira vez em 5 municípios catarinenses (Florianópolis, Itajaí, Chapecó, Camboriú e Blumenau), sendo realizada em escolas, Institutos Federais e universidades públicas e particulares. Um dos principais locais foi a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde vendemos mais de 80 jornais para os estudantes em dois campi diferentes. Montamos grandes banquinhas com as Edições Manoel Lisboa, música para atrair mais estudantes e megafone para nossa militância realizar as agitações de denúncias sobre condições dos estudantes na Universidade. 

Outro ponto importante da brigada de terça em Santa Catarina é a Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), uma universidade paga de Blumenau, município em que um relatório do Conselho Nacional de Direitos Humanos denunciou a existência de 63 células nazistas. Fazer a brigada nesse espaço nos permite apresentar uma perspectiva de luta para os estudantes, além de conhecer mais pessoas que queiram se organizar com a UJR em Santa Catarina para acabar de vez com o nazifascismo. 

A militante da UJR e estudante da UFSC, Beatriz Sell, deu exemplo de como é possível planejar nossas terças para participar mais e melhor das brigadas. A companheira reorganizou seu turno de trabalho, aproveitou para apresentar o jornal A Verdade nos intervalos de sua aula e ainda participou de diferentes pontos de brigada. “Eu entendo a importância de participar das brigadas, pois é a principal forma de chegar nas massas, o que é fundamental para construir a revolução”, afirma Beatriz, que sozinha vendeu mais de 20 jornais. 

Ao fim do dia, totalizamos a venda de 222 jornais, superando nossa própria meta inicial de 200 jornais. Apresentamos a UJR e o socialismo para um enorme número de estudantes e pegamos mais de 20 contatos de pessoas interessadas em conhecer mais sobre nossa juventude e nossa atuação através do Movimento Correnteza e do Rebele-se. 

Para a próxima quinzena, momento em que comemoraremos a publicação da edição de número 300 do jornal A Verdade, devemos superar essa meta e apresentar para ainda mais estudantes a possibilidade de construirmos, pelas nossas próprias mãos, a sociedade que libertará nosso povo desse sistema opressor. Como diz Che Guevara, “ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética”. 

*Bia de Assis e Maria Isabel Ruckl fazem parte da União Juventude Rebelião (UJR) em Santa Catarina

Uma versão resumida desta matéria foi publicada na edição impressa nº 300 do jornal A Verdade

Campanha de mulheres desmascara candidatos fascistas à prefeitura em Fortaleza

Encabeçada pelo Movimento de Mulheres Olga Benario, a campanha “Eles Não” denuncia as posições políticas contrárias aos direitos das mulheres e dos trabalhadores e os comportamentos misóginos de André Fernandes (PL) e Capitão Wagner (UB), candidatos fascistas à prefeitura de Fortaleza

Andressa Oliveira* | Fortaleza (CE)


Nas últimas semanas, ganhou força nas ruas de Fortaleza (CE) a campanha “Eles Não”. Liderada por mulheres organizadas no Movimento de Mulheres Olga Benario, a campanha busca impedir que candidatos fascistas à prefeitura como André Fernandes (PL) e Capitão Wagner (União Brasil) cheguem ao segundo turno das eleições municipais, denunciando a ameaça de retrocesso que eles representam para os direitos fundamentais, especialmente das mulheres. Também participam da campanha as mulheres da Unidade Popular pelo Socialismo (UP) e de movimentos como MLB, MLC e UJR.

Historicamente, as mulheres têm sido uma importante barreira ao avanço da extrema-direita no Brasil e no mundo. Nas eleições presidenciais de 2022, as mulheres da classe trabalhadora foram a principal oposição a Jair Bolsonaro nas urnas e nas ruas, como nas mobilizações do “Ele Não”, maior protesto de mulheres da história do Brasil. No Ceará, 39 municípios organizaram atos naquele momento. Agora, a luta contra o bolsonarismo retorna e se intensifica em Fortaleza, que nunca elegeu a extrema-direita em eleições diretas, para impedir que a cidade caia na mão dos políticos fascistas.

A verdade sobre André Fernandes e Capitão Wagner

Capitão Wagner e André Fernandes simbolizam o que há de mais retrógrado na política brasileira. Um exemplo claro é seu apoio ao PL 1904, que criminaliza meninas vítimas de violência sexual por realizarem aborto com penas que podem superar a dos próprios abusadores. Dayany Bittencourt, esposa do Capitão Wagner, e André Fernandes são co-autores desse projeto de lei, que só não está avançando por conta da pressão oriunda de diversas mobilizações de mulheres por todo país. O “PL do Estupro” segue vivo em uma comissão do Congresso Nacional.

A campanha “Eles Não” denuncia também o alinhamento dos dois candidatos com o bolsonarismo. Wagner, embora hoje tente se distanciar da imagem de Bolsonaro, como deputado já votou a favor de pautas fascistas, como a liberação das armas e o “voto impresso”. Fernandes, por sua vez, foi ativo apoiador da tentativa de golpe em 8 de janeiro, que defendeu a intervenção militar e a volta da ditadura. Capitão Wagner e André Fernandes se promoveram ao longo de suas carreiras políticas em cima de centenas de fake news, mais um traço dos regimes fascistas que sempre utilizaram a mentira como ferramenta política.

O deputado André Fernandes acumula diversas declarações transfóbicas, machistas e misóginas na Câmara dos Deputados, que não apenas alimentam o ódio, mas legitimam a violência contra as mulheres. Ele também votou contra a prisão do mandante da morte de Marielle Franco, Chiquinho Brazão, e contra a igualdade salarial entre homens e mulheres. Além disso, embora André diga que “a mamata acabou”, na prática, ele usa seu cargo de deputado para beneficiar sua família, colocando vários parentes em cargos públicos. Mesmo sem histórico político, após sua eleição, sua mãe, irmã e outros familiares conseguiram posições na Câmara Municipal de Fortaleza, e até seu pai virou deputado estadual.

Suas campanhas eleitorais não apenas escondem a verdade, mas também enganam o povo com mentiras. Não há dúvidas de que André Fernandes e Capitão Wagner se aproveitam da inocência do povo para benefício próprio e manutenção das suas realidades de privilégios e riqueza que desfrutam. Não há dúvidas também de que que, mesmo que hoje eles se ataquem na disputa pela prefeitura, os dois seguirão no mesmo campo político da burguesia e do fascismo.

Mulheres são a maior força de oposição ao fascismo

O avanço da extrema direita, tanto no Brasil quanto no exterior, encontrou uma barreira poderosa no movimento de mulheres. Dados globais mostram que as mulheres têm se tornado cada vez mais progressistas, especialmente em reação ao conservadorismo e às políticas autoritárias que visam restringir seus direitos. A luta das mulheres, no entanto, não se limita a palavras ou protestos. Ela se materializa nas urnas, onde as mulheres rejeitam candidatos que promovem a violência, a desigualdade de gênero e a opressão. Pesquisas mostram que figuras como Pablo Marçal, candidato fascista nas eleições de São Paulo, enfrentam rejeição vertiginosa entre as mulheres, especialmente por conta de sua postura machista e misógina.

Por isso, a importância das mulheres na luta contra o fascismo não pode ser subestimada. As mulheres de Fortaleza, muitas vezes responsáveis pela renda familiar e pela defesa de seus lares contra a violência, entendem que eleger Wagner ou Fernandes seria um passo atrás na luta por justiça social e igualdade.

A organização das mulheres socialistas, agora mais do que nunca, é a força motriz que se opõe ao conservadorismo e ao autoritarismo. As mulheres rejeitam o machismo e a violência que esses políticos representam, e, em Fortaleza, se organizam para garantir que o fascismo não avance. Ao se unirem contra esses candidatos, elas defendem não apenas suas próprias vidas e direitos, mas o futuro de uma cidade que não pode se permitir retroceder.

Com a vanguarda das mulheres, a militância do Movimento de Mulheres Olga Benário e da Unidade Popular estão nas ruas, feiras, praças, escolas, terminais de ônibus e portas de fábricas e empresas dialogando com o povo, desmascarando os fascistas e divulgando nossas candidaturas que verdadeiramente representam os interesses da população.

“Eles Não”, contra o fascismo em Fortaleza!

Com a campanha “Eles Não”, a população de Fortaleza reafirma sua posição de luta contra a extrema-direita. A presença das mulheres da classe trabalhadora é fundamental para barrar o fascismo e garantir que a cidade continue avançando em direção a uma sociedade mais justa, democrática e igualitária.

No próximo sábado, dia 5 de outubro, às 9h, o Movimento de Mulheres Olga Benario, a Unidade Popular e os movimentos sociais vão se concentrar na Praça do Ferreira para realizar um ato no último dia de campanha no centro de Fortaleza, denunciando os fascistas, dialogando com o povo e unificando os trabalhadores mais conscientes na busca de impedir o avanço do bolsonarismo na prefeitura e na câmara municipal.

A população fortalezense vai barrar essa extrema direita descarada, autoritária e conservadora com muita luta e resistência popular. Os movimentos dizem: “Nem André, nem Capitão! Eles Não! Eles Nunca!”

*Andressa Oliveira é do Movimento de Mulheres Olga Benário no Ceará

O que está em jogo nas eleições municipais de Mauá

Em Mauá, no ABC Paulista, a maioria dos trabalhadores ainda não definiu seu voto nas eleições municipais. Por isso, ainda é possível ganhar milhares de pessoas para um projeto antifascista e a favor da classe trabalhadora. Leia artigo de opinião de Amanda Bispo, candidata da UP à prefeitura de Mauá

Amanda Bispo | Mauá (SP)


Faltam 4 dias de campanha eleitoral e na cidade de Mauá, no ABC Paulista, os indecisos estão na frente nas intenções de votos em todas as pesquisas. No fim da campanha, portanto, o resultado das eleições está indefinido, assim como ocorreu na última eleição em 2020.

Os partidos dos ricos, junto com a grande mídia, fazem um grande esforço para induzir o eleitor a pensar que o resultado das eleições já está determinado entre o candidato A e o B, mas a verdade é que o desenrolar desta próxima semana pode nos levar a um cenário completamente novo para a cidade de Mauá.

Nos últimos dias, saiu a pesquisa da empresa Olhar Público, em que uma das perguntas foi: se a eleição para Prefeito de Mauá fosse hoje, em quem você votaria?

A essa pergunta, 30,25% dos entrevistados disseram não ter uma resposta por estarem indecisos, além dos 10,25% de brancos e nulos. Marcelo Oliveira (PT) aparece com 29,25%, Átila Jacomussi (União Brasil) 22,25%. O terceiro lugar está empatado, já que a margem de erro é de 4,9% e Sargento Simões (PL) aparece com 3,75%, Lourencini (PSDB) com 2,5% e Amanda Bispo (UP), 1,75%.

A sondagem da empresa Paraná Pesquisas, divulgada no dia 20/09, apresenta um cenário parecido. Também na pesquisa espontânea, como a seguinte pergunta: “Se as eleições para Prefeito de Mauá fossem hoje, em quem o(a) Sr(a) votaria?”, sem a apresentação de uma lista de candidatos. Mais uma vez, quem está em 1º lugar são os que “Não sabem/ Não responderam”, com 34,3% das respostas, além de 5,4% de indicações de voto branco ou nulo.  Na lista de candidatos, Átila pontua 28,7%, Marcelo marca 25% e Amanda Bispo (UP) aparece em terceiro lugar, com 2,1% dos votos. Lourencini (PSDB) segue com 2,1% e Sargento Simões (PL) tem 1,7%.

Mídia é cúmplice da desesperança

A grande quantidade de pessoas que não sabe em quem votar e prefere anular seu voto nos demonstra o quanto a população da cidade de Mauá está cansada da velha política realizada para os ricos. É possível perceber que o povo está à procura de uma alternativa. É comum caminharmos pelas ruas da cidade e encontrarmos um sentimento de que, mesmo com o passar de diversas eleições, a vida do povo não muda na raiz dos seus problemas. Esta realidade tem tirado a esperança de muitos mauaenses.

Mesmo debaixo deste escândalo, as grandes empresas de pesquisas e os maiores jornais agem como se fosse normal Mauá ter um “candidato” a prefeito cuja candidatura foi derrubada por seu envolvimento com corrupção. Prova disso é que Átila Jacomussi (União Brasil) é convidado aos debates eleitorais e as pesquisas realizadas não consideram um cenário em que ele não seja candidato. Portanto, estas pesquisas cometem um erro ao não apresentar nenhum cenário sem a presença de Atila na lista de candidatos, visto que ele segue com sua candidatura indeferida.

A verdade é que o ex-prefeito, que passou mais tempo preso do que governando a cidade em sua gestão não sabe dizer como foram gastos mais de 100 milhões de reais dos cofres públicos da cidade, é um candidato ficha suja. Por isso, não tem sua candidatura aceita e validada. Sua última tentativa de recurso sobre a rejeição das contas de sua gestão de 2017 a 2020 foi negada pelo próprio ministro que havia concedido a liminar anteriormente, no dia 15 de setembro. Na prática, quem votar nele estará jogando seu voto no lixo.

Outras pesquisas eleitorais não divulgam os números da pesquisa espontânea, mas o próprio resultado das eleições de 2020 são um sinal do descontentamento do povo com essa velha política feita de corrupção e a serviço dos grandes ricos. Naquele ano, foram 6% de votos brancos e 11,6% de votos nulos, o que totalizou 41.264 eleitores.

A força da Unidade Popular pelo Socialismo

Nestas eleições, andando pelas ruas da cidade, encontramos pessoas que estavam buscando uma alternativa. Esse é o caso de Willians, promotor de vendas da 48 anos e morador do Chácara Maria Aparecida, que relatou:

“De uns tempos pra cá, eu fui perceber que os candidatos que dizem que defendem o povo não têm ideias de verdade, só têm corrupção, muita coisa errada. Aí eu me interessei pela Unidade Popular, porque ela combina com as minhas ideias e meus princípios. É como se fosse um casamento perfeito. Eu já acompanhava pelo jornal e pelas redes, quando uma amiga minha me apresentou a questão da moradia e a luta do MLB. Comecei a ir na reunião deles e descobri que o MLB construiu a UP. Aí que eu achei o casamento perfeito mesmo. Isso pra mim foi muito agradável, fiquei muito surpreso. Sou a favor do voto consciente, não poderia ser mais bem representado do que pela UP”.

A Unidade Popular pelo Socialismo é o partido mais jovem do Brasil. Um partido legalizado por movimentos sociais com o objetivo de fortalecer a luta popular, para que a gente possa ver nossa vida mudar de verdade. Diferente de todos os partidos que existem no Brasil, a UP foi legalizada sem um real de grandes empresários ou banqueiros. Apenas a partir da dedicação revolucionária de milhares de trabalhadores, que coletaram 1,2 milhão de assinaturas de apoio durante o período de legalização entre 2016 e 2018.

A UP não tem acesso ao fundo partidário e recebeu apenas 0,06% do fundo eleitoral. Mesmo assim,  nas eleições de 2020 na cidade de Mauá, a UP teve as mulheres mais votadas. Para prefeita, recebemos 3.450 votos. Para vereadora, Gabriela Torres teve 1.583 votos de confiança, mais do que a maioria dos vereadores que estiveram na câmara de Mauá nos últimos 4 anos.

Nas eleições de 2024, mesmo com nossa candidatura a prefeitura não sendo convidada para o debate eleitoral do G1, mesmo sem financiamento de grandes ricos e a partir de um trabalho voluntário e militante dos filiados, na pesquisa estimulada em que aparece a lista de candidatos, nossa chapa para prefeitura de Mauá com Amanda Bispo e Luiza Fegadolli aparece com 3,9% de intenção de votos.

As candidaturas a vereança da UP em Mauá com Julia Cachos (80.000), Selma Almeida (80.123) e João Abreu (80.800) dão condições de colocar revolucionários, mulheres negras e trabalhadores dentro da câmara municipal de Mauá para fortalecer a luta popular por nossos direitos. Lutando podemos ver realmente a saúde, a educação e o transporte serem bons para o povo que utiliza.

A luta contra o fascismo nas eleições de Mauá

Átila Jacomussi é um representante do fascismo nestas eleições. O atual deputado estadual do partido União Brasil está ao lado de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, apoiador de Bolsonaro e com uma política de retirada de direitos do povo pobre. Átila finge defender as periferias e o trabalhador, mas quando ele está longe dos olhos do povo de Mauá, entrega nossos direitos, como fez ao votar a favor da privatização da SABESP e a favor da Militarização das Escolas.

No dia 6 de dezembro de 2023, a privatização da Sabesp foi aprovada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) debaixo de extrema violência contra os manifestantes. Tudo que o povo pedia era a realização de um plebiscito que consultasse a população sobre o tema, já que privatizar significa entregar nas mãos de grandes bilionários um direito tão importante para nós como é a água. Enquanto militantes da Unidade Popular pelo Socialismo contrários à privatização foram presos, torturados e saíram sangrando da ALESP, Átila voltou ao plenário para votar a favor deste absurdo.

É assim que Átila defende o povo de Mauá? Entregando nossos direitos quando o povo não está olhando?

Os três candidatos da direita em Mauá são do União Brasil, do PL e do PSDB. Todos esses partidos foram a favor do PL 1904, projeto de lei federal que tem por objetivo que mulheres e crianças estupradas sejam obrigadas a parir os filhos de seus estupradores.

A Unidade Popular pelo Socialismo é o partido disposto a enfrentar os empresários, corruptos e os poderosos para defender o povo e tem feito isso nessa campanha eleitoral!

O poder popular é a alternativa para a cidade de Mauá

João Batista, operário de 43 anos e morador do Jardim São Gabriel nos disse: “Em 2020 eu votei na Amanda Bispo porque a proposta de governo dela me chamou atenção. É um governo contra o fascismo e contra os políticos que querem favorecer grandes empresários. A luta para acabar com a violência contra as mulheres é um dos principais focos. É um governo que apoia muito a classe trabalhadora. Em 2024 vou votar 80 também! Pra prefeita, a Amanda Bispo 80 é o meu voto.”

Em 2020, a UP pontuava 0,51% nas pesquisas e teve 2% dos votos. Nas eleições de Mauá em 2024, a UP pode surpreender, eleger sua primeira cadeira para a Câmara de Vereadores e mudar a história da cidade elegendo a primeira mulher prefeita. Além disso, a Câmara de Mauá pode ter, depois de 12 anos, uma mulher trabalhadora ocupando este espaço.

Mas tudo isso só pode ser feito com muita luta, trabalho coletivo e articulando todos os apoios nessa reta final em torno do poder popular e do socialismo!

Professor Pantaleão enfrenta milionários, fascistas e corruptos em Goiânia

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Nas eleições para a prefeitura de Goiânia, candidatos da burguesia são um espelho dessa classe: um leque de milionários machistas e corruptos. Candidatura de Professor Pantaleão, da Unidade Popular, se propõe a enfrentar os projetos da elite e construir uma Goiânia para o povo

Bluma | Goiânia (GO)


BRASIL – Para as elites do nosso país, as eleições burguesas são um período fundamental para tentar encenar um teatro democrático que justifica sua manutenção de poder. Nos pleitos municipais, como o deste ano, os revolucionários têm espaço para denunciar para a população que as cidades são controladas pelos empresários, latifundiários e banqueiros que lucram com nosso suor e derramam nosso sangue diariamente, como fez a matéria de capa da edição nº 298 do jornal A Verdade.

Em Goiânia, há exemplos claros de burgueses e fascistas que participam dessa dança das cadeiras, prometendo tudo que não cumpriram nos mandatos passados para o povo e mentindo descaradamente com discursos de “crescimento social e econômico”. A seguir, o jornal A Verdade apresenta a ficha dos principais candidatos da direita na cidade e a alternativa apresentada pela Unidade Popular (UP): a candidatura socialista e antifascista do Professor Pantaleão.

Um fazendeiro milionário condenado pela Justiça

Declarando R$26 milhões em posses para a Justiça Eleitoral, Vanderlan Cardoso (PSD) tem participação significativa em uma fazenda e três empresas, além de ser dono de um helicóptero. O burguês foi prefeito de Senador Canedo e é senador pelo estado de Goiás desde 2018, além de ter tentado uma vez ser governador do Estado e três vezes ser prefeito da capital.

O que Cardoso não diz a seus eleitores é que em 2016, durante a eleição municipal, ele e sua esposa foram condenados na Justiça por improbidade administrativa. O casal foi sancionado por se aproveitar ilicitamente de um escritório de advocacia contratado para prestar serviços públicos durante sua gestão em Senador Canedo de 2005 a 2010. Vanderlan e a mulher tinham suas “demandas particulares” defendidas pelo escritório, contratado pelo Poder Público para regulamentar questões fundiárias.

Uma das punições previstas para o caso era a suspensão de direitos políticos por 5 anos. Contudo, passado algum tempo e uma quantidade interminável de recursos, o milionário foi absolvido pela Justiça burguesa.

Um político profissional e fraudador de certificados do Ibama

Declarando R$313 milhões, a maior parte em aplicações, apólices da dívida pública e participação em capital de empresas, Sandro Mabel (União Brasil) é um dos candidatos mais ricos das eleições de 2024 e participa da política desde 1990, quando foi eleito deputado estadual. Foi candidato à prefeitura de Goiânia em 1992 e teve cinco mandatos de deputado federal, entre 1995 e 2015.

O burguês e político profissional atualmente está no União Brasil, partido do governador fascista e latifundiário, o oligarca Ronaldo Caiado, mas já foi do PMDB (hoje MDB), PFL (que se tornaria o DEM e depois UB), Republicanos e PL. Bastante experiente nas políticas golpistas, foi assessor especial de Michel Temer.

Mabel, presidente da Federação das Indústrias de Goiás, foi autor do PL 4330/2004, um verdadeiro ataque aos trabalhadores que visava aprofundar a terceirização e desresponsabilizar as empresas contratantes, assim aumentando a exploração e cortando direitos. Em 2017, seu nome figurou na lista de beneficiários de propinas das empresas Odebrecht (hoje Novonor) e Andrade Gutierrez, que buscavam liberar a construção de uma usina hidrelétrica em Santo Antônio.

Em 2020, Sandro Mabel também foi alvo de operação da Polícia Federal que envolveu fraudes em certificados digitais do Ibama. O esquema beneficiava donos de terras embargadas da Amazônia Legal, que eram griladas digitalmente e entregues aos fazendeiros criminosos no Pará e Mato Grosso, onde Mabel possui terras em Canabrava do Norte. O prejuízo para a União foi estimado em R$150 milhões.

Um fascista contra o aborto legal

Representante do genocida inelegível Jair Bolsonaro, Frederico Rodrigues da Cunha (DC) teve seu mandato de deputado estadual cassado em 2023 por pendências na prestação de contas das eleições de 2020. Foi autor de projeto ilegal que fere os direitos humanos das mulheres grávidas ao obrigar gestantes que solicitam a realização de aborto legal (ou seja, mesmo em caso de estupro) a ouvirem os batimentos cardíacos do feto, sancionado pelo governador Caiado no início de 2024.

Tal lei também institui a “Campanha de Conscientização Contra o Aborto para as Mulheres do Estado de Goiás”, uma verdadeira campanha de ódio e propaganda reacionária do patriarcado goiano.

Unidade Popular apresenta suas candidaturas combativas

Para lutar contra todos os crimes da burguesia e contra o crescimento do fascismo, a Unidade Popular (UP) lançou uma chapa classista e feminista para a prefeitura de Goiânia, que conta com Professor Pantaleão e sua vice Luciana Amorim. O partido luta em defesa da vida das mulheres, dos direitos trabalhistas e propõe medidas para a melhoria efetiva da vida da classe trabalhadora, como a estatização do transporte público, a desmilitarização da Guarda Civil Municipal (GCM) e a extinção da Ronda Ostensiva Municipal (ROMU). O plano de governo da UP está disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral.

Em constante contato com o povo, a Unidade Popular se apresenta como uma real alternativa para a construção do socialismo, e propõe ser uma ferramenta do povo brasileiro contra a burguesia parasita que o explora, oprime e mata. Tanto no período eleitoral, como em qualquer outra época do ano, a UP e seus representantes, como o Professor Pantaleão em Goiânia, levam seu programa para as lutas nas ruas, fortalecendo a organização popular e os movimentos sociais que lutam por moradia digna, contra a fome, pelo livre acesso à educação de qualidade e para colocar o destino do Brasil nas mãos de quem constrói a riqueza desse país: o povo pobre e trabalhador.

População de Natal exige melhorias no transporte público

Trabalhadores relatam ao jornal A Verdade que o transporte público de Natal e região metropolitana, atualmente sob gestão privada, é completamente sucateado. Tarifa zero, contratos transparentes e gestão pública das linhas de ônibus foram algumas das demandas apresentadas

Redação RN


Não é de hoje que o transporte público de Natal (RN) e sua região metropolitana está em decadência, com sua infraestrutura cada vez mais sucateada. Desde a pandemia de COVID-19, a situação piorou, já que linhas importantes para os trabalhadores da capital potiguar foram descontinuadas. Além disso, os contratos de concessão seguem escondidos, não sendo disponibilizados para a população. Para completar, o preço da passagem é de R$4,50, alto se comparado com o de outras capitais brasileiras.

Por isso, o jornal A Verdade entrevistou seis trabalhadores e estudantes natalenses e da região metropolitana para ouvir suas opiniões sobre as atuais condições dos ônibus da cidade, recebendo seus testemunhos sobre o tempo que gastam no transporte público e como gostariam que fosse a política de mobilidade urbana da capital potiguar.

Situação de descaso e precarização

Os entrevistados, que utilizam o transporte público de Natal para ir ao trabalho e à faculdade, são unânimes em relatar um cenário de completo sucateamento. Raniele, que tem 20 anos e mora no bairro de Parnamirim (RN) conhecido como Liberdade, afirma que os veículos da linha que utiliza constantemente quebram no caminho, o que sugere que a manutenção dos carros é baixa ou inexistente. Já Leonardo, de 19 anos e morador do bairro natalense Cidade Esperança, complementa que além de não receberem manutenção, esses ônibus não são modernizados, já que não possuem ar condicionado e Internet como os ônibus de outras capitais.

Por isso, palavras como “horrível”, “ruim”, “decadente” e “não é dos melhores” foram utilizadas para descrever o sistema de transporte. Alvo de reclamações, o tempo médio de espera é próximo de 30 minutos, enquanto o tempo gasto nas viagens é de cerca de 1 hora. É o caso de Raimunda, senhora de 50 anos do bairro Guarapes, que afirma gastar cinco horas por dia entre espera nas paradas e em pé dentro dos carros.

Quando perguntadas sobre o modelo de governança do transporte público de Natal, a maioria das pessoas ouvidas pelo jornal A Verdade defendeu que um sistema estatal de gestão seria melhor para a qualidade do serviço.

Trabalhadores querem transporte estatal e gratuito

Por fim, todos afirmaram que o transporte público precisa mudar radicalmente. Mais linhas, veículos mais confortáveis, ar condicionado e Wi-Fi foram algumas das melhorias sugeridas pelos trabalhadores e estudantes. Para Gabriela, 20 anos, moradora de Parnamirim, os ônibus deveriam inclusive ser gratuitos para a população. Hoje, pagar a passagem consome uma parte importante do orçamento daqueles que usam o transporte público para trabalhar ou estudar e não recebem vale-transporte, pesando sobre o bolso de quem precisa fazer suas obrigações.

Das conversas com o jornal A Verdade, ficou clara a insatisfação de trabalhadores e estudantes com a mobilidade urbana de Natal. A população da cidade precisa ter acesso aos atuais contratos com as empresas privadas que operam as linhas de ônibus para cobrar melhorias, licitações mais transparentes ou até mesmo a estatização dos transportes, para que ele seja público e gratuito.

A opinião dos natalenses é clara: transportar-se não pode ser um privilégio! O transporte público é uma necessidade não só para que se possa trabalhar e estudar, e também para acessar a cultura, o esporte, o lazer e a praia, enfim, usufruir do direito à cidade. Como defende o programa da Unidade Popular em seu 8º ponto, é urgente a “estatização de todos os meios de transporte coletivos”, para que os trabalhadores e estudantes de Natal e de todas as cidades do Brasil tenham direito a um transporte público de qualidade.

Manifestações e greves em Israel escancaram crise do regime sionista

A despeito da grande violência que promove em Gaza, na Cisjordânia e no Líbano, Israel não tem uma situação segura. Greve geral do dia 2 de setembro e manifestações semanais de centenas de milhares de pessoas contra o governo Netanyahu demonstram fragilidade das posições do sionismo

Redação


Após o Exército israelense encontrar mortos seis prisioneiros israelenses capturados no ataque do Hamas de 07 de outubro do ano passado, a população de Israel iniciou uma onda de greves e manifestações. Os corpos foram encontrados no início do mês, em Gaza, e, após o anúncio pelo governo, uma manifestação com 500 mil pessoas tomou as ruas de Tel Aviv, capital de Israel, no dia 1º de setembro. No dia seguinte, uma greve geral paralisou aeroportos, transportes e outros serviços públicos.

Nas manifestações, as pessoas pediam o retorno vivo dos prisioneiros civis israelenses que estão sob custódia dos grupos da resistência palestina na Faixa de Gaza. Mas a principal questão levantada pelos atos é a crise de legitimidade do governo do fascista Benjamin Netanyahu.

Ao contrário do que aconteceu no início do conflito, há um ano, os partidos e organizações sionistas (que apoiam o regime colonial de Israel na Palestina) estão divididos quanto à continuidade do massacre em Gaza. A manutenção de prisioneiros pelas forças da resistência palestina aumenta ainda mais essa divisão. Nos protestos deste mês, os israelenses passaram a defender, inclusive, o cessar-fogo.

Para ampliar esse cenário de tensão dentro do regime sionista, Israel está cada vez mais isolado no mundo. Durante as Olimpíadas e Paralimpíadas de Paris, a delegação israelense foi alvo de vaias, enquanto a delegação palestina foi uma das mais ovacionadas pelo público.

Essas demonstrações de apoio internacional continuam ocorrendo todas as semanas nos EUA, Europa, Japão e diversos do Oriente Médio e Ásia. Mesmo com todo o genocídio, que já matou ou feriu mais de 100 mil palestinos em Gaza (sem contar as vítimas das doenças e fome causadas pelo cerco militar), os povos do mundo continuam a lutar do lado palestino.

Luta palestina pode derrotar o sionismo

O fato é que os crimes de guerra cometidos pelo Estado de Israel não são uma demonstração de força, mas sim da crise profunda pela qual o regime sionista passa neste momento.

O sionismo é a ideologia racista que rege as leis e o sistema político de Israel. Essa ideologia defende que os judeus têm direito a um Estado próprio à custa da expulsão dos palestinos de suas terras. Além disso, o sionismo é responsável por aplicar um sistema de segregação racial entre judeus e árabes dentro de Israel, considerando os árabes cidadãos de segunda classe, com a maioria sem direito a sair de suas cidades ou mesmo de votar nas eleições.

Esse sistema que Israel vive é a raiz do conflito pela libertação da Palestina, que já dura oito décadas. Tantos anos de guerra e de massacres contra os palestinos envenenou a sociedade israelense ao ponto de hoje todos os partidos sionistas de Israel defenderem abertamente, sem reservas, o massacre em Gaza. Por outro lado, há milhares de judeus e árabes cidadãos de Israel que lutam contra esta ideologia.

Apesar do forte caráter nacionalista dos atos organizados no início de setembro, o fato de eles pedirem o cessar-fogo e a queda do governo Netanyahu mostra uma crise política que se aprofunda no seio do regime israelense. Tudo isso prova, mais uma vez, que a luta justa dos palestinos pela sua libertação e a construção do seu Estado nacional poderá levar também à libertação do povo de Israel do domínio da ideologia racista do sionismo.

Servidores convivem com contratos precários e salários atrasados em Petrópolis, RJ

Servidores contratados de Petrópolis convivem com salários atrasados e população sofre com problemas na educação pública da cidade.

Lavínia Scalia e Christian Nunes | Petrópolis, RJ


TRABALHADORES – Trabalhadores contratados da educação e de outras áreas do serviço público de Petrópolis convivem com salários atrasados e falta de condições de trabalho. Os servidores contratados pela prefeitura da cidade da Região Serrana do Rio reclamam da falta de pagamento ou do atraso de vários dias nos vencimentos, levando a uma piora nas suas condições de vida.

Para piorar, os Centros de Educação Infantil (CEI’s) e Escolas Municipais, continuam com insegurança alimentar, onde as crianças têm pouco acesso às frutas e verduras, e falta proteína, em muitas ocasiões sendo servido apenas ovo ou sopa. Em muitos casos, os alunos não podem repetir sua refeição.

O que ficou evidente, ao longo do último mês, é que a prefeitura deixou de realizar a licitação para a merenda escolar, deixando as crianças mal alimentadas, com a falta gradativa de alimentos devido ao fim do último contrato. Essa situação contradiz o panfleto do candidato a reeleição, que fala de crianças bem alimentadas nas escolas em seu governo.

Para piorar o caos na educação, a prefeitura de Petrópolis, dirigida por Rubens Bomtempo (PSB), deixou os salários dos estagiários e servidores temporários atrasados por mais de 10 dias. A prefeitura alega que o governo do estado de Cláudio Castro (PL) não repassou o dinheiro do estado do ICMS esperado, e que por conta disso, falta dinheiro para pagar os salários.

O argumento da prefeitura faria sentido se a realidade não mostrasse o oposto. A atual gestão usou os recursos da prefeitura para instalar novas lâmpadas de LED pela cidade e fazer quilômetros de asfaltamento em ano de eleição, conforme afirma na propaganda, mas não conseguiu ter dinheiro para pagar os funcionários.

Se o governador do Rio, conhecido pela sua incompetência, atrasa no repasse de verbas a Prefeitura, por que o prefeito não priorizou o pagamento dos trabalhadores. O sustento de centenas de trabalhadores que garantem a educação das crianças petropolitanas não é uma prioridade?

Após um dia de paralisação na terça-feira, dia 17 de setembro, que contou com o apoio de movimentos sociais e correntes sindicais, como o Movimento Luta de Classes, a prefeitura iniciou o repasse dos salários às escolas, que pouco a pouco nos dias seguintes, conseguiram gradativamente pagar os estagiários e temporários.

Contratos precarizados são regra nos serviços públicos de Petrópolis

Dentro desse contexto ainda, a atual prefeitura de Petrópolis, assim como as anteriores, mantém grande quadro de servidores temporários contratados por meio de RPAs. RPA é o Recibo de Pagamento Autônomo. Neste modelo de contratação a prefeitura não contrata os trabalhadores nem através da CLT nem por meio de concursos públicos. 

Na prática esses trabalhadores perdem todos os direitos, como as férias ou 13º salário e no geral são demitidos e recontratados de acordo com a boa vontade da prefeitura. Logo, possuem muita instabilidade no emprego, sendo sujeitos ao assédio moral e aos salários atrasados, enquanto na realidade, estes mesmos RPAs poderiam estar empregados como servidores públicos efetivos.

Mesmo com o último concurso tendo sido feito em 2022, a prefeitura ainda não chamou todos os aprovados, mesmo com uma lei de autoria também da vereadora Júlia Casamasso (PSOL) aprovada na câmara prorrogando até o final de 2024 a validade do concurso.

O quadro de concursados é reduzido, e ao invés de contratar novos, a prefeitura incentiva os atuais a fazerem o regime REHT (Regime Especial de Horas Temporárias), dobrando seus turnos em troca de algumas bonificações. Mas, ai invés de lidar com a falta de servidores chamando os concursados aprovados ou realizando novos concursos, a prefeitura ainda prefere fazer os contratos RPAs. 

Essa situação demonstra como que não só em Petrópolis, mas em cidades por todo o Brasil, nosso povo sofre na mão dos políticos tentando se eleger, com promessas todos os anos e mentiras nas propagandas eleitorais.

Falta de merenda nas escolas, cargos temporários instáveis onde os servidores ficam sujeitos ao assédio moral, salários atrasados, falta de orçamento nas escolas e outros problemas pioram as condições de vida do povo e o acesso à educação, forçando as pessoas a procurarem o ensino privado como referência de educação de qualidade e enriquecendo os donos das redes privadas de ensino. Apenas com luta, o povo nas cidades conseguirá seus direitos, como a educação de qualidade e salários mais justos. Sem lutas, bastará contarmos com a boa vontade dos políticos deste sistema capitalista caduco. 

Justiça por Lichita, menina sequestrada pelo Estado do Paraguai

Lichita Villalba, filha de dirigentes da resistência camponesa no Paraguai, foi sequestrada por homens do Estado paraguaio em represália à luta de seus pais pela reforma agrária. Por todo o mundo, inclusive no Brasil, movimentos populares promovem abaixo-assinado pela aparição com vida de Lichita

Isis Mustafá* | São Paulo


Veias Abertas (Mercedes Sosa)

E quando vier os dias

Que nós esperamos

Com todas as melodias

Faremos um só canto

O céu será celeste

Os ventos mudarão

E nascerá um novo tempo

Latino-americano

Em 02 de setembro de 2020, o Estado do Paraguai cometeu mais um crime bárbaro contra o povo e segue impune até os dias atuais: um destacamento de operações especiais das Forças Armadas, a Força Tarefa Conjunta (FTC), atacou um acampamento guerrilheiro do Exército do Povo Paraguaio (EPP) e torturou, assassinou e enterrou em vala comum María Carmen Villalba e Lilian Mariana Villalba, duas crianças argentinas de 11 anos. No dia 30 de novembro, em um novo ataque à família Villalba, foi presa Laura, mãe de uma das meninas. Duas primas adolescentes, Tamara, 14 anos, e Tania, 19 anos, conseguiram fugir e cruzaram a fronteira para Argentina no dia 23 de dezembro. Já Carmen Elizabeth Oviedo Villalba, “Lichita”, irmã gêmea de Tamara, foi sequestrada e está desaparecida até o momento.

Essa ação criminosa das Forças Armadas é uma retaliação pelo fato de que as crianças são parentes de líderes do Exército do Povo Paraguaio (EPP). Lichita e sua Tamara nasceram na prisão e são filhas de Carmen Villalba e Alcides Oviedo, presos políticos no Paraguai por serem dirigentes da guerrilha.

Resistência armada no campo pela reforma agrária

O Exército do Povo Paraguaio é uma guerrilha de camponeses pobres criada em 2008 para lutar pela distribuição de terras e pela realização de uma ampla reforma agrária na região Norte do país. Os departamentos de Concepción, San Pedro e Amambay correspondem a 32% do território ocidental, com aproximadamente 700 mil habitantes, profundamente marcados pela concentração de terras e cabeças de gado nas mãos de poucas centenas de estrangeiros, ao passo que a imensa maioria do povo não tem nada.

Em pronunciamento de 2016, o EPP denunciou que cerca de 60% das terras da região são controladas pelo agronegócio estrangeiro, enquanto apenas 4% atendem às demandas dos camponeses paraguaios.

A atuação do EPP remete à história dos agrupamentos de resistência camponesa ligados à Igreja Católica, que lutaram na década de 1960, durante a ditadura do presidente Alfredo Stroessner. Hoje, a guerrilha reivindica ter identidade com o marxismo-leninismo e atua com ações armadas. Além das bandeiras da reforma agrária, fim do uso de agrotóxicos e controle popular da terra, a organização exige recompensas como a distribuição de alimentos aos pobres, camponeses e indígenas.

Estado paraguaio tortura e assassina

O Paraguai viveu uma ditadura militar que durou 35 anos, com o sanguinário Stroessner. As bárbaras violações de direitos humanos foram documentadas pela Comissão da Verdade e Justiça. Ao menos 450 pessoas foram executadas, 20 mil foram presas, torturadas ou submetidas ao exílio forçado, além da vasta colaboração do Estado com a Operação Condor, que atuou como rede de repressão em todo o Cone Sul do continente. Contudo, os chamados “Arquivos do Terror”, documentos oficiais que comprovam os crimes cometidos pelo Estado paraguaio, ficaram na gaveta e não houve reparação e justiça. Os militares e empresários beneficiados pela ditadura seguem impunes. Não ironicamente, o atual presidente do Paraguai é membro do Partido Colorado, mesmo partido de Stroessner.

Não é de se estranhar, portanto, que a prática das Forças Armadas seja a mesma da ditadura. A FTC foi criada em 2013, após um golpe, com o objetivo de destruir a guerrilha, sob o argumento do combate ao terrorismo na região. Suas tropas atuam com violência, sequestros, assassinatos e torturas contra os militantes e todo o povo do campo.

Justiça pelas crianças Villalba

Após manifestações populares, o Exército foi obrigado a exumar os corpos das crianças Villalba assassinadas em 2020 e entregá-las à família. Hoje ecoa por toda a América Latina um grito por justiça: “¿Dónde está Lichita?”. O povo quer respostas sobre o sequestro de Lichita e exige que o Estado paraguaio seja responsabilizado.

Com muita solidariedade e internacionalismo proletário, nos somamos a esse grito. Organizações em defesa dos direitos humanos, partidos e movimentos sociais realizam uma ampla campanha contra os crimes do Estado paraguaio e pelo fim da exploração da terra e dos camponeses. A campanha “Um milhão por Lichita” está mobilizando um abaixo-assinado internacional pela sua vida e pretende recolher um milhão de assinaturas em diversos países e pressionar as embaixadas paraguaias. As assinaturas devem ser entregues em 30 de novembro, data que marca os quatro anos do desaparecimento de Lichita. Cada escola, bairro, universidade e posto de trabalho deve conhecer a história das crianças Villalba e fazer parte desta campanha por justiça.

*Isis Mustafá é da União da Juventude Rebelião (UJR)

Matéria publicada na edição nº 299 do jornal A Verdade