UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

quinta-feira, 20 de novembro de 2025
Início Site Página 610

Caminhar sem bandeiras é caminhar sem rumo

0
Marcelo Rivera
Marcelo Rivera

Desde o dia 13 de agosto, dia da greve geral nacional, o Equador vive um momento novo no desenvolvimento do movimento social e popular; as organizações convocantes saíram fortalecidas e com um importante apoio em amplos setores da população. Neste marco, é inegável que os partidos e movimentos de esquerda estão posicionados como forças políticas com profundas raízes no movimento indígena, entre os trabalhadores, os camponeses, professores, estudantes e demais setores que estão lutando contra as políticas do governo correísta.

Esta realidade gerou preocupação em algumas pessoas que gritam aos quatro ventos: “o movimento social deve participar sem bandeira políticas e como cidadãos”. Esta afirmação é oportunista e reacionária e usanda de sempre a direita pretende desarmar politicamente o movimento social; de maneira insistente a oligarquia faz campanha em prol do ‘apoliticismo’, e quando esta fórmula não dá resultado, recorrem ao velho e desgastado argumento de ‘lutar sem bandeiras políticas’.

A política é a atividade dos que governam ou aspiram a governar os assuntos que afetam a uma sociedade ou a um país. Por óbvio, as classes dominantes são as mais interessadas em evitar que os trabalhadores, a juventude e os povos elevem sua consciência ideológica e política e nunca aspirem a governar, desviando do caminho para a conquista do poder como objetivo central de toda a luta política séria.

A direita se assusta quando os setores populares fazem ativismo político e sentem pavor se algum partido ou movimento de esquerda se desenvolve em meio à luta popular. Sabem perfeitamente que um movimento social organizado, politizado e conduzido pela pela esquerda jamais limitará a luta só aos aspectos meramente reivindicativos. Sempre apontará seus esforços a clarificar o caminho para a tomada do poder

Nesta etapa de mobilização social, a direita esta fora do governo. Buscou envolver-se no movimento de diversas maneiras: falaram das reivindicações do povo, apoiaram as convocatórias às mobilizações, chamara a tomar as praças e ruas. Mas como foram rechaçados pelas organizações, não lhes restou outra alternativa se não marchar atrás do movimento popular.

A direita quer aproveitar este momento de mobilização para tirar alguns êxitos eleitorais. Tal como diz o slogan: “querem pescar em rio revolto”. Neste contexto, levantam a consigna de nos unirmos “todos sem bandeiras políticas”. Claro, querem aparecer como “cidadãos” inocentes que lutam junto ao povo de maneira desinteressada. Nesta armadilha suja caíram alguns ativistas sociais bem intencionados, com o argumento de que a população não participa da luta por causa dos partidos políticos.

Ao aceitar estes argumentos, o movimento popular e social abriria as portas a todos os “cidadões” que estão contra o correismo: dessa maneira, viria o cidadão Álvaro Noba, o cidadão Guilherme Lasso, o cidadão Abdalá Bucarám, o cidadão Lúcio Gutiérrez e qualquer outro personagem de nefasta recordação em nossa história. Eles viriam em iguais condições com os demais cidadões trabalhadores do campo e da cidade. Fica claro que o conceito enganoso de “cidadania” não é mais que um cavalo de Troya da direita.

Caminar sin “banderas políticas”, es en los hechos caminar sin rumbo, luchar como nunca y perder como siempre, que el pueblo luche con denuedo contra el régimen de turno, para luego en elecciones votar por los mismos personajes de la derechaque escondieron sus banderas, sus garras y sus dientes.

Caminhar sem “bandeiras políticas” é, de fato, caminhar sem rumo, lutar como nunca e perder como sempre. É fazer com que o povo lute com força contra o regime de turno para logo, nas eleições, votar pelos mesmos personagens da direita que esconderam suas bandeiras, garras e dentes.

Marcelo Rivera, ex-presidente da Federação dos Estudantes Universitários do Equador – FEUE e ex-preso político do governo Correa.

Ponte Costa e Silva, em Brasília, muda de nome para Honestino Guimarães

o-governador-do-df-rodrigo-rollemberg-sancionou-lei-que-muda-o-nome-da-p

Um dos monumentos de Brasília que homenageavam personagem da ditadura militar, a Ponte Costa e Silva, teve o nome trocado e, a partir de quinta-feira (27), passa a ser Ponte Honestino Guimarães, em homenagem ao líder estudantil da UnB desaparecido durante o regime ditatorial.

A lei com a troca dos nomes foi sancionada nesta quinta-feira pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. A ponte liga a Asa Sul, na região central de Brasília, ao Lago Sul, bairro nobre da capital, e tinha o sobrenome do segundo presidente do regime militar, general Arthur da Costa e Silva.

Ex-presidente da União Nacional dos Estudantes e militante da Ação Popular (grupo de esquerda) durante a ditadura militar, Honestino foi preso em 1973 no Rio de Janeiro, e desapareceu sem deixar qualquer vestígio, aos 26 anos. No ano passado, o governo o declarou anistiado político pós-morte e determinou a retificação do atestado de óbito, para que conste como causa da morte “atos de violência praticados pelo Estado”.

Sobrinho de Honestino, Mateus Guimarães, 29 anos, disse que a troca dos nomes é fundamental para a memória coletiva da sociedade sobre a importância da luta por democracia, igualdade e justiça social. “A mudança de nome é o primeiro passo de uma série de ações para conscientizar a população para o que de fato representou a ditadura”, afirmou.

Para ele, Honestino foi o símbolo da luta de uma geração. “A luta era contra a ditadura, mas também por justiça social, igualdade, contra descriminações e intolerâncias e pelo fim da miséria. Essa luta está aberta e é necessário ter consciência que é de todos”, acrescentou.

Segundo o professor emérito da Universidade de Brasília (UnB) Vicente Faleiros, os movimentos para trocar o nome de locais batizados em homenagem à ditadura permite à população ter como referencia uma sociedade que respeita os direitos humanos.

“Sai a referência a um símbolo da opressão para o símbolo da luta pela democracia, pela igualdade, pelo Brasil mais equânime. A ditadura e os nomes a ela vinculados são símbolos de um momento obscuro da sociedade, em que os direitos das pessoas foram violados”, afirmou.

Arthur da Costa e Silva foi presidente da República, entre 1967 e 1969, eleito indiretamente pelo Congresso Nacional, como candidato único.  Ele assinou o Ato Institucional nº 5 (AI-5), o mais duro dos decretos editados pelos militares, cujos seus efeitos duraram mais de dez anos e representaram o período mais marcante da ditadura brasileira. O ato suprimiu direitos civis e deu poderes absolutos ao regime militar

Honestino Guimarães

Natural de Itaberaí, em Goiás, aos 17 anos, Honestino foi o primeiro colocado no vestibular  da UnB, em 1965. Por sua atuação no movimento estudantil, passou a ser perseguido pelos órgãos de repressão política. Foi desligado da universidade em 1968 como punição por ter liderado movimento pela expulsão de um falso professor da UnB, informante da ditadura. Naquele ano, casou-se com Isaura Botelho.

Com a edição do AI-5, Honestino passou a viver na clandestinidade, com Isaura, em São Paulo. Em 10 de outubro de 1973, foi preso no Rio de Janeiro por agentes do Centro de Informações da Marinha (Cenimar), quando desapareceu sem deixar vestígios, aos 26 anos.

Agência Brasil

Os torturadores no Brasil não são punidos

relator da ONU“Os Torturadores no Brasil não são punidos” esta afirmação foi feita por Juan E. Méndez, relator especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em entrevista coletiva realizada no início do mês de Agosto. Méndez é advogado, professor, ex-preso político, argentino e milita na área de direitos humanos há mais de trinta anos, além de ser o primeiro latino-americano que assume esse cargo na ONU. Durante 12 dias de visita em delegacias, penitenciárias e casas de detenção para menores infratores nos estados de Brasília, São Paulo, Alagoas, Maranhão e Sergipe, ele apurou que “não viu nesses lugares uma condenação se quer por tortura ou abuso de autoridade”, além de criticar a falta de estrutura e superlotação nos presídios, demonstrações de que o Brasil está longe de tentar resolver o problema da violência e da impunidade em seu território.

Outra preocupação apresentada pelo relator da ONU foi com a redução da maioridade penal. Para ele, tal medida contribui ainda mais com os problemas de superlotação e estrutura dos presídios em nosso país, além de ser uma violação de regra do direito internacional. O fato de haver “um alto grau de tortura durante os interrogatórios nas delegacias e os torturadores não serem punidos” reforça a discussão sobre os resquícios dos 21 anos de regime militar que tivemos, assim é urgente a revisão da lei da Anistia que foi sugerido pela Comissão Nacional da Verdade, atos para lembrar este período no Brasil, já que com o tempo aumenta o clima de impunidade geral em nossa sociedade.

Juan Méndez vai apresentar um relatório oficial ao Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a sua visita. Vale lembrar que não é a primeira vez que o Brasil é intimado pelas organizações internacionais para rever suas leis em relação aos direitos humanos.

Cloves Silva, Estudante de Letras da UFRPE

 

Unidade Popular conquista registro no Equador

Unidad Popular EcuadorCom 175.791 assinaturas de adesão, o movimento de esquerda Unidade Popular cumpriiu com o requisito estabelecido pela lei de Partidos Políticos, que era de apresentar 10% de assinaturas e adesões da população votante e assim obteve seu registro eleitoral.

Conforme declarou seu presidente nacional, Geovanny Atarihuana, no dia 21 de agosto o Conselho Nacional Eleitoral validou as assinaturas e iniciou os trâmites de legalização partidária. Nos próximos 15 dias, o organismo eleitoral deverá emitir um pronunciamento a respeito.

“Nossa organização política tem estrutura conformada nas 24 províncias do país e delegações de migrantes nos Estados Unidos e na Europa. Foi o trabalho destes militantes que recolheu mais de 500 mil assinaturas e por isso esperamos que as atuais 175 mil validadadas sejam incrementadas ainda mais”, disse Geovanny.

Como nova organização política, a Unidade Popular teve um papel decisivo na última greve geral realizada no Equador no dia 13 de agosto, e segue participando das ações pela lilbertação dos lutadores populares detidos pelo governo de Correa.

Da Redação

Luta em Defesa da Educação

Foto 01No ultimo dia 12 de Agosto, ocorreu mais um dia de luta em defesa da educação nas ruas de Recife. Os Técnicos Administrativos da UFRPE( Universidade Federal Rural de Pernambuco)  e da UFPE( Universidade Federal de Pernambuco) realizaram uma caminhada saindo da UFRPE até a reitoria da UFPE. Bem recebido pela população o ato contou com a participação de entidades estudantis, dos docentes e com o apoio da população, que parabenizava pela iniciativa ao longo do percurso, que terminou com as falas dos representantes das categorias.

Na pauta a denuncia o Ajuste Fiscal do plano Levy, os cortes de verba na educação e o descaso do governo com relação aos Técnicos Administrativos das universidades federais, em greve há dois meses. Para Camila Falcão, Coordenadora geral do DCE-UFRPE, presente no ato, “A unidade entre técnicos, docentes e estudantes é fundamental para garantir novas lutas e mais conquistas”. Um dia antes os técnicos da UAG (unidade acadêmica da UFRPE em Garanhuns, primeira expansão do REUNI) saíram em passeata junto aos servidores do INSS, que também estão em greve, em ato que tomou as principais ruas da cidade.

 A verdade é que a terceirização, aprovada recentemente e a falta de políticas que garantam melhorias para os servidores das instituições federais é agente direto da precarização e sucateamento tanto das expansões quanto das instituições federais mais antigas. Não há como existir uma eficiência no cotidiano das instituições de ensino superior sem a valorização dos técnicos administrativos, bem como a contratação de mais servidores por meio de concurso. O problema é que a “Pátria Educadora” tem se preocupado em garantir o pagamento da dívida pública em detrimento de direitos básicos para a classe trabalhadora. Novos atos devem ser realizados em todo o estado ao longo do mês de agosto.

Clóvis Maia- Pernambuco

O melodrama grego do Syriza

GréciaOs romanos são frequentemente criticados pelos especialistas da história literária por terem deturpado o gênero dramático da ‘tragédia’ grega, transformando-a em um melodrama sem a seriedade, a dignidade e a profundidade filosófica que são próprias das tragédias de Ésquilo e Sófocles. Desde sua eleição, em janeiro deste ano, a Coalizão de Esquerda Radical (Syriza, por sua sigla em Grego) e sua maior liderança e ex-primeiro-ministro do país, Alexis Tsipras, têm cumprido o romano papel de transformar em farsa as legítimas aspirações e vontade de mudança da classe trabalhadora e do povo grego.

O último ato deste melodrama foi a entrega para o imperialismo alemão de praticamente toda a infraestrutura aeroportuária do país, seguida da renúncia de Tsipras como primeiro-ministro para a convocação de novas eleições.

Desde o primeiro ‘pacote de ajuda’ do Fundo Monetário Internacional ao país, em maio de 2010, a Grécia entrou em uma forte crise humanitária, política e social. Todo o resquício de Estado de Bem-estar social foi gradualmente destruído no país. A Classe Trabalhadora e o povo resistiram de maneira heróica a esses ataques com dezenas de greves gerais, manifestações e outras formas de luta.

Até a  chegada do Syriza no poder, em janeiro de 2015, foram aprovados – pelos governos dos sociais-democratas e da direita – dois memorandos com o FMI e quase 400 leis que atacaram os direitos conquistados. O Syriza foi depositário da esperança de transformação construída em todo este processo de lutas. Alexis Tsipras assumiu o poder prometendo revogar todos os memorandos e leis antipopulares, governando para tirar a Grécia desta crise.

O caminho da conciliação

Mas as negociações entabuladas com a Troica demonstraram que a vontade de mudança da direção do Syriza não era verdadeira e passaram a ceder mais e mais aos interesses alemães pensando ser possível conseguir uma posição razoável da parte da União Europeia. Seja por ingenuidade ou puro oportunismo, o Syriza não previu que os imperialistas não ficariam contentes senão com a rendição completa por parte da Grécia.

No momento crítico deste negociação, Alexis Tsipras ensaiou um gesto de altivez convocando um referendo em que o povo grego disse um sonoro ‘Não’ (Oxi, em grego) às exigências do imperialismo alemão. Mas o Syriza insistiu em sua atitude conciliadora e, em menos de uma semana, fez o contrário do exigido pelo povo grego em referendo negociando o terceiro memorando com o FMI e aprovando – agora em parceria com os social-democratas e a direita – novas leis antipopulares no parlamento.

Nem o repúdio de mais da metade do comitê central do Syriza, nem o voto contra de cerca de 40 parlamentares do partido foram suficientes para fazer Alexis Tsipras recuar em sua decisão de impôr o novo memorando. No dia 20 de agosto, após o fundamental das medidas do terceiro memorando terem sido concluídas, Tsipras apresenta sua renúncia na esperança de constituir um governo mais forte e mais à direita nas próximas eleições.

Mais de 25 deputados do Syriza já anunciaram a formação de um novo partido e pretendem concorrer às próximas eleições – possivelmente em 20 de setembro – sob a denominação de Unidade Popular. Este novo partido defende de maneira expressa a saída do Euro e a volta da Dracma como moeda nacional. Já o tradicional partido revisionista no país que têm cerca de 5% do parlamento, o KKE, segue em sua política de denunciar as forças reformistas sem ser capaz de construir uma frente popular capaz de apresentar uma alternativa política à situação.

Dentre as várias lições que ensinam o processo dos últimos anos de luta popular na Grécia, a principal diz respeito ao papel dos acordos e compromissos nessa quadra histórica de forte aprofundamento da crise do sistema capitalista-imperialista. A grande verdade é que os países imperialistas estarão dispostos a tudo para submeter os povos e a alternativa da conciliação só pode nos levar ao caminho da humilhação e do aumento da exploração para o povo.

Sandino Patriota, São Paulo.

Contra o ajuste fiscal, trabalhadores marcham pelo Centro de Maceió

0

IMG_4889

Nem mesmo a forte chuva, que assolou a capital alagoana, impediu os trabalhadores e a juventude de ir às ruas nesta quinta-feira, 20 de agosto. A manifestação contra o ajuste fiscal, por direitos sociais e por democracia, realizada em todo o país, reuniu cerca de duas mil pessoas em Maceió.

Trabalhadores rurais, sindicalistas, militantes de movimentos de moradia e de partidos políticos de esquerda marcharam juntos pelas principais ruas do centro até o Palácio do Governo de Alagoas, onde simbolicamente foi dada às costas ao Governador Renan Filho que, desde maio, não paga a reposição salarial dos servidores estaduais.

A maioria das falas foram uníssonas em repudiar a atitude do PSDB e da extrema direita que, não aceitando a derrota eleitoral na última eleição presidencial, têm tentado um conjunto de ações golpistas em busca do poder no Brasil.

IMG_4909

“Nosso povo lutou muito pelo fim da ditadura militar e vários deram suas vidas por liberdade e democracia, como os alagoanos Manoel Lisboa e Gastone Beltrão. Portanto, essa manifestação é para dizer não à ofensiva da direita e a qualquer tentativa de golpe”, afirmou Magno Francisco, presidente estadual do partido Unidade Popular pelo Socialismo.

Magno também foi enfático em rechaçar a política econômica do governo Dilma, que joga nas costas dos trabalhadores a conta da crise. Para ele, o conjunto de medidas do ajuste fiscal, como os cortes de direitos trabalhistas e de verbas da educação, saúde e moradia, além do aumento dos juros, da conta de energia e do valor dos combustíveis, só tem piorado as condições de vida do povo brasileiro.

“Dilma e seu Ministro, o tucano Joaquim Levi, a todo momento tem atacado os direitos sociais dizendo ser necessário para enfrentar o momento de crise. Mas que crise é essa que só ataca os direitos dos pobres, enquanto os ricos e banqueiros batem recordes de lucros? Precisamos unir os trabalhadores por aumento geral dos salários, por taxação das grandes fortunas e pela reversão do pagamento da dívida pública em investimentos sociais. Só assim será possível ter uma saída para a crise que favoreça o povo”, completou o representante da UP.

IMG_4929

Os movimentos sociais do campo e da cidade também estiveram nas ruas para defender reforma agrária, reforma urbana e um novo Brasil. Carlos Lima, coordenador da regional da CPT, disse que quando o povo da cidade e do campo se unir, a burguesia não vai resistir. “A crise foi gerada pelos ricos e são eles quem devem pagar por ela. Nosso povo precisa de reforma agrária, de reforma urbana, da democratização dos meios de comunicação e outras reformas populares que acabem com a desigualdade social. Só a nossa união pode vencer a burguesia”, afirmou Lima.

A indignação contra Eduardo Cunha (PMDB) era visível na manifestação. Cartazes com “Fora Cunha” denunciava o responsável por retrocessos históricos em direitos da juventude e dos trabalhadores, como a lei da terceirização e a redução da maioridade penal. “Cunha quer criminalizar ainda mais a juventude, colocando cada vez mais cedo os jovens na cadeia. Para completar, Dilma ainda corta verbas da educação. Nossa luta é por mais escolas e menos cadeia. Queremos um futuro de esperança para os jovens”, afirmou Amanda Balbino, da União da Juventude Rebelião.

Redação Alagoas

Polícia reprime atos contra aumento das passagens em Belo Horizonte

IMG-20150814-WA0085

MOBILIZAÇÕES SÃO FEITAS EM BELO HORIZONTE CONTRA AUMENTO DAS PASSAGENS DE ÔNIBUS, DESPEJO DAS OCUPAÇÕES DA IZIDORA E TRUCULÊNCIA DA POLÍCIA MILITAR

Essa última semana (dias 18 e 20 de agosto de 2015) ficou marcada em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, por mobilizações feitas por movimentos sociais, ocupações urbanas, organizações políticas de esquerda, sindicatos e outros setores sociais contra uma série de ofensivas realizadas pelo grande capital e seus governos lacaios de Márcio Lacerda (PSB) e Fernando Pimentel (PT).

Na quarta-feira, 12/08, foi realizado um ato público para exigir a revogação de mais um aumento das passagens de ônibus em BH ordenado pelo Prefeito Márcio Lacerda (PSB), que novamente não titubeou a satisfazer a insaciável gana por lucros abusivos da máfia do transporte público, fechando seus olhos para o fato da implantação do sistema MOVE ter diminuídos os custos operacionais e a falta de transparência financeira e contábil que se arrasta há anos (em que pese a Lei 8.987/95 – Lei das Concessões determinar a transparência das movimentações contábil e financeira das empresas exploradoras de serviços públicos, exatamente para permitir o devido controle social).

A manifestação de 12/08, que contava com participação de muitas pessoas, entretanto, foi duramente reprimida pela Polícia Militar, a mando do Governador Fernando Pimentel (PT), aliado de longa data do prefeito de BH, tendo mais de 60 pessoas sido presas por fugirem das bombas e balas de borracha dentro de um hotel (inclusive, com a permissão do gerente do estabelecimento) e várias outras machucas (incluindo um jornalista do tabloide “O Tempo”),

Não bastasse todo este absurdo, no dia seguinte, 13/08, as ocupações urbanas da região da Izidora (Rosa Leão, Vitória e Esperança) foram notificadas pelo Polícia Militar de que o seu despejo seria realizado nesta semana (entre os dias 17/08 e 21/08), desrespeitando-se decisão do Superior Tribunal de Justiça que proíbe a realização de qualquer operação militar de despejo, exatamente, dentre outras coisas, pelo despreparo da PM gerar violações a uma série de direitos humanos garantidos pela Constituição brasileira e tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil é signatário, despejo este que prestigia o Prefeito de BH, que junto com a empresa Direcional, querem despejar as mais de 10.000 famílias da Izidora para construir um empreendimento imobiliário milionário com verbas do Governo Federal do PT.

IMG-20150815-WA0005

A RESPOSTA AOS DESMANDOS DE PIMENTEL, LACERDA E PM: UNIFICAÇÃO DAS LUTAS E MAIS MOBILIZAÇÕES DE RUA

Os movimentos sociais, ocupações urbanas, organizações políticas de esquerda, com a adesão de vários sindicatos e outros setores, não se calaram e demonstraram maturidade e decidiram: ante esta ofensiva aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras de BH, unificar as lutas e continuar as mobilizações de rua é a saída irrenunciável a ser tomada.

Assim sendo, foi convocada nova mobilização para a sexta-feira, dia 14/08, para exigir que o Prefeito Empresário revogue imediatamente o aumento das passagens e que o Governador Pelego não despeje as ocupações da Izidora e respeite o direito de manifestação, a qual mostrou mais uma vez que a famosa frase despolitizada de que “o povo brasileiro é pacífico” está errada.

A manifestação estava cheia e com mais que o dobro de participantes do ato de quarta-feira. dia 12/08, contando com a participação de mais setores da sociedade, como integrantes da advocacia popular, defensoria pública, professores e diversas categorias sindicais, como os securitários e gráficos, dentre outras.

A Polícia Militar, por sua vez, mesmo que não tenha reprimido a manifestação (já que a repercussão da repressão de quarta-feira foi grande, além de haver a presença de autoridades públicas, como defensores públicos e parlamentares municipais e estaduais), não deixou de mostrar seu lado fascista e perverso, tendo mobilizado gigante aparato repressivo (inclusive cavalaria e “caveirão” que estavam escondidos dentro de um parque no centro de BH) e descumprido um acordo estabelecido com a organização do ato de que não deixaria carros circularem na única faixa liberada pelos manifestantes (justamente para a segurança destes).

IMG_20150814_205932943

FERNANDO PIMENTEL DIZ QUE A ATUAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR NÃO TEVE EXCESSOS E SEGUNDO O COMANDANTE DA PM, O TRATAMENTO DAS MANIFESTAÇÕES DA DIREITA NO DOMINGO É DISTINTO

Não bastasse todos os ataques aos direitos de ir e vir, de moradia e de manifestação da classe trabalhadora de Belo Horizonte, também é estarrecedor ver as declarações do Governador Fernando Pimentel e do Comandante da PM mineira.

Segundo o Governador petista, a atuação da PM foi dentro do protocolo, ou seja, o fato da PM ter cercado os manifestantes na quarta-feira e jogado bombas e balas de borracha deliberadamente na direção dos mesmos (conforme se vê por diversos vídeos e relatos), além de incriminar manifestantes por fugirem de tais ataques dentro de hotéis e usar do critério de “porte de carteira de trabalho” para selecionar quem seria ou não preso (método usado na ditadura militar) não caracterizou como abusivo para o Comandante-em-chefe da PM mineira.

Entretanto, os relatos levados à Defensoria Pública de Direitos Humanos e à Promotoria de Direitos Humanos e Controle da Atividade Policial mostram exatamente o contrário: a PM atacou gratuitamente os manifestantes, tendo usado de força extremamente desproporcional, ferindo de forma grave e prendendo arbitrariamente muitas pessoas presentes à manifestação.

A posição de Fernando Pimentel mostra exatamente de que lado está o governo estadual petista, além de demonstrar mais uma vez que a PM sempre defendeu e sempre defenderá os interesses da burguesia, fato este que é confirmado pela fala do comandante da PM mineira de que as manifestações organizadas no domingo, dia 16/08, não serão reprimidas por fecharem ruas, já que se tratam de “públicos distintos”.

Ou seja: quando a manifestação é na defesa de direitos sociais da classe trabalhadora, reprimir é a regra, e quando a mobilização é feita pela burguesia, tirar selfies com os manifestantes é o protocolo.

Não é demais lembrar que, a PM mineira há muito tempo vem agindo de forma extremamente bárbara contra os movimentos de esquerda que fazem mobilizações de rua, chegando ao absurdo de fazer a tática do envelopamento (Caldeirão de Hamburgo), de modo a cercar por todos os lados os manifestantes e impedi-los de realizar o ato público, e, que, sob o comando do PT, a Polícia Militar já tem sido considerada, por alguns, como mais truculenta que à época do Governo PSDB.

PERMANECER UNIFICADOS NAS RUAS PELA REVOGAÇÃO DO AUMENTO DAS PASSAGENS E DO DESPEJO DA IZIDORA, E PELO DIREITO DE MANIFESTAÇÃO

A classe trabalhadora de BH deve permanecer unida e mobilizada, pois a experiência mostra que Márcio Lacerda e Fernando Pimentel são dois autênticos representantes da burguesia, e, que, portanto, farão de tudo para resistir à pressão popular contra os interesses da máfia do transporte público e da especulação imobiliária.

Assim, mais e mais mobilizações devem ser feitas para que esta ofensiva aos direitos das trabalhadoras e trabalhadores de BH seja imediatamente cessada!

Thales Augusto Nascimento Viote, Minas Gerais

Pais dos 43 normalistas desaparecidos no México convocam greve nacional para 26 de agosto

imagem

Os pais dos 43 jovens da Escola Normal Rural de Ayotzinapa desaparecidos há 10 meses convocaram uma greve nacional no México para o próximo 26 de agosto com o objetivo de exigir justiça no caso de seus filhos.

O anúncio foi realizado durante uma marcha realizada no município de Tixtla, estado de Guerrero, através do porta-voz dos pais, Felipe da Cruz, que assegurou que os familiares não pararão em sua exigência de justiça e de apresentação com vida dos jovens.

Ao mesmo tempo, os pais anunciaram que iniciarão uma greve de fome no final de agosto, que certamente será estendida até 26 de setembro, data na qual se cumprirá um ano do desaparecimento dos 43 normalistas.

Nesse dia, em 2014, policiais agrediram estudantes da Escola Normal Rural da Ayotzinapa, assassinaram seis pessoas, entre elas três normalistas, e entregaram 43 alunos dessa escola ao grupo criminoso Guerreiros Unidos.

Posteriormente, e a partir de um pedaço de mandíbula, foi confirmada a morte do estudante Alexander Mora, o único dos 43 que se tem certeza científica de que foi assassinado na noite de 26 para 27 de setembro passado.

Diante deste crime, os familiares se mantêm mobilizados com apoio de organizações de direitos humanos e coletivos da região, sem contato com representantes políticos.

Recentemente, as famílias dos desaparecidos se mostraram surpreendidas depois de tomar conhecimento que 129 corpos foram achados pelas autoridades mexicanas durante os 10 meses transcorridos do desaparecimento dos normalistas.

Os pais e representantes insistiram que não deixarão de exigir à Procuradoria Geral da República uma versão crível sobre o desaparecimento de seus filhos.

O mencionado organismo mexicano não deu mais detalhe do caso e manifestou estar convencido de que os restos dos outros 42 normalistas serão recuperados, ao alegar que os cadáveres teriam sido destruídos completamente por integrantes do cartel Guerreiros Unidos.

Extraído do site www.portalalba.org

20 de agosto: atos em todo o Brasil contra o ajuste fiscal

20aDiferentes frentes de movimentos sociais nos estados estão convocando para a próxima quinta-feira, 20 de Agosto, atos em todo o país para combater as propostas reacionárias vindas tanto do governo federal quanto do congresso  nacional.

Os três eixos da convocatória são: 1) Contra o ajuste fiscal, que os ricos paguem pela crise; 2) Fora Cunha, não às pautas conservadoras e o ataque aos direitos; e 3) A saída é pela esquerda, com o povo na rua e por Reformas populares.

Para o MTST, um dos movimentos que convoca o ato, “é verdade que surgiram uma série de convocatórias paralelas reduzindo o ato à “luta contra o golpismo”, sem falar de ajuste, direitos e mesmo defendendo o governo Dilma. Mas, de outro lado, esta disputa real pelo significado do ato do dia 20 está sendo utilizada por grupos sectários da esquerda para carimbar o ato, e conseqüentemente o MTST, como governistas. Nenhuma novidade quando se trata dos puristas de sempre. Os atos unitários, incluindo o de São Paulo, terão um tom claro contra a direita e o ajuste fiscal do governo. Também contra a Agenda Brasil. Este é o ponto que demarca a unidade.”

Já Leonardo Péricles, presidente a Unidade Popular pelo Socialismo – UP, entende que: “Diante da grave situação que vive o Brasil não podemos deixar de ocupar as ruas para dar umas resposta aos crescentes ataques promovidos pela direita reacionária e à manipulação promovida pela mídia. Convocamos a militância de todos os movimentos e organizações sociais a ocuparem as ruas no dia 20 combatendo o ajuste fiscal e as propostas contidas na chamada ‘Agenda Brasil’ defendida por Renan Calheiros e pelo governo federal”.

Abaixo, reproduzimos a nota assinada pelos movimentos e partidos:

Ato Nacional de 20 de agosto: tomar as ruas por Direitos, Liberdade e Democracia!

Mobilização em todo o país contra a direita e o ajuste fiscal

Estaremos nas ruas de todo o país neste 20 de agosto em defesa dos direitos sociais, da liberdade e da democracia, contra a ofensiva da direita e por saídas populares para a crise.

– Contra o ajuste fiscal! Que os ricos paguem pela crise!

A política econômica do governo joga a conta nas costas do povo. Ao invés de atacar direitos trabalhistas, cortar investimentos sociais e aumentar os juros, defendemos que o governo ajuste as contas em cima dos mais ricos, com taxação das grandes fortunas, dividendos e remessas de lucro, além de uma auditoria da dívida pública. Somos contra o aumento das tarifas de energia, água e outros serviços básicos, que inflacionam o custo de vida dos trabalhadores. Os direitos trabalhistas precisam ser assegurados: defendemos a redução da jornada de trabalho sem redução de salários e a valorização dos aposentados com uma previdência pública, universal e sem progressividade.

– Fora Cunha: Não às pautas conservadoras e ao ataque a direitos!

Eduardo Cunha representa o retrocesso e um ataque à democracia. Transformou a Câmara dos deputados numa Casa da Intolerância e da retirada de direitos. Somos contra a pauta conservadora e antipopular imposta pelo Congresso: Terceirização, Redução da maioridade penal, Contrarreforma Política (com medidas como financiamento empresarial de campanha, restrição de participação em debates, etc.) e a Entrega do pré-sal às empresas estrangeiras. Defendemos uma Petrobrás 100% estatal. Além disso, estaremos nas ruas em defesa das liberdades: contra o racismo, a intolerância religiosa, o machismo, a LGBTfobia e a criminalização das lutas sociais.

– A saída é pela Esquerda, com o povo na rua, por Reformas Populares!

É preciso enfrentar a estrutura de desigualdades da sociedade brasileira com uma plataforma popular. Diante dos ataques, a saída será pela mobilização nas ruas, defendendo o aprofundamento da democracia e as Reformas necessárias para o Brasil: Reforma Tributária, Urbana, Agrária, Educacional, Democratização das comunicações e Reforma democrática do sistema político para acabar com a corrupção e ampliar a participação popular.

A rua é do povo!

20 de Agosto em todo o Brasil!

ASSINAM:

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) / Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) / Central Única dos Trabalhadores (CUT) / Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) / Intersindical – Central da Classe Trabalhadora/ Federação Única dos Petroleiros (FUP) / Movimento Luta de Classes (MLC) / União Nacional dos Estudantes (UNE) / União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) / Rua – Juventude Anticapitalista / Fora do Eixo / Mídia Ninja / Jornal A Verdade / União da Juventude Socialista (UJS) / Juntos / Juventude Socialismo e Liberdade (JSOL) / Associação Nacional de Pós Graduandos (ANPG) / Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico (Fenet) / União da Juventude Rebelião (UJR) / Uneafro / Unegro / Círculo Palmarino / União Brasileira das Mulheres (UBM) / Coletivo de Mulheres Rosas de Março / Movimento de Mulheres Olga Benário / Coletivo Ação Crítica / Coletivo Cordel / Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras) / Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) / Igreja Povo de Deus em Movimento (IPDM)

PARTIDOS QUE APOIAM O ATO:

Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) / Partido Comunista do Brasil (PC do B) / Partido Comunista Revolucionário (PCR) / Unidade Popular pelo Socialismo (UP)

ATO NOS ESTADOS

SERGIPE

A concentração será às 14h, na Praça General Valadão, região central de Aracaju.

CEARÁ

Em Fortaleza o grande ato por direitos, liberdade e democracia e contra o ajuste fiscal acontecerá na Praça da Bandeira, a partir das 14h, em frente à Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará.

RIO DE JANEIRO

Concentração na Candelária (16 hs), passeata pela Av. Rio Branco (17 hs), e ato/show/atividades culturais na Cinelândia a partir das 18 hs.

PERNAMBUCO

Em Recife o ato ocorrerá no período da tarde, com concentração a partir das 15h, na Praça do Derby.

PARAÍBA

Na Paraíba, o ato será realizado quinta- feira, à partir de 12h, na Lagoa Parque Solon de Lucena. Em seguida, mais de 7 ônibus de vários movimentos populares saírão em caravana rumo a Campina Grande, onde será realizada a manifestação.

FLORIANOPOLIS

A concentração começas às 16h, na Alfândega, nesta quinta-feira (20).

BRASÍLIA

O ato está marcado  paras 17h, na Praça dos Aposentados (CONIC)

Da Redação

Movimentos repudiam homenagem a Bolsonaro

Sapé PCRCentenas de pessoas, representando mais de 20 movimentos sociais da Paraíba realizaram, no último dia 13 de agosto, na cidade de Sapé, a 42 km de João Pessoa-PB, um protesto contra a concessão do título de cidadão sapeense ao fascista Jair Bolsonaro, deputado federal pelo PP do Rio de Janeiro. A homenagem foi aprovada pela Câmara de Vereadores do município no dia 11 de junho.

Quando a notícia da vergonhosa homenagem repercutiu no Estado, provocou a revolta do movimento popular paraibano por que a homenagem joga no lixo a história das lutas protagonizadas pelas Ligas Camponesas de Sapé, uma das mais importantes do Brasil, comandada por João Pedro Teixeira e Alfredo Nascimento, ambos assassinados a mando dos latifundiários da região.

Jair Bolsonaro, ex-agente da repressão na Ditadura Militar, tem se destacado por adotar as posições mais reacionárias dentro do Congresso Nacional, com discursos machistas, racistas e homofóbicos, inclusive fazendo apologia aberta ao estupro e à tortura.

Os manifestantes realizaram uma aula pública na praça central da cidade e depois seguiram em passeata até a Câmara Municipal. Lá os militantes se revezaram no microfone em duras críticas aos vereadores, contando com a aprovação dos moradores de Sapé, que assistiam ao ato. Um dos momentos mais emocionantes foi quando João Batista Domingos, nascido e criado em Sapé, empunhando a bandeira do Partido Comunista Revolucionário (PCR), fez uma fala indignada exigindo que os vereadores tomassem vergonha na cara e, em vez de aprovar homenagens a defensores do massacre do nosso povo, se preocupassem em resolver os problemas da população da cidade, que está abandonada.

Para Clodoaldo Gomes, militante do Movimento Luta de Classes (MLC) e integrante do Comitê Paraibano Memória, Verdade e Justiça, a atitude da Câmara Municipal de Sapé consistiu num monstruoso desrespeito à memória de Sapé e conta com o repúdio de todo o movimento sindical paraibano. “Nós do MLC, propusemos uma moção de repúdio – aprovada por unanimidade – no Congresso Estadual da CUT, e que teve como um dos seus patronos justamente João Pedro Teixeira, liderança histórica das Ligas Camponesas de Sapé”.

Redação Paraíba