UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

quinta-feira, 13 de novembro de 2025
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Gás Xisto: o lucro não tem limite

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Gás Xisto - o lucro não tem limiteParece que a Agência Nacional de Petróleo (ANP), principal trincheira de Governo dedicada ao entreguismo e ao ataque aos recursos naturais, não se deu por satisfeita com a venda do Campo de Libra, a maior reserva de petróleo até hoje descoberta no Brasil.

No dia 28 de novembro, realizou a 12ª rodada de privatização de poços de petróleo e gás, mas com uma novidade cruel: além do petróleo, a ANP vai vender o direito de exploração do gás xisto em regiões do interior do Paraná. A exploração do gás xisto deverá trazer graves consequências para a agricultura familiar e para o meio ambiente, beneficiando unicamente as empresas especializadas em vender os componentes químicos necessários para a exploração.

O gás xisto (shalegas, em inglês) é extraído do solo em um procedimento conhecido como fraturamento hidráulico (fracking, em inglês), que consiste em bombear na rocha uma quantidade absurda de água (algo em torno de 45 milhões de litros por poço) à qual se adicionam mais de 600 elementos químicos, nove deles comprovadamente cancerígenos.

Este tipo de exploração, conhecido há mais de 40 anos, é proibido em grande parte do mundo e foi permitido pelos Estados Unidos a partir de 2005 por ato do presidente George W. Bush mediante leis que dispensaram empresas de licença ambiental. O objetivo dos EUA é tornar-se independente dos países produtores de petróleo, principalmente os do Oriente Médio, levando em conta que, mesmo depois das invasões do Iraque e do Afeganistão e do bombardeio da Líbia, a resistência popular não cessou e a exploração de petróleo não consegue se elevar como os norte-americanos planejaram.

O fraturamento hidráulico contamina o solo em escala alarmante, considerando que um poço tem uma vida útil de, no máximo, um ano e que vários poços precisam ser perfurados em uma mesma região para que o empreendimento seja viável economicamente. A realização desse procedimento no Estado do Paraná é ainda mais grave, pois pode gerar a contaminação do Aquífero Guarani, maior reserva subterrânea de água doce do mundo, além de afetar uma das regiões de maior produtividade agrícola do Brasil.

A exploração de gás xisto não se justifica em nosso país sob nenhum argumento, a não ser para privilegiar os capitalistas interessados em criar alternativas econômicas para saírem da atual crise, ainda que o preço a pagar seja o futuro do meio ambiente e da fertilidade do solo.

Redação São Paulo

6º Congresso da Apes: passe-livre de verdade

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Congresso da ApesNo dia 06 de novembro, realizou-se o 6º Congresso da Associação Paraibana dos Estudantes Secundaristas (Apes). A atividade transcorreu durante todo o dia na sede do Sindicato dos Bancários, em João Pessoa, reunindo cerca de 120 delegados e delegados de todas as regiões do Estado.

Pela manhã, a mesa de abertura contou com a presença de Aline Leite, presidente da Apes, Athamir Araújo, da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Lúcia Crisante, da União dos Estudantes Secundaristas Potiguares (Uesp), Edísio Leite, da União Nacional dos Estudantes (UNE), Victor Hugo, vice-presidente do grêmio estudantil do Colégio Agrícola de Bananeiras, e Caio William, da União da Juventude Rebelião (UJR).

Após as falas iniciais da mesa saudando o Congresso, o debate se concentrou na conjuntura das lutas sociais no Brasil, especialmente nas jornadas de luta da juventude nos meses de junho e julho. Vários estudantes se inscreveram para dar suas opiniões e, assim, todos saíram convencidos da necessidade de fortalecer as manifestações de rua em 2014 para que a rebeldia da juventude e a força da classe trabalhadora conquistem mais vitórias do que em 2013.

Ainda fizeram uso da palavra para cumprimentar o plenário Emerson Lira, ex-presidente da Apes, Rafael Freire, presidente do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba, João Félix, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Limpeza Urbana da Paraíba, e Anísio Maia, deputado estadual pelo PT. Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Paraíba e da Secretaria de Municipal de Juventude de João Pessoa também marcaram presença no evento.

À tarde, os participantes se dividiram em quatro grupos de debate para ler e discutir a tese apresentada pela UJR, aprofundando os temas da educação e do movimento estudantil. Nos grupos, todos tiveram a oportunidade de se expressar e de relatar suas experiências, com destaque especial para a grande quantidade de delegados e delegadas de escolas técnicas.
Terminados os debates, os estudantes puderam assistir a uma bela apresentação de dança de rua, que entusiasmou pelas coreografias ousadas. Na plenária final, foram aprovadas várias propostas e foi eleita a nova diretoria, presidida pelo companheiro Athamir Araújo e composta por um grande número de companheiras.

“A Apes demonstrou sua força na base do movimento, e vamos intervir com mais qualidade e combatividade nas lutas que, com certeza, travaremos no próximo ano, seguindo o lema do nosso 6º Congresso: educação de qualidade e passe-livre de verdade!”, destacou Athamir no discurso de encerramento da atividade.

Redação PB

Greve na construção civil de Caruaru (PE) conquista aumento de salário

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Greve na construção de Caruaru conquista aumento de salário e café regionalParou tudo! Os trabalhadores das empresas Cidade Alta, J.D Lira, CPs, Brapo, Celi, Comello, Cinzel e Venâncio pararam com uma adesão impressionante muita disposição de luta para garantir os nossos direitos.

Nestes dois dias de greve não teve construção de casas, prédios, de faculdade, escolas e nem de hospital. De fato nada foi construído!

Os dias 3 e 4 de dezembro de 2013 entraram para história como a maior greve dos trabalhadores da construção civil de Caruaru, organizada pelo Sintracon e o Movimento Luta de Classes, onde foram contabilizados mais de 4.600 trabalhadores em greve.

As principais avenidas da cidade ficaram paradas pra ver passar a enorme passeata com centenas de trabalhadores gritando “Trabalhador na rua, a greve continua”, e “trabalhador na rua, patrão a culpa é sua”, com faixas, cartazes, panfletos e dois carros de som denunciando para a população os motivos da greve.

Os patrões até tentaram impedir, mas a nossa força e a nossa união foi maior que a pressão patronal e eles não tiveram outra saída e se apressaram em solicitar uma nova rodada de negociação e dessa vez os donos das maiores empresas foram obrigados a vir negociar pra resolver a situação e as obras paradas.

Foram horas de negociação e muita pressão dos trabalhadores que lotaram o auditório do Ministério do Trabalho e no final pode em assembleia, avaliar junto com toda diretoria do Sindicato e votar garantindo as melhores conquistas para os trabalhadores da construção, foi acordado: 9% de aumento, café da manhã regional, o feriado da terça-feira de carnaval que em Caruaru tinha sido trocado pelos vereadores da cidade pelo dia de São Pedro e o abono dos dias da greve.

Após dois dias de luta era visível a felicidade de cada trabalhador ao perceber que o fruto da sua organização foi o aumento da nossa união, a demonstração de força para os patrões e o exemplo a ser seguido por outras categorias, mais um vez fica a lição: TRABALHADOR UNIDO, JAMAIS SERÁ VENCIDO!

Samuel Timoteo, Caruaru

UJR no ConUbes: verba que falta na educação sobra para a Fifa

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UJR no ConUbes: verba que falta na educação sobra para a FifaNos dias 28, 29 e 30 de outubro, aconteceu o 40º Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), nas cidades de Contagem e Belo Horizonte, em Minas Gerais. O Congresso contou com cerca de três mil participantes.

Infelizmente, para prejuízo do movimento estudantil, as forças políticas majoritárias da entidade, comandadas pela UJS, construíram novamente um Congresso marcado pela desorganização. Os estudantes chegaram a esperar horas para alimentar-se e locomover-se, apesar de o evento tendo recebido uma fortuna de diversas prefeituras, de uma universidade e de ministérios do Governo Federal, dinheiro mais do que suficiente para garantir uma estrutura adequada.
Sem lutas e sem debates

E o pior: também pela total falta de compromisso dos organizadores, o último dia do Congresso foi cancelado. Com um dia a menos, vários debates foram prejudicados, impossibilitando que os estudantes fizessem uma discussão profunda sobre temas importantes como a educação.

No que houve de debate, uma das principais questões abordadas foram as grandes jornadas de lutas desenvolvidas por milhões de jovens nas ruas de todo o país nos meses de junho e julho. O estopim desta rebeldia: a precariedade do transporte público, suas altas tarifas e a defesa do passe-livre para os estudantes. Porém, negando toda a luta travada, a direção majoritária da Ubes continuou defendendo as posições governistas, alegando, entre outras coisas, que não existe contradição em o Governo Federal gastar rios de dinheiro com a Copa da Fifa e investir em educação. O que vemos, na prática, é outra coisa: a verba que falta nas escolas sobra nos estádios e nos bolsos dos mandatários do futebol.

A União da Juventude Rebelião (UJR) organizou uma combativa bancada para participar do Congresso e apresentou a tese Rebele-se, contando com o apoio da Federação de Estudantes do Ensino Técnico (Fenet) e de diversas entidades estudantis de todo o país. As forças de oposição (Rebele-se, Juntos e Vamos à Luta) formaram uma chapa unificada para a disputa da Diretoria da Ubes e elegeram dois diretores na Executiva e mais oito na Diretoria Plena.

Durante o evento, reafirmamos nossa luta histórica para recolocar a Ubes no caminho das lutas, nas ruas, e denunciamos a situação de abandono da educação brasileira: escolas precárias, professores mal remunerados e a impossibilidade de frequentar as aulas por conta do alto custo das passagens de ônibus.

Assim, os desafios nos próximos meses serão grandes. Queremos os 10% do PIB para educação já; queremos um Plano Nacional de Educação que saia do papel; queremos mostrar ao mundo que a realidade do nosso povo não está para torrar nossas riquezas com a Fifa. Vamos deixar clara a indignação dos brasileiros com a grande roubalheira em que se transformou a Copa de 2014.

Não vamos permitir que continuem rasgando a história da Ubes e do movimento estudantil secundarista. Para acompanhar a disposição de luta da juventude brasileira precisamos de uma Ubes realmente comprometida com os estudantes e o povo brasileiro, autônoma em relação a qualquer governo, rebelde e combativa. Nosso compromisso é seguir neste caminho até conquistarmos nosso objetivos!

Coordenação Nacional da UJR

Centro Cultural Manoel Lisboa (PE) recebe medalha dom Hélder Câmara

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A noite do dia 10 de Dezembro teve um tom todo especial, pois foi cenário da 13º edição da medalha de direitos humanos Dom Helder Câmara. O evento é realizado pela Comissão de Diretos Humanos da Câmara Municipal de Olinda e foi idealizado pelo vereador Marcelo Santa Cruz – PT.

Todos os anos três personalidades ou entidades são escolhidas para receber a medalha. Este ano os homenageados foram Marieta Borges, escritora e poeta que trabalhou com Dom Helder; o Centro Cultural Manoel Lisboa, por sua trajetória de luta na defesa dos direitos humanos, no resgate a memória, verdade e justiça dos desaparecidos políticos; e Elzita Santa Cruz, que no último dia 14 de outubro completou 100 anos, conhecida por todos como “a mãe dos anistiados”, e que luta até hoje para encontrar os restos mortais do seu filho Fernando Santa Cruz. A história desta luta está escrita nas páginas do livro “Onde Está Meu Filho?” – que registra a saga dessa mulher para encontrar o seu filho Fernando Santa Cruz e, ao mesmo tempo, denuncia as atrocidades da Ditadura Militar.

Nas palavras do seu idealizador, “a medalha Dom Helder Câmara é um símbolo de paz e de justiça social, uma luta pelos direitos humanos na atualidade”. A noite foi abrilhantada pela poesia de Chico de Assis, ex-preso político, e pela presença de dezenas de personalidades e entidades, que aguardaram ansiosos até o final pelas palavras de Elzita, a qual leu um trecho de um poema que, além de denunciar as mazelas de um regime opressor, declara o amor a todos, e em especial ao seu filho.

Elizabeth Araújo, Recife

Nelson Mandela: um apóstolo do pacifismo?

Nelson Mandela e Fidel CastroA morte de Nelson Mandela precipitou uma enxurrada de interpretações sobre sua vida e sua obra, as quais o apresentam como um apóstolo do pacifismo, uma espécie de Madre Teresa da África do Sul.

Trata-se e uma imagem premeditadamente equivocada, a qual esconde que logo após a chacina de Sharpeville, em 1960, o Congresso Nacional Africano (CNA) e seu líder, precisamente Mandela, adotaram a via armada e a sabotagem a empresas e projetos de importância econômica, embora sem atentar contra vidas humanas.

Mandela recorreu a diversos países da África, em busca de ajuda econômica e militar para sustentar essa nova tática de luta. Foi preso em 1962 e, pouco depois, condenado à prisão perpétua, que o manteria jogado em uma cela de dois por dois metros, durante 25 anos, à excessão dos dois últimos, por conta de uma enorme pressão internacional por sua libertação, que contribuiu para melhorar suas condições na prisão.

Mandela, portanto, não foi um “adorador da legalidade burguesa”, mas um extraordinário líder político cuja estratégia e táticas de luta foram variando segundo as mudanças das condições sob as quais enfrentava suas batalhas.

Diz-se que foi ele o homem que acabou com o odioso apartheid sulafricano, o que não passa de uma meia verdade. A outra metade do mérito, de fato, foi de Fidel Castro e da Revolução Cubana que, com sua intervenção na guerra civil de Angola contribuiu para selar a sorte dos racistas, ao derrotar as tropas do Zaire (hoje, República Democrática do Congo), do exército sulafricano e dos exércitos mercenários angolanos organizados, armados e financiados pelos EUA, através da CIA.

Graças a sua heroica colaboração, na qual uma vez mais demonstrou-se o nobre internacionalismo da Revolução Cubana, logrou-se manter a independência de Angola, assentando-se as bases para a independência da Namíbia e disparando-se o tiro de misericórdia contra o apartheid sulafricano. Por isso, ao tomar conhecimento do resultado da batalha crucial de Cuito Canavale, em 23 de março de 1988, Mandela escreveu, da prisão, que o resultado daquele grande feito, que se passou a chamar “a Stalingrado africana”, foi “o ponto de inflexão para a libertação de nosso continente, e de meu povo, do flagelo do apartheid”.

A derrota dos racistas e seus mentores estadunidenses assestou um golpe mortal na ocupação sulafricana na Namíbia e precipitou o início das negociações com o CNA que, em pouco, terminariam por desmontar o regime racista sulafricano, obra conjunta daqueles dois gigantescos estadistas e revolucionários. Anos mais tarde, na Conferência de Solidariedade Cubano-Sulafricana, de 1995, Mandela disse que os “cubanos vieram a nossa região como doutores, mestres, soldados, especialistas em agricultura, mas nunca como colonizadores. Compartiram conosco as mesmas trincheiras na luta contra o colonialismo, o subdesenvolvimento e o apartheid…Jamais esqueceremos este incomparável exemplo de internacionalismo desinteressado”. É uma boa rememoração, para aqueles que falam da invasão cubana em Angola.

Cuba pagou um elevado preço por esse nobre ato de solidariedade internacional que, como recorda Mandela, foi o ponto de inflexão da luta contra o racismo na África.

Entre 1975 e 1991, cerca de 450 000 homens e mulheres de Cuba colaboraram com Angola, jogando nisso todas as suas vidas. Pouco mais de 2600 perderam a vida lutando para derrotar o regime racista de Pretória e seus aliados. A morte deste extraordinário líder que foi Nelson Mandela é uma excelente ocasião para rendermos homenagem a sua luta e, também, ao heroísmo internacionalista de Fidel e da Revolução Cubana.

Atílio A. Boron, Diretor do PLED, Centro Cultural de la Cooperación Floreal Gorini
Tradução: João Augusto de Lima Rocha

Entrevista de Nelson Mandela ao sair da prisão

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Entrevista de Nelson Mandela ao sair da prisão, concedida a vários meios de comunicação nacionais e internacionais. Mandela cumpriu 27 anos de uma pena que inicialmente era prisão perpétua.

Prefeito de Belo Horizonte recua em reajuste de passagem

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Prefeito de Belo Horizonte recua em reajuste de passagemComo reflexo das jornadas de junho e da pressão dos movimentos sociais, o prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda (PSB) afirmou que não haverá reajuste de passagens para o ano de 2014. O anúncio é uma importante vitória, pois o reajuste anual de tarifa faz parte das negociatas das prefeituras com a máfia de transporte que explora o serviço nas cidades.

O último reajuste ocorreu em dezembro de 2012 e as passagens passaram de R$2,65 para R$2,80 nas principais linhas da cidade. O aumento foi revogado pela pressão das manifestações de junho, entretanto a opção foi pela desoneração dos empresários, com redução do Imposto Sobre Serviços (ISS), retirada do valor do Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Atualmente a passagem na capital mineira é R$2,65.

O prefeito afirmou que só haverá reajuste quando forem concluidos os trabalhos de auditoria para revisar os contratos de concessão do transporte público.Apesar da auditoria nas contas ser uma reivindicação apresentada na ocupação da Câmara Municipal de BH em julho, as reuniões estão acontecendo sem participação popular e não há compromisso com a divulgação das planilhas e do lucro dos empresários. A caixa-preta do transporte continua fechada.

Além disso, a prefeitura se nega a garantir o passe-livre e dificulta o acesso ao meio-passe conquistado pelos estudantes secundaristas através das lutas da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (AMES-BH). Para Lincoln Emanuel, presidente da AMES-BH é preciso aumentar a pressão pelo passe-livre e pela reestatização do transporte em BH. “A juventude precisa continuar ocupando as ruas para acabar de vez com a farra dos empresários”, afirma.

Natália Alves

Rapper Gog recusa convite para se apresentar em evento da FIFA

Rapper Gog recusa convite para se apresentar em evento da FIFA“Vocês patrocinam o apartheid brasileiro, bando de racistas”, afirma

Em uma demonstração de compromisso e indignação com a situação do país, o rapper Gog recusou convite da Rede Globo e da FIFA para fazer uma apresentação em show da Copa do Mundo. O evento ocorrerá em conjunto com o jogo Suíça e Equador, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Gog ou Genival Oliveira Gonçalves nasceu em Sobradinho, DF, e é um dos pioneiros do movimento rap nacional. Por suas composições elaboradas e ricas de imagens e rimas ganhou apelido de Poeta no inicio de sua carreira. Seu primeiro disco de carreira foi gravado no ano de 1992 e seu mais recente trabalho é o DVD Cartão Postal Bomba, lançado em fevereiro de 2009.
Gog anunciou sua decisão através de seu perfil no facebook:

“A Rede Globo me mandou outro convite: querem que eu suba ao palco na Esplanada dos Ministérios no 15 de junho de 2014, num evento produzido em parceria com a FIFA e outros mais com transmissão para todo o planeta.

Gostaria dar minha resposta em cadeia mundial, aqui e agora, dia 06/12/13, dia do sorteio dos grupos para a Copa.

NÃO ACEITO O CONVITE, NÃO NEGOCIO COM VOCĒS, NÃO ME PROCUREM MAIS,
ESQUEÇAM O MEU NOME!

Ah, vocês patrocinam o apartheid brasileiro.
Bando de Racistas!!!!!
Tirem o nome de Nelson Mandela dos noticiários sujos de vocês!

Ufa!!!
Me sinto melhor agora.”

Brasil Com P
(Gog)
Pesquisa publicada prova
Preferencialmente preto
Pobre prostituta pra polícia prender
Pare pense por quê?
Prossigo
Pelas periferias praticam perversidades parceiros
Pm’s
Pelos palanques políticos prometem prometem
Pura palhaçada
Proveito próprio
Praias programas piscinas palmas
Pra periferia
Pânico pólvora pa pa pa
Primeira página
Preço pago
Pescoço peitos pulmões perfurados
Parece pouco
Pedro Paulo
Profissão pedreiro
Passatempo predileto, pandeiro
Pandeiro parceiro
Preso portando pó passou pelos piores pesadelos
Presídio porões problemas pessoais
Psicológicos perdeu parceiros passado presente
Pais parentes principais pertences
Pc
Político privilegiado preso
parecia piada (3x)
Pagou propina pro plantão policial
Passou pelo porta principal
Posso parecer psicopata
Pivô pra perseguição
Prevejo populares portando pistolas
Pronunciando palavrões
Promotores públicos pedindo prisões
Pecado!
Pena prisão perpétua
Palavras pronunciadas
Pelo poeta Periferia
Pelo presente pronunciamento pedimos punição para peixes pequenos poderosos
pesos pesados
Pedimos principalmente paixão pela pátria prostituída pelos portugueses
Prevenimos!
Posição parcial poderá provocar
protesto paralisações piquetes
pressão popular
Preocupados?
Promovemos passeatas pacificas
Palestra panfletamos
Passamos perseguições
Perigos por praças palcos
Protestávamos por que privatizaram portos pedágios
Proibido!
Policiais petulantes pressionavam
Pancadas pauladas pontapés
Pangarés pisoteando postulavam prêmios
Pura pilantragem!
Padres pastores promoveram procissões pedindo piedade paciência Pra população
Parábolas profecias prometiam pétalas paraíso
Predominou o predador
Paramos pensamos profundamente
Por que pobre pesa plástico papel papelão pelo pingado pela passagem pelo pão?
Por que proliferam pragas pelo país?
Por que presidente por quê?
Predominou o predador
Por quê? (3x)

Nota de repúdio do Sindjor-PB contra sistema de comunicação e seu porta-voz

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rafael ato sistema correio REDUZIDAO Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) vêm a público manifestar seu mais veemente repúdio às declarações preconceituosas, machistas, caluniosas e violentas proferidas pelo radialista Fabiano Gomes nas edições dos dias 04 e 05 deste mês do programa Correio Debate (Rádio Correio – 98.3MHz).

No primeiro episódio, Fabiano usou de toda uma sorte de baixas palavras para se referir às mulheres, incitou a violência física, moral, de gênero e revelou seu absoluto despreparo profissional para atuar como radialista, profissão da qual se exigem preparo técnico e intelectual, compromisso com a verdade, com a ética e com os direitos humanos.

Imediatamente, o jornalista Rafael Freire, que é presidente do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba e vice-presidente regional da Fenaj, transcreveu em sua página pessoal no Facebook um pequeno trecho do comentário que o radialista acabara de fazer ao vivo. A reação na rede social foi imediata, gerando centenas de compartilhamentos e grande revolta entre o público em geral, mas especialmente em dezenas de jornalistas, que condenaram a atitude de Fabiano.

Já no dia seguinte, o apresentador usou os dez primeiros minutos do programa para, de maneira absolutamente hipócrita, desculpar-se com os ouvintes e as mulheres que se sentiram ofendidas com seus comentários no dia anterior. Logo em seguida, após o intervalo comercial, esta mesma pessoa, que acabara de falar em tom manso e que até mesmo se colocara como vítima de preconceito, atacou, aos gritos, de forma mentirosa e violenta,o jornalista Rafael Freire, chamando-o de vagabundo, invejoso, “babão”, afirmando que não representava a categoria e que seu diploma universitário de jornalista não vale nada porque lhe falta talento.

Por fim, afirmou que a postagem no Facebook era mentirosa e que se fosse provado que correspondia ao que ele dissera no dia 04, retiraria tudo o que dissera no dia 05.

Muita coisa poderia ser dita sobre o companheiro Rafael Freire, mas vamos nos limitar a afirmar que, em seus 12 anos de militância política, tem se dedicado integralmente às lutas estudantis e do povo trabalhador, contribuindo (com sua formação política e profissional) em inúmeras ações para a transformação social do nosso país, sonho de qualquer homem ou mulher de bem. Além disso, Rafael se formou em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo pela UFPB, em 2006, e, desde então, exerceu diversos trabalhos como assessor de imprensa em entidades sindicais, como repórter-fotográfico e como jornalista responsável pelo periódico A Verdade.

Os gravíssimos fatos aqui relatados são um ataque frontal à cidadania. O mau uso dos veículos de comunicação na Paraíba e no Brasil está institucionalizado e deve ser combatido por toda a sociedade, que sofre com este tipo de comunicação sensacionalista, grotesca, venal, tendenciosa e antijornalística. Infelizmente, isto tudo não é consequência apenas do comportamento isolado de uma pessoa. É fruto de uma estrutura das comunicações cada vez mais monopolizada, preocupada apenas com seus interesses comerciais e sem nenhum compromisso com o interesse público e a transformação social.

No mais, queremos responsabilizar também o Sistema Correio de Comunicações por tudo que é publicado e veiculado por suas empresas, uma vez que o rádio é uma concessão pública, cedida pela União/Governo Federal. Ou seja, a liberdade de expressão vai até o limite do respeito e das leis vigentes, limites frequentemente transgredidos por este sistema, já que responde na Justiça por ter exibido num programa do apresentar Samuka Duarte uma cena de estupro e porque, no último mês de setembro, foi autuado pela fiscalização do Ministério do Trabalho (a partir de denúncia feita pelo Sindicato), em 23 infrações diferentes por descumprimento da legislação trabalhista (especialmente pela falta de pagamentos de horas extras), e isso apenas em relação aos profissionais do jornal Correio da Paraíba.

Incitar à violência, incidir em preconceito, caluniar, xingar é crime. Exigimos o direito de resposta a Rafael Freire no referido programa, com o mesmo tempo de duração do comentário danoso, e declaramos que vamos buscar os meios legais para que mais este fato não fique impune e que não se repita.

João Pessoa, 06 de dezembro de 2013
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba (Sindjor-PB)
Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)

Para ouvir os ataques de Fabiano Gomes à dignidade das mulheres e ao presidente do Sindjor-PB, acessem:

http://www.youtube.com/watch?v=fCyLW-4bwDE

http://www.youtube.com/watch?v=1uPdA5_vxoA&feature=youtu.be

A mão da Rede Globo no esporte brasileiro

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A mão da Rede Globo no esporte brasileiroA Rede Globo de Televisão é de propriedade da família Marinho, e é uma das principais controladoras dos veículos de comunicação no Brasil. Só em 2012, a Globo teve um lucro de R$ 3 bilhões, e está entre as 50 maiores empresas do Brasil (Revista Exame, 2012).

A Rede Globo também tem o monopólio das transmissões esportivas no Brasil, principalmente do Campeonato Brasileiro de Futebol, além de já ter comprado os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018 e 2022. Mas não para por aí. Além de a Globo ter esse poderoso mecanismo de manipulação da opinião pública, ao longo do tempo, tem interferido diretamente nas estruturas desportivas no Brasil.

As denúncias variam desde mudanças das tabelas de jogos de acordo com sua grade de programação até a mudança de horários do início dos jogos. O jogador de futebol Alex, do Coritiba, em entrevista ao Lance, disse “que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não tem uma interferência tão grande, ela cuida mais da Seleção Brasileira. Quem cuida do futebol brasileiro é a Globo”, para o atleta, a emissora prejudica o futebol impondo horários ao público que trabalha. Os jogos durante a semana (quartas-feiras) só começam às 22h, depois da novela, ou seja, ela determina quais os horários que os jogos poderão começar para não atrapalhar sua “rica” programação instrutiva. Ainda na entrevista, o jogador disse que “um dos motivos dos estádios brasileiros estarem vazios é porque as pessoas vão assistir aos jogos às 22h, aí voltam para casa à meia noite, para trabalhar cedo no dia seguinte. Não podemos esperar o último beijo da novela para começar o jogo”.

Agora é a vez do vôlei

Com o intuito de diminuir o tempo de jogo e não prejudicar a grade de programação, a Rede Globo, também “dona” dos direitos de transmissão do vôlei brasileiro, encaminhou um pedido de redução do número de pontos disputados em cada set à Federação Internacional de Voleibol (FIBV), presidida por Ary Graça, “ex-dono”, quer dizer, ex-mandatário da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e com forte relação com os monopólios midiáticos. Questionado por jogadores e treinadores, o mandatário disse que não iria contra a exigência da TV, e aceitou o pedido de redução do número de pontos disputados em cada set, que era de 25, e passou a ser de 21 pontos. Na Itália e na Rússia, principais campeonatos de vôlei do mundo, a solicitação da FIVB não foi atendida, e os sets são jogados em 25 pontos. O Brasil, porém, é uma exceção, graças ao poder e principalmente à necessidade de adequar as modalidades esportivas aos interesses da Globo.

Até quando vamos ficar reféns aos mandos e desmandos da Rede Globo?! O esporte não pode servir também como fonte de lucro dos monopólios midiáticos. O esporte deve ser parte integrante e inseparável da educação do ser humano, e não servir como fonte de riqueza de alguns punhados de capitalista.

Rodrigo Rafael, presidente do Sindicato Têxtil de Ipojuca – PE e militante do MLC