UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sábado, 26 de julho de 2025
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Aumento da escalada terrorista na Síria

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Aumento da escalada terrorista na SíriaEm meio aos recentes esforços das potências imperialistas de conseguir dar legitimidade aos “rebeldes” sírios, e as frequentes ameaças de guerra vindas sobretudo da Turquia, (país que, junto ao Catar e a Arábia Saudita, fornece armas, dinheiro e todo o tipo de ajuda material aos rebeldes) houve um aumento dos atentados terroristas e um recrudescimento da atividade dos grupos opositores armados.

No dia 13 de Dezembro, um carro bomba matou 16 pessoas na periferia de Damasco. O objetivo, longe de ser o de atingir alvos militares, foi o de gerar pânico e terror na população civil. Na véspera, um atentado em frente ao Ministério do Interior matou 07 pessoas, deixando dezenas de feridos. No dia 17, um engenheiro italiano, que não exercia atividades políticas, foi sequestrado, tão somente por ser estrangeiro. Estas ações provam mais uma vez a necessidade da esquerda mundial, dos trabalhadores e de todos os lutadores sociais, de condenar energicamente a atividade criminosa destes opositores. Não podemos cair no engano de, em virtude de alguns erros cometidos pelo presidente Bashar al-Assad, de não manifestar nossa irrestrita solidariedade ao povo sírio, que é a vítima preferencial destes grupos terroristas. Além disto, devemos prestar nossa solidariedade ao Exército Árabe Sírio, e principalmente aos mais de 10 mil soldados que morreram – grande parte, após serem rendidos, torturados e assassinados a sangue frio – defendendo heroicamente sua pátria destas hordas assassinas.

Estes grupos opositores em essência são compostos de gangues de lumpens armados e treinados pela CIA, que abriga desde bandoleiros profissionais, a terroristas islâmicos estrangeiros ligados a Al-QAEDA e mercenários saqueadores a soldo das potências imperialistas. Esta aliança macabra possui como objetivo recolonizar a Síria, fortalecer a influência de Israel e das monarquias árabes, bem como preparar o terreno para a invasão do Irã e do Líbano, garantindo assim um oriente médio submisso e ordeiro aos ditames do sionismo e do imperialismo norte-americano.

Apesar destas graves situações, o povo sírio não se ajoelhará, como recentemente afirmaram os comunistas sírios. Apesar de toda campanha de desinformação na imprensa mundial, os sírios contam com a solidariedade dos povos de vários países, e também de governos como o da Venezuela, de Cuba, da Coréia do Norte e do Irã. Entretanto, é de se espantar o olhar com que alguns setores da esquerda ainda encaram o problema Sírio. Alguns grupos ultraesquerdistas não se contentaram em criticar massivamente o regime de Assad, mesmo neste momento difícil, como passaram a defender com orgulho os grupos “rebeldes”, realizando até campanhas financeiras para ajuda-los. É como se uma pequena parte da esquerda brasileira resolvesse dar o pouco que têm de presente para os cofres da CIA, maior patrocinadora da insurgência Síria. Seria cômico, se não fosse trágico.

Entretanto, com a amizade, o internacionalismo e a solidariedade dos verdadeiros revolucionários e amantes da paz, os sírios certamente podem contar, como sempre contaram.

Rodrigo Dantas

Triunfou a luta pela liberdade dos 10 de Luluncoto

10 de LuluncotoApesar das mentiras do governo organizadas através de cadeias nacionais que tentaram sustentar a mentira que acusou aos 10 de Luluncoto de violar a segurança do Estado e atos terroristas, esta noite, há poucos minutos, foi concedido habeas corpus para 7 homens (Paulo Castro, Royce Gomez, Santiago Gallegos, Luis Merchan, Hector Estupiñan Vinueza Victor Hugo, Cesar Zambrano), mas as duas mulheres, Cristina e Heras Campanha Abigail, ainda permanecem detidas na prisão de mulheres no setor Inca, porque elas não receberam o Habeas Corpus.
Para tudo isso, o advogado Luis Maldonado Villacis disse: “A liberdade dos 10 de Luluncoto é a prova de que só a unidade, a organização e a luta irão impor a observância dos direitos humanos no Equador, é inaceitável que a primeira turma do Trabalho, Infância e Adolescência do Tribunal Provincial concedeu liberdade aos sete jovens e a negue às companheiras Abigail Heras e Cristina Campanha detidas no mesmo local, pelas mesmas razões e considerações em uma prisão arbitrária e inconstitucional e ilegal. Exigimos sua liberdade e iremos aos tribunais superiores para fazer valer o direito à liberdade e defender a vida de duas jovens inocentes, mãe e filha de famílias pobres “
Além disso, o líder emepedista, fez chamado de unidade a todos os equatorianos eque se mobilizem em defesa da liberdade e pela vigência plena dos direitos consagrados na Constituição, o direito de falar e ser ouvido, sem qualquer repressão.
Sabe-se que neste momento a família, amigos, simpatizantes, membros de organizações sociais se dirigem ao antigo Presídio Garcia Moreno, onde se realizará um comício para a liberdade dos 10 ajuizados de sabotagem e terrorismo, ja que até o momento, apesar da ordem judicial existente é omitida a ordem constitucional de liberdade.

FENAJ instalará Comissão da Verdade dos Jornalistas

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Jornalista Vladimir Herzog, morto sob torturas
Jornalista Vladimir Herzog, morto sob torturas

A FENAJ e a Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe (FEPALC) realizarão, em janeiro de 2013, em Porto Alegre, o Seminário Internacional Direitos Humanos e Jornalismo, com apoio da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) e do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul. No evento será instalada a Comissão da Verdade, Memória e Justiça dos Jornalistas Brasileiros.

Aprovada no 35º Congresso Nacional dos Jornalistas, a Comissão Nacional da Verdade da categoria será composta pelos jornalistas Audálio Dantas (SP), Nilmário Miranda (MG), Rose Nogueira (SP), Carlos Alberto Caó (RJ) e Sérgio Murillo de Andrade (SC), que vai coordenar os trabalhos. Sua instalação oficial se dará durante a realização do Seminário Internacional Direitos Humanos e Jornalismo, programado para os dias 18 e 19 de janeiro de 2013, no Centro Cultural Érico Veríssimo (Rua dos Andradas,1223), no Centro Histórico de Porto Alegre.

Alguns Sindicatos de Jornalistas já criaram e instalaram suas comissões. A direção da FENAJ e sua Comissão da Verdade estão estimulando que todos os Sindicatos da categoria constituam suas comissões locais para construção do mais amplo levantamento documental e iconográfico possível, recuperando a história dos jornalistas vítimas da ditadura militar. “O propósito é registrar não apenas os casos de jornalistas mortos e desaparecidos, mas também de todos os que foram comprovadamente perseguidos, ameaçados, cassados, indiciados em processos, condenados, exilados, presos e torturados”, explica o diretor de Relações Institucionais da entidade, Sérgio Murillo de Andrade.

O levantamento nacional terá como base os documentos oficiais produzidos no período da ditadura militar pelos órgãos de informação e que estão sob a guarda do Arquivo Nacional. “Também pretendemos realizar pesquisas junto à Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, entrevistar e colher depoimentos de vítimas ou testemunhas e pesquisar publicações da época”, complementa Sérgio Murillo.

A expectativa é de que o levantamento nos estados ocorra até o dia 31 de março de 2013, para posterior sistematização e coleta de dados complementares. A ideia é produzir uma publicação especial e encaminhar o resultado do trabalho à Comissão Nacional da Verdade do governo federal até agosto próximo.

Manoel Aleixo e Marighella são homenageados

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Manoel Aleixo - Placa em homenagemNo dia 4 de novembro de 2012, no Município de Joaquim Nabuco, Zona Canavieira Sul de Pernambuco, militantes de esquerda, ativistas sociais e trabalhadores da cana se reuniram na Câmara Municipal para prestar uma justa e comovida homenagem a um destacado herói do povo brasileiro, Manoel Aleixo da Silva.

O Comitê Memória, Verdade e Justiça de Pernambuco decidiu pela homenagem a Manoel Aleixo pelo fato de a Comissão da Verdade do Estado de Pernambuco ter publicado a lista dos 50 mortos e desaparecidos políticos de Pernambuco e nela não constar o seu honrado e conhecido nome. Na mesma reunião, optou-se pela data da homenagem no dia 04 de novembro, como uma forma de homenagearmos também o bravo guerrilheiro Carlos Marighella, em 1969.

Manoel nasceu em 1944, na zona rural de São Lourenço da Mata e sempre foi um homem do campo, inclusive na sua militância política. Na madrugada de 26 de agosto de 1973, foi sequestrado de dentro da sua própria casa, em Joaquim Nabuco, e assassinado em 29 de agosto, sob cruéis torturas na sede do DOI-Codi do IV Exército, no Parque 13 de maio, em Recife. Ventania (seu codinome) era o principal dirigente do Partido Comunista Revolucionário (PCR) no trabalho do campo, tinha acumulado larga experiência por sua ativa participação no trabalho de construção das Ligas Camponesas, dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais e no trabalho de organização da resistência armada clandestina à Ditadura Militar.

No ato público, prestaram homenagens vários companheiros e companheiras de luta de Ventania, como Antônio Machadeiro, que de forma emocionante relembrou a firme convicção ideológica do camarada Aleixo; Anacleto Julião, que fez questão de ler um trecho do livro Direito à Memória e à Verdade, publicado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, em 2008, onde se encontra relatada a vida de Manoel Aleixo; Amparo Araújo, secretária de Direitos Humanos da Prefeitura da Cidade do Recife; o companheiro Epitácio, militante comunista contemporâneo de Aleixo; Ivson Carlos, do Diretório Central dos Estudantes (DCE) “Odijas Carvalho de Souza”, da Universidade Federal Rural de Pernambuco; Adelson Borba, sociólogo e ex-presidente do DCE da Universidade Católica de Pernambuco; Jucemário Dantas, economista e ex-diretor do Unafisco; o representante do prefeito João Carvalho (PSB) e Edival Nunes Cajá, do Comitê Central do Partido Comunista Revolucionário, que falando no ato afirmou: “Nesta homenagem, nós, os trabalhadores conscientes, reafirmamos que sua bandeira de luta pela reforma agrária e pela sociedade socialista seguirá até a vitória, e os seus algozes não ficarão impunes, jamais. É uma questão de tempo e os ventos da história sopram a nosso favor!”.

Na abertura da solenidade na sala de sessões da Câmara Municipal, foram descerradas duas placas alusivas a Manoel Aleixo e a Carlos Marighella, ocasião em que foi entregue aos presentes uma pequena biografia de Manoel Aleixo, onde se relatam vários episódios de sua saga revolucionária.

Thays Santos, Pernambuco

Ministério Público investiga prefeitura de SP por incêndio em favela

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Incêndio em favelas de São PauloApós a denúncia dos movimentos de moradia que associam as dezenas de incêndios em favelas paulistanas à pressão exercida pela especulação imobiliária (ver A Verdade, nº 144), o Ministério Público do Estado de São Paulo abriu uma investigação contra a Prefeitura da Capital, dirigida pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM). Entre os casos investigados está o do incêndio na favela do Piolho, ocorrido no dia 3 de setembro, que deixou 1.140 pessoas sem casa.

Em especial, o Ministério Público investiga a situação de comunidades do entorno da Av. Chucri Zaidan, situadas próximas a um polo comercial de alto padrão no Campo Belo, na Zona Sul. Nesta região, estão em construção 14 empreendimentos imobiliários tocados por consórcios de grandes empreiteiras.

Existe na região um programa da Prefeitura que tem o objetivo de “revitalizar” a área (provavelmente o prefeito queria usar a palavra higienizar). Ao programa, chamado Operação Urbana Consorciada (OUC) Águas Espraiadas, foram destinados R$ 3,2 bilhões, sendo R$ 2,9 bilhões oriundos de um leilão do direito de construir acima do estabelecido em lei. Através da bolsa de valores, a Prefeitura leiloou certificados que garantem às empreiteiras o direito de construir empreendimentos com mais andares e unidades do que o plano diretor da cidade permite para a região.

Com esses certificados na mão, as empreiteiras passam a fazer lobby para que os pobres sejam retirados da região, rápido e de qualquer jeito.

Do dinheiro até agora utilizado pela Prefeitura na OUC, R$ 106 milhões foram para realizar desapropriações e só R$ 77 milhões (2,2% do total) para construir habitações de interesse social. Pior. Muitas dessas famílias estão sendo enviadas para bairros distantes, como o Jabaquara e Americanópolis, contrariamente ao que está definido na lei que aprovou a operação urbana, ou seja, as famílias tinham que ser assentadas em moradias na região.

Enquanto isso, a Prefeitura quer fazer crer que os mais de 32 incêndios ocorridos em favelas paulistanas são frutos de acidentes particulares ou de “gatos” de energia. “Acompanhei esses casos e acho muito estranho, pois normalmente as favelas bem localizadas se incendeiam mais frequentemente do que as mal localizadas. Além disso, esses incêndios mostram despreparo total da Prefeitura em atender essas pessoas”, afirmou a arquiteta Lucila Lacreta, do Movimento Defenda São Paulo.

O fato é que a busca por lucros da parte das grandes empreiteiras não conhece limites. Pouco importa se as pessoas serão desalojadas, deslocadas para longe do lugar onde trabalham e seus filhos estudam ou mesmo se a casa dessas pessoas será incendiada.

Redação São Paulo

Dário Dionísio, presente!

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No dia 31 de novembro, foi diagnosticada a morte cerebral do companheiro Dário Dionísio, decorrente de insuficiências renais e de um AVC, sofrido em Caruaru, onde morava. Dário era coordenador do Movimento Luta de Classes (MLC) na região do Agreste pernambucano e militante do Partido Comunista Revolucionário (PCR).

Dário nasceu em Juripiranga, na Paraíba, e ingressou na luta social através do movimento estudantil, atuando no Lyceu Paraibano, onde logo percebeu que a educação nunca seria prioridade no capitalismo, restando aos jovens lutar pela construção da sociedade socialista. Por isso, ingressou na União da Juventude Rebelião (UJR), depois foi diretor do grêmio estudantil da escola e, a partir deste trabalho, ajudou na reconstrução do movimento estudantil secundarista da Capital João Pessoa, apoiando a fundação da Associação Pessoense dos Estudantes Secundaristas (Apes).

Em 2005, como militante do PCR, muda-se para a cidade de Carauru, em Pernambuco, para se dedicar ao trabalho de organização dos trabalhadores da construção civil, através do sindicato da categoria, o Sintracon. Prepara encontros para discutir os direitos dos trabalhadores, as normas de segurança no trabalho, as campanhas salariais e greves do sindicato.

O prestígio do Sintracon crescia graças às lutas desenvolvidas, o que despertou nos operários da Garanhuns (a 110 km de Caruaru), o anseio de também se organizarem. Em pouco tempo, Dário se colocou à frente de um grupo de companheiros para reconstruir o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil daquela cidade.

Novas possibilidades de trabalho surgiam, e foi o companheiro Dário quem ajudou a organizar a Associação dos Moradores da Vila Novo Mundo (uma vila de trabalhadores resultado da ocupação de um terreno urbano). Graças a esse trabalho, os moradores de Caruaru tomaram conhecimento do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).

Como coordenador do Movimento Luta de Classes, não fazia distinção entre categorias de trabalhadores que precisassem de apoio para lutar: ajudou o Sintelmarketing a organizar a greve dos operadores de call center (2009), a fundação do Sindicato dos Condutores de Moto de Caruaru (2010), as greves na limpeza urbana, convocadas pelo Sindlimp-PE (2010-2012) e apoiou a criação do Sindlimp-Caruaru (2012).

Já debilitado, Dário participou da assembleia da campanha salarial 2012 do Sintracon após sair de uma seção de hemodiálise. Na assembleia, destacou a importância do jornal A Verdade para os trabalhadores aprenderem sobre os seus direitos e para denunciar os abusos dos patrões. Sua presença, mesmo com a saúde frágil, e o carinho com que falava do jornal fizeram com que um grande número de trabalhadores adquirisse um exemplar de A Verdade, despertando neles o interesse sobre a luta de que lhe falara aquele companheiro.

O camarada Dário Dionísio partiu deixando saudades nos seus familiares, amigos e companheiros, com o mérito de ter lutado até os últimos dias de sua vida pela construção de uma sociedade justa e sem exploração, a sociedade socialista. Permanecerá sempre em nossa memória porque vamos prosseguir defendendo os mesmos ideais de justiça e igualdade, organizando os trabalhadores até a vitória final.

Thiago Santos – PE

GAZA

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Canção do músico e escritor palestino Khaled El-Hibrisang.
Em Gaza estamos bem
E você, como está?
Estamos bem, sob ataques
E você, como está?
Nossos mártires estão embaixo dos escombros

Nossas crianças vivem agora em tendas de campana
E perguntam por você.
Estamos bem em Gaza
E você, como está?

O mar está atrás de nós
Mas lutamos
O inimigo está frente a nós
Mas seguimos lutando
Temos tudo o que necessitamos:
Alimento e armas
Promessas de paz
Agradecemos tanto seu apoio!
Estamos bem em Gaza
E você, como está?

Nossas almas
Nossas feridas
Nossas casas
Nosso céu
Nossos rostos
Nosso sangue
Nossos olhos
Nossos ataúdes
Proteja-nos de suas armas,
De suas promessas,
De suas palavras,
De suas espadas…

Estamos bem em Gaza
E você, como está?

3ª Conferência pelo Equilíbrio do Mundo em Cuba

Acontecerá em Havana no Palácio das Convenções, a III Conferência “pelo Equilíbrio do Mundo” nos dias 28, 29 e 30 de janeiro de 2013, sob o lema martiano” PÁTRIA É HUMANIDADE.

O evento tem a finalidade de reunir homens e mulheres das mais variadas correntes de pensamento, disciplinas, instituições e países interessados na vida e obra do revolucionário cubano José Martí e identificados com a defesa dos supremos interesses da humanidade, ameaçada pelos perigos reais de uma conflagração nuclear por parte dos monopólios imperialista na insana disputa pelo controle dos recursos naturais estratégicos não-renováveis e pela hegemonia do planeta.

Este importantíssimo acontecimento conta com o apoio da UNESCO e da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a cultura e outras instituições internacionais.

O evento também celebrará no dia 28 de janeiro de 2013, o 160º aniversário do nascimento do apóstolo da independência de Cuba, José Martí, figura marcante da história americana, com transcendente contribuição no terreno político-social, educacional, poético, literário e cultural.

Entre os eixos temáticos, destacam-se os seguintes:

* Desenvolvimento sustentável, equidade e justiça social: as sendas para consegui-lo.

* A mobilização social e o diálogo para encarar os perigos reais de uma confrontação nuclear.

 * O terrorismo, o narcotráfico, a pobreza e a violência: males incuráveis?

* A Crise econômica mundial: causas reais, efeitos e soluções.

* Papel da educação nas circunstâncias do mundo atual.

* A arte e a literatura: um papel social?

* A juventude como setor dinâmico da sociedade: necessidade de diálogo de gerações.

* A América Latina e o Caribe: rumo à integração almejada pelos fundadores.

* José Martí e seu acervo latino-americano e universal.

O trabalho da Conferência será realizado em comissões e em plenário e conterá a realização de um Fórum Juvenil, um simpósio UNESCO – “por uma cultura da natureza”, um Workshop sobre próceres e Pensadores de Nossa América; uma Mesa Redonda EM DEFESA DA UMANIDADE e um colóquio de especialistas sobre Bioética e Desenvolvimento.

Os idiomas de trabalho serão o espanhol e o inglês.

Informações: inscrição, apresentação de trabalhos, certificado, etc.: consultar a página Web: HTTP://www.poeequilibriodelmundocuba.com

O mundo se mobiliza pela libertação dos 5 cubanos presos nos EUA

Vários estados preparam delegações de professores, pró-reitores e estudantes para participar da III Conferência “Pelo Equilíbrio do Mundo”. Pernambuco trouxe o conselheiro político da Embaixada de Cuba, Rafael Hidalgo, para uma palestra sobre o temário da Conferência. Rafael informou que cresce a criação e mobilização dos Comitês pela libertação dos 05 heróis cubanos presos injustamente nos EUA em todos os continentes e em quase todos os países do mundo.

A palestra aconteceu no dia 14 de novembro em Recife, na sede da Associação do Ministério Público de Pernambuco, com assento na mesa do Centro Cultural Manoel Lisboa, Associação dos Juízes Trabalhista, Juízes para a Democracia, Pró-Reitorias de Extensão da UFPE, UFRPE e UPE e intensa participação de estudantes e professores universitários vinculados às Cátedras José Marté-UFPE e  Simón Bolívar, Sandino e Abreu e Lima-UPE.

 Edival Cajá, presidente do Centro Cultural Manoel Lisboa

Em defesa dos direitos das trabalhadoras domésticas

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Uma em cada cinco brasileiras (19,7%) que fazem parte da população economicamente ativa é trabalhadora doméstica. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2009, mostram o peso da categoria, que soma 7,2 milhões de trabalhadores, mas segue marginalizada e sem a garantia de alguns direitos trabalhistas.

“No mundo todo são 53 milhões de trabalhadores domésticos. Mas esse número é subestimado porque, na maioria dos casos, é um trabalho que se exerce de maneira invisível, informal e fora das garantias da legislação trabalhista”, aponta Laís Abramo, diretora da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil.

Um dos principais problemas que os trabalhadores domésticos enfrentam no país é a informalidade. Dados apresentados pela OIT indicam que menos de 30% das domésticas têm carteira assinada e, segundo Laís, boa parte ainda recebe menos do que o salário mínimo.

A Câmara dos Deputados aprovou no dia 21 de novembro deste ano, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 478/2010, que amplia os direitos dos trabalhadores domésticos. A proposta estabelece que os empregados domésticos tenham os mesmos direitos trabalhistas dos empregados das demais categorias. Para entrar em vigor, o projeto passará ainda por mais uma votação na Câmara e duas no Senado, necessitando sempre da aprovação de 2/3 dos parlamentares em cada votação.

Conhecida como PEC das Domésticas, a proposta inclui obrigatoriedade de recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), carga horária semanal de 44 horas, hora-extra e adicional noturno.

A verdade é que a média salarial das trabalhadoras domésticas é menor que o salário mínimo em todo país e no Nordeste é inferior a R$ 350. Sem falar que muitas dessas trabalhadoras começam ainda crianças nesses “empregos” e trabalham em troca de comida e “estudos”.

Por isso, a defesa dos direitos dessa categoria é fundamental para que muitas injustiças cometidas em nosso país sejam combatidas. Sem dúvida nenhuma, para avançar nessa luta é fundamental que cada vez mais trabalhadoras se organizem nos seus sindicatos e lutem pela aprovação em lei de seus direitos.

Alex Feitosa, Natal 

Trabalhadores egípcios tomam as ruas contra novo golpe

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Com o objetivo de se manter no poder mesmo contra a vontade do povo e estabelecer uma nova ditadura no Egito, o presidente Mohamed Muorsi anunciou no último dia 22 de novembro que as declarações constitucionais, decisões e leis elaboradas por ele até o fim da elaboração da nova Constituição são definitivas e não podem ser anuladas nem mesmo pela Suprema Corte. Com essas medidas, o presidente tirou o poder da Justiça de dissolver o Parlamento, demitiu o procurador-geral, decretou sua autoimunidade judicial e determinou a retomada dos processos contra os membros da deposta ditadura de Hosni Mubarak. O presidente também passou a acumular o Legislativo, já que o Parlamento foi dissolvido em junho.

Em resposta ao que consideram um novo golpe de Estado, milhares de egípcios tomaram as ruas nas principais cidades do país exigindo a saída do presidente do poder e queimaram as sedes do partido do Governo em quatro cidades. Na famosa Praça Tahrir, no Cairo, os manifestantes gritavam “Mubarak, diga a Mursi que a prisão vem logo depois do trono” e pediam sua saída imediata. Em resposta, a Polícia lançou gás lacrimogêneo contra os manifestantes e prendeu mais de 130 pessoas.

Para os apoiadores do atual presidente, o decreto foi uma maneira de “preservar a revolução” e “acelerar a transição”. No entanto, a oposição acusa Mursi de querer deter os mesmos poderes do ex-ditador Hosni Mubarak e de se tornar um “novo faraó”. “Isso é um golpe de Estado contra a legalidade. Chamamos todos os egípcios a protestar em todas as partes do Egito”, disse Sameh Ashur, membro da ordem dos advogados.

A retomada das grandes manifestações por mudanças democráticas no Egito revela, além da disposição de luta desse povo, uma tomada de consciência por parte da juventude e dos trabalhadores do país, cansados de serem enganados e de verem seus direitos pisados. Iniciaram um processo de construção de uma nova história e, agora, querem chegar até o fim, pois aprenderam que não há no mundo força maior que a de um povo em luta.

ONU condena embargo dos EUA a Cuba pela 21ª vez

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Pela 21ª vez, a Assembleia Geral da ONU condenou o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba. A condenação foi aprovada de maneira esmagadora por 188 países, tendo apenas três votos contrários, dos Estados Unidos, Israel e Palau. Além deles, Micronésia e Ilhas Marshall se abstiveram.

Durante os debates que precederam a votação, o isolamento dos Estados Unidos já era evidente. A representante do Brasil e do Mercosul na Assembleia Geral, Maria Luísa Ribeiro, classificou o bloqueio como um exemplo de “política obsoleta, que não tem lugar na atualidade”. “O embargo é contrário ao princípio da justiça e dos direitos humanos, gera carências e sofrimento a toda a população cubana, limita e retarda o progresso econômico, social e a obtenção dos objetivos de desenvolvimento do milênio”. Já o embaixador da Argélia nas Nações Unidas, Mourad Benmehid, representando o Grupo dos 77 mais China, afirmou que “o Grupo dos 77 mais China considera que o bloqueio viola as leis fundamentais do direito internacional, […] a Carta da ONU e os princípio de relações pacíficas entre países”. A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), a Comunidade de Estados do Caribe (Caricom) e alguns países individualmente, como México e Venezuela, insistiram em que o embargo é contrário aos princípios da Carta das Nações Unidas e às regras do direito internacional.

Antes da votação, o ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, denunciou um “persistente recrudescimento” do embargo contra Cuba durante os primeiros quatro anos do governo de Barack Obama. O governo Obama endureceu o embargo, em especial no setor financeiro, impondo, desde 2009, multas de mais de dois bilhões de dólares a empresas e pessoas de outros países que têm negócios com Cuba. “É um ato de agressão e uma ameaça permanente contra a estabilidade de um país. É também uma grosseira violação das normas de comércio internacional, da livre navegação e dos direitos soberanos dos Estados”, indicou.

O embargo foi imposto de maneira oficial em fevereiro de 1962, no governo do presidente John F. Kennedy. Mas o governo norte-americano já havia imposto algumas sanções em 1959, ano do triunfo da Revolução Cubana. As perdas da economia cubana em 50 anos de embargo norte-americano superam os 100 bilhões de dólares até 2011, de acordo com autoridades do país. Caso seja levada em conta a desvalorização do dólar frente ao padrão-ouro nesse meio século, a cifra superaria o trilhão de dólares.

Da Redação