UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

quarta-feira, 17 de setembro de 2025
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Seca na Bahia atinge mais de dois milhões de pessoas

Seca na Bahia atinge mais de dois milhões de pessoasO Estado da Bahia sofre a maior seca dos últimos 30 anos. A seca já atinge todo semiárido baiano e fez o governo estadual decretar situação de emergência em 196 municípios. Em dezembro do ano passado, eram 29 cidades nessa situação.

Na região de Irecê, a que mais produz feijão no Nordeste, as perdas na lavoura passam de 80%. Há escassez de água até no subsolo. Poços artesianos secaram. Os que ainda funcionam já dão sinais de que também estão se esgotando.

Nos pastos, pouca comida, o capim já secou. O gado está morrendo de fome. O jeito é carregar a palha do milho que o sol não deixou colher. Para maioria das comunidades do sertão, o caminhão pipa é a única fonte. E quem recebe a água que ele traz tem a obrigação de dividir. O trabalhador rural João Souza disse que 40 famílias se abastecem em sua casa, ao todo são 120, 130 pessoas.

Os reservatórios do Estado estão praticamente secos. O de Mirorós, na margem do rio Verde, está com apenas 9% de sua capacidade. A barragem deveria garantir água para 350 mil habitantes do norte da Bahia. A seca compromete a agricultura do semiárido. Duas adutoras estão em construção para tentar levar mais água do São Francisco para as barragens. Mas as obras, fundamentais para 750 mil pessoas, só devem ficar prontas no fim do ano. Enquanto a água não chega, Exército, municípios e Estado abastecem os flagelados com carros-pipas.

O ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra foi a Salvador e assinou um convênio de R$ 168 milhões para que sejam construídos 1.240 sistemas de abastecimento de água até 2013. Cerca de cem serão feitos em regime emergencial. O governo federal liberou R$ 10 milhões para contratação de carros-pipas e cestas básicas.

Com a falta de chuvas e o período de seca agravaram o aparecimento de focos de calor no estado e os incêndios florestais. A seca que atinge o interior da Bahia tem provocado focos de incêndio na vegetação. Em Campos de São João, no município de Palmeiras, na região da Chapada Diamantina, o fogo que atingia a vegetação desde a do dia 5 de abril, mas só foi controlado quatro dias depois.

Diante desses fatos, quem mais sofre é a população pobre que está sendo castigada pela seca, no total 2,3 milhões de pessoas, pois, os prejuízos maiores ocorrem nas pequenas lavouras de subsistência e de agricultura familiar.

Redação Bahia

Dívida espanhola atinge 165% do PIB, mas igreja e rei não sofrem austeridade

Dívida espanhola atinge 165% do PIB, mas igreja e rei não sofrem austeridadeA dívida soberana espanhola atingiu no final de 2011 o valor de 1,775 bilhões de euros, correspondente a 164,5 por cento do PIB, porcentagem que corresponde à que produziu as cruéis intervenções de austeridade na Grécia. Os dados foram divulgados pelo Banco da Espanha no mesmo dia em que o governo de Rajoy anunciou mais cortes de despesas pública, atingindo a saúde pública e a educação.

A relação entre a dívida soberana e o PIB na Espanha é das mais altas do mundo. As normas da União Europeia estabelecem uma dívida externa máxima de 60 por cento do PIB; quando se iniciou a intervenção na Grécia a dívida grega era de 120 por cento do PIB, verificando-se que a política de austeridade adotada a fez subir em menos de dois anos para quase 170 do PIB. O governo direitista de Rajoy, em associação com a senhora Merkel e a Comissão Europeia, segue essa mesma política na Espanha, que poderá significar um desempregado a cada quatro espanhóis no fim deste ano. A dívida espanhola é sobretudo externa; só 16 por cento correspondem a dívida pública.

Na segunda-feira, o governo de Mariano Rajoy anunciou novos cortes no valor de 10 bilhões de euros na saúde pública e na educação. Apesar do anúncio do aprofundamento da austeridade, os juros da dívida espanhola continuam a aumentar, provocando o que a comunicação social qualifica como “a desconfiança dos mercados”. O mesmo acontece com as dívidas da Itália e da Grécia, revelando estas situações o fracasso contínuo das políticas de austeridade.

Mariano Rajoy anunciou já cortes de despesas em três etapas: a primeira de 16 bilhões de euros; a segunda de 40 bilhões; e agora a terceira, de 10 bilhões, sem dar mais explicações.

Entretanto, a revista Europa Laica anunciou recentemente que o Estado Espanhol, que a Constituição proclama laico, contribui anualmente com cerca de 10 bilhões de euros para a Igreja Católica, verba equivalente à terceira fatia de cortes incidindo sobre saúde e educação. Os gastos do Estado com a casa real, segundo informações desta instituição, atingem 16 bilhões de euros anuais, correspondentes ao valor da primeira fatia de cortes.

Fonte: BE Internacional

Biografia de Karl Marx, o maior pensador da humanidade

Biografia de Karl MarxHomem de Ciência e Lutador Socialista

“…Assim como Darwin descobriu a lei do desenvolvimento da natureza orgânica, Marx descobriu a lei do desenvolvimento da natureza humana […] Marx descobriu também a lei específica que move o atual modo de produção capitalista e a sociedade burguesa criada por ele”. Mas ele não se contentava com os estudos,com as brilhantes conclusões a que chegava como resultado de suas investigações. O que considerava a verdadeira missão de sua vida? “…Marx era, acima de tudo, um revolucionário. Cooperar para a derrubada da sociedade capitalista, contribuir para a emancipação do proletariado. A luta era seu elemento.” (Engels, discurso no túmulo de Marx em 17/3/1883).

O interesse pelo estudo, pela pesquisa, para entender os fenômenos em sua essência e não apenas em sua aparência, acompanhou desde a mais tenra idade Karl Einrich Marx, que nasceu em Treves (Prússia, Alemanha) no dia 5 de maio de1818. O pai, Einrich Marx e a mãe, Henriqueta Pressburg eram de origem judaica. Os primeiros estudos foram no Liceude Treves, mas ele não se limitava aos ensinamentos da escola. Freqüentava a casa de Ludwig de Westafalen, funcionário do governo prussiano e homem de vasta cultura. Outro fator também atraía o garoto: uma bela menina, Jenny, filha do sábio amigo e também muito interessada em beber na fonte do conhecimento. Com ela, Marx casar-se-ia aos 26 anos e viveria a vida inteira.

Em 1835, foi para a Universidade de Bonn mas logo se transferiu para a de Berlim,“centro de toda cultura e de toda a verdade”, como a classificava o filósofo Hegel. Foi nela que depois de muito estudo, muita reflexão, se tornou um jovem hegeliano. Marx dedicou-se ao estudo da filosofia, do direito, da história, da geografia e expressava essa ânsia de saber nas cartas ao pai e em poesias.

Abandonou cedo os estudos de Direito para aprofundar os conhecimentos filosóficos e obteve o título de doutor em1841. Tentou uma vaga de livre docente,mas as universidades prussianas não simpatizavam com livres pensadores.

A oportunidade de trabalho surgiu quando um grupo de liberais da Renânia fundou um jornal, a Gazeta Renana e convidou os jovens hegelianos para a redação. Constatou então que para escrever sobre questões da atualidade, como as teorias do socialismo francês e as questões agrárias da Renânia, não bastava o saber filosófico, tornando-se necessário estudar a fundo a Economia Política e o Socialismo.

Os estudos da economia política e do socialismo levaram Marx a romper com a visão hegeliana e aderir ao comunismo. Em outubro de 1843, morando em Paris com Jenny, com quem se casara em setembro daquele ano, escreveu em Anais Franco-alemães, publicação que dirigiu: “…O sistema de lucro e do comércio, da propriedade privada e da exploração do homem, acarreta no seio da sociedade atual, um dilaceramento que o antigo sistema é incapaz de curar porque ele não cria nem cura, mas apenas existe e goza”.

Anais Franco-alemães publicou um trabalho intitulado Esboço de uma Crítica da Economia Política, que Max classificou de genial. Era de autoria de Friedrich Engels, que por sua vez acompanhava com admiração os escritos de Marx. Os dois se encontraram em Paris em setembro de 1844, ocasião em que nasceu uma amizade e uma parceria ímpares e fundamentais para a elaboração da teoria do socialismo científico (Sobre Engels,veja A Verdade nº 47).

Até ser expulso da França em 1845, a pedido do governo prussiano, Marx conviveu com os operários, conheceu seus movimentos, os socialistas utópicos e teóricos como Proudhon, com quem estabeleceu uma polêmica.

Proudhon escreveu A Filosofia da Miséria, obra em que criticava os utópicos, que pretendiam construir uma nova ordem social “sobre os sentimentos paradisíacos de fraternidade, de amor, de abnegação”. Propunha ação concreta, mediante a criação de grupos de produção autônomos, que trocariam entre si os produtos criados por eles, prescindindo da moeda e estabelecendo relações de cooperação e solidariedade. As atividades seriam organizadas de acordo com as necessidades da Comunidade .

Marx respondeu em A Miséria da Filosofia que Proudhon não compreendeu que as relações sociais entre os homens estão estreitamente ligadas às forças produtivas. No capitalismo, à medida que a burguesia se desenvolve, surge um novo proletariado; uma luta é travada entre a classe proletária e a burguesia, dado o caráter contraditório do sistema, pois as mesmas condições nas quais se produz a riqueza se produz a miséria. A única solução justa, diz Marx, porque provém da situação real, é organizar a classe oprimida para tornar a luta consciente. No decorrer dessas lutas é que nascerá a nova sociedade; aliás, ressalta, isso só poderá se suceder quando as forças produtivas tiverem atingido elevado grau de desenvolvimento.

O Manifesto Comunista e a organização do proletariado

Expulso de Paris, Marx foi para Bruxelas, onde ingressou na Liga dos Comunistas, organização dos operários alemães imigrados, à qual já pertencia Engels. A Liga definiu seus princípios e atribuiu a Marx e Engels a tarefa de dar-lhes forma e fundamentação teórica. Nasceu o Manifesto do Partido Comunista publicado em 1848, que se tornou a bíblia do movimento operário revolucionário. O Manifesto trata de três temas essenciais:

1-  a história do desenvolvimento da burguesia. Sua obra positiva e negativa;
2-  a luta de classe e o papel do proletariado;
3-  a ação revolucionária dos comunistas.

Mal é editado o Manifesto Comunista, eclode a revolução de 1848, que destrona a monarquia reinstalada na França pela burguesia, e se espalha por toda a Europa. Marx foi imediatamente preso e expulso de Bruxelas. Engels conseguiu se engajar no movimento revolucionário e participou de várias batalhas. Com a derrota, deixou o país. Ambos foram viver na Inglaterra, Marx em Londres e Engels em Manchester, mas comunicavam-se diariamente e voltaram a ser vizinhos 20 anos depois. Nesse período Marx se dedicou à elaboração de O Capital, sua principal obra, e aos contatos com o movimento operário.

A idéia surgiu da correspondência entre militantes operários da Inglaterra e da França e em setembro de 1864 se fundou a Associação Internacional de Trabalhadores. A mensagem inaugural, redigida por Marx, destaca a necessidade de uma ação econômica e política da classe operária em favor da transformação da sociedade. Marx dedicou-se á Internacional de 1865 a 1871, ano em que ela foi dissolvida, graças à ação dos anarquistas seguidores de Michael Bakunine (ativista russo).

Pai doce, terno e indulgente

Foi a Internacional que levou o jovem militante Paul Lafargue a conhecer Marx, de quem se tornou discípulo, amigo, admirador e genro, pois se casou com Laura, uma de suas três filhas (O casal Marx/Jenny teve seis filhos – quatro meninas e dois meninos-, dos quais só três meninas sobreviveram [Jenny, Laura e Eleanor]).

É Lafargue quem detalha aspectos da vida pessoal de Marx, destacando sua energia incansável para os estudos e para a ação. Seu cérebro não parava e durante as caminhadas que faziam no final da tarde, discorria sobre questões relativas ao capital, obra que estava elaborando na época e da qual só redigiu o I Volume, tendo Engels escrito os dois seguintes, a partir das anotações que o amigo deixou.

Quando cansava do trabalho científico, lia romances, dramaturgia, conhecia de cor as obras de Shakespeare ou álgebra (chegou a escrever um trabalho sobre cálculo infinitesimal). Os domingos eram reservados para as filhas, uma exigência delas. “Pai doce, terno e indulgente, não dava ordens, pedia as coisas por obséquio, persuadia-as a não fazer aquilo que contrariasse seus desejos. E como era obedecido! As filhas não o chamavam de pai e sim de ‘mouro’, apelido que lhe deram por causa de sua cor mate, de sua barba e dos cabelos negros”.

O proletariado tomou o céu de assalto

Em fins de 1870, o proletariado francês voltava a efervescer e uma insurreição se anunciava. O Conselho Geral da Associação Internacional dos Trabalhadores avaliou que não havia amadurecimento das condições objetivas para assegurar o poder da classe operária e implantar o socialismo e emitiu resolução redigida por Marx, apelando para que “… utilizem, tranqüilamente e com energia, os meios que lhes oferecerem as liberdades republicanas a fim de poderem efetivar a organização de sua própria classe. Isso lhes proporcionará forças novas e gigantescas para a renascença da França e a realização da tarefa comum: a libertação do proletariado”.

Mas os operários parisienses não deram ouvidos; cansados da política antidemocrática, humilhados, no dia 18 de março de 1871 tomaram o poder e instalaram a Comuna de Paris, anunciando as primeiras medidas de construção de uma sociedade socialista. A duração foi efêmera, mas rica de experiências que Marx consolidaria na sua obra A Guerra Civil na França.

A Internacional deu todo o apoio possível ao proletariado francês em luta,tanto durante a guerra, como depois, protegendo os exilados e denunciando ao mundo a cruel repressão que a burguesia desencadeou sobre os operários parisienses e suas famílias.

Os últimos anos

Foram de sofrimento, com as doenças que lhe atingiram e à mulher, Jenny, que faleceu no dia 2 de dezembro de1881. Ao tomar conhecimento do fato, Engels comentou: “O mouro morreu também”. E não se enganava. Já debilitado,com problemas pulmonares , no dia 14 de março de 1883, o genial pensador faleceu repentinamente enquanto repousava numa cadeira em seu aposento de trabalho.

No sepultamento, sem cerimonial,como era seu desejo, junto à esposa, colaboradora e companheira de toda a vida, Engels discursou: “… É praticamente impossível calcular o que o proletariado militante da Europa e da América e a ciência histórica perderam com a morte deste homem…”

Legado e atualidade do marxismo

“Os filósofos buscam interpretar o mundo, enquanto nós queremos transforma-lo”, assim diferenciava Marx o materialismo histórico e dialético da filosofia clássica e mesmo da hegeliana. E o marxismo tem sido, de fato, guia para ação dos movimentos revolucionários dos trabalhadores em todo o mundo.

Apressada, a burguesia comemorou a derrocada dos regimes ditos socialistas da URSS e do leste europeu no final dos anos 80 e início da década de 90 e chegou a propalar o “fim da história”, deixando de observar que a tragédia se deu exatamente porque os dirigentes, atraídos pelo canto de sereia burguês, se desviaram do marxismo que norteou a Revolução Bolchevique de 1917, dirigida por Lênin, um genial discípulo de Marx.

Mas não demorou e o champanhe foi substituído por lágrimas, em decorrência dos conflitos que se sucederam nos quatro cantos do mundo e atingiram o centro do imperialismo.

Ao contrário, a evolução do capitalismo só tem comprovado as teses marxistas e seu caráter científico.

Globalização: por que a surpresa?

Nas suas jogadas de marketing, os teóricos da burguesia e seus meios de comunicação apresentaram a chamada “globalização” como algo novo, avassalador, que suplantaria qualquer resistência e bloquearia qualquer tentativa de transformação social. Ora, o capitalismo tem caráter mundial desde o seu surgimento: o que foram as grandes navegações? A colonização? É de sua essência,como afirmou o Manifesto Comunista, no ano de 1848: “… Pela exploração do mercado mundial, a burguesia imprime um caráter cosmopolita à produção e ao consumo em todos os países.”

Os fatos recentes comprovam também que quanto mais se desenvolve, mais o capitalismo “forja as armas que o levarão à morte”. A produtividade é cada vez maior, mas o avanço tecnológico que a possibilita produz um exército permanente de desempregados e comprime os salários dos que permanecem na ativa, reduzindo assustadoramente o número de consumidores. Por isso, as crises se repetem em ciclos cada vez menores e atingem tanto a periferia como os países centrais. Seu declínio e a vitória do proletariado são, portanto, inevitáveis.

Essa vitória não é automática, entretanto. Ela carece da ação do proletariado consciente e organizado enquanto classe “para si”, tendo à frente os comunistas, “parcela mais decidida e avançada dos partidos operários de cada país” e que têm uma visão internacionalista, capaz de fomentar a união mundial dos oprimidos, realizando a conclamação com que Marx e Engels concluíram o Manifesto: “Proletários de todos os países,uni-vos”.

Através dos séculos

Para finalizar essa tarefa hercúlea, falar sobre Marx em uma página, queda a minha pena, incapaz de expressar algo diferente ou que se aproxime, pelo menos, do que proferiu Engels ante o túmulo em que foi depositado o corpo do grande pensador e herói do proletariado: “…o homem mais odiado e caluniado pela burguesia morreu venerado e querido, chorado por milhões de trabalhadores da causa revolucionária. Seu nome viverá através dos séculos e, com ele, sua obra”.

Luiz Alves
(Publicado no Jornal A Verdade, nº 48)

Áreas de Teresópolis afetadas pela chuva são consideradas de risco desde 2007

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Áreas de Teresópolis afetadas pela chuva são consideradas de risco desde 2007As áreas atingidas pela chuva na última sexta-feira (6) em Teresópolis, região serrana do Rio, estão identificadas como áreas de risco desde 2007, informou hoje (9) o presidente do Serviço Geológico do Rio de Janeiro (DRM-RJ), Flávio Erthal. Segundo o geólogo, um mapeamento, com recursos do Ministério das Cidades, foi feito há cinco anos na região, o que levou a prefeitura a instalar sistemas de sirenes nesses locais. No fim de semana, deslizamentos de terra deixaram cinco mortos e centenas de desalojados e desabrigados.

“A origem do problema está na ocupação urbana irregular, que ocorre há mais de 50 anos. Enquanto não é possível resolver a situação da falta de moradia, a Defesa Civil do município e a do estado estão atuando e muitas vidas foram salvas por causa das sirenes”, declarou Erthal. Ele lembrou que desde o desastre de 2011, que deixou dezenas de mortos e centenas de desabrigados na região, as autoridades passaram a investir mais no sistema de pluviômetros, de previsão e de alarmes, com compras de radares, instalação de sistema de sirenes e planos de evacuação.

“A capacidade de resposta está melhor, mas, claro, há ainda muito o que melhorar e ser ajustado”, comentou o geólogo sobre o fato de que sirenes não foram acionadas em algumas localidades de Teresópolis por falha no sitema de envio de mensagens por celular.

O presidente do DRM-RJ explicou que todo o estado está passando por um mapeamento preventivo para ampliar o conhecimento geológico dos 92 municípios fluminenses. A previsão é que até 2013 todas as áreas de risco de deslizamento do Rio estejam identificadas.

Esta semana estão sendo mapeadas as áreas de risco dos municípios de Campos, Varre-Sai e Itaperuna.

“A questão do uso do solo é responsabilidade do município. Nosso mapeamento oferece às prefeituras uma carta com os pontos de risco iminente, com fotografias, delimitações, casas sob ameaça e número de pessoas nessas casas. O município então, com o apoio do estado e do governo federal, se for necessário, deve retirar as pessoas ou providenciar obras de contenção”.

Além das três cidades que estão sendo mapeadas, o departamento já vistoriou 31 municípios e espera inspecionar mais 15 cidades ao longo de 2012.

Flávia Villela
Fonte: Agência Brasil

Estudantes de Turismo da UFOP acampados contra autoritarismo

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Desde o dia 22 de março alunos do curso de Turismo da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) estão acampados na porta do Detur (Departamento de Turismo) em protesto ao retorno concedido via liminar da Prof. Ângela Cabral Flecha, que estava afastada desde setembro de 2011, após uma Assembleia Geral Extraordinária realizada entre professores e alunos do curso que decidiu pelo afastamento da direção da Faculdade de Turismo.

Durante muitos anos a comunidade acadêmica do curso de Turismo da UFOP sofreu com uma direção autoritária e inflexível que Ângela chefiava a frente do Departamento de Turismo e na forma intransigente na implantação do sistema de aulas importantes para o curso, como monografia I e II, não aceitando opiniões divergentes a sua e buscando desqualificar a imagem daqueles que a questionavam, inclusive, utilizando-se de ofensas de caráter pessoal e profissional.

Com uma conduta manipuladora e inconstante, a ex-diretora acumulou há anos vários processos judiciais de irregularidades administrativas, abusos de autoridade e assédio moral, muitos ainda em andamento, como por exemplo, sumiço de computadores pertencentes ao departamento, plágio de monografia, inclusive contra o reitor da universidade, de perseguição a funcionários, alunos entre outros métodos alheios aos interesses da comunidade.

Agora, a professora Ângela retorna sob força de liminar na Justiça, fato que desagrada a todos na Faculdade de Turismo. Após ver e conviver com colegas e professores sendo prejudicados e pressionados psicologicamente, afetados pela má conduta e métodos ditatoriais utilizados pela Prof. Ângela Cabral durante muitos anos, os alunos do Bacharelado em Turismo, com o apoio dos professores do DETUR, se negam a assistir às aulas e encontram-se acampados em frente ao prédio até que seja normalizada e solucionada a reinvindicação de colocar á frente do departamento uma nova direção, mais qualificada e sensível aos interesses da comunidade acadêmica. “Permaneceremos aqui, dia e noite, sob chuva e sol, 24 horas por dia, até que nossa voz seja ouvida. Nossa luta é por todos os estudantes, educadores, técnicos servidores!” diz, Bianca Nogueira, estudante de Turismo.

Todos os processos da professora podem ser lidos no site: http://www.stj.gov.br.

Coletivo de estudantes da ocupação na Faculdade de Turismo da UFOP, MG

De onde vem os lucros da FIFA?

Joseph Blatter, presidente da FIFAFundada em 1904, a FIFA (Federação Internacional de Futebol Associado) obteve um faturamento de US$ 1,07 bilhão em 2011 e US$ 1,3 bilhão em 2010, um valor equivalente à riqueza de um pequeno país. Em 2009, o rendimento foi de 1,29 bilhão de dolares. Boa parte desse patrimômio foi acumulado a partir de 1974, na gestão do brasileiro João Havelange, que selou os contratos da entidade com as multinacionais. Como a FIFA acumula tantas riquezas a ponto de a crise econômica mundial parecer ter tido pouca influência sobre a federação?

Como tudo começou

A FIFA possui contrato com seis chamados parceiros dos eventos esportivos: Adidas, Coca-Cola, Emirates, Hyundai, Sony e Visa. O acordo entre essas marcas e a FIFA foi celebrado no dia 11 de junho de 1974, em Frankfurt, durante a Copa do Mundo da Alemanha Ocidental. Nessa data, o brasileiro João Havelange venceu seu concorrente, o britânico Stanley Rous, na disputa pela presidência da instituição, com o auxilio de ninguém menos que Horst Dassler, presidente da empresa de material esportivo Adidas França, que persuadiu os delegados das vantagens da gestão de Havelange. A partir dai selou-se o acordo entre a FIFA e a Adidas, marcada por contratos cada vez maiores.

Dassler por sua vez convenceu a Coca-Cola a financiar os projetos de campanha de Havelange. Em contrapartida, o grupo norte-americano teve o direito de exibir seu logotipo na Copa do Mundo. Com a entrada da Coca-Cola vieram os outros. Foi assim que a federação internacional fechou seu pacto com as multinacionais.

Direitos de transmissão dos jogos

Mas isso é pouco para a sede de lucro de um capitalista, e o presidente da Adidas criou a empresa de marketing e gestão de direitos, International Sport and Leisure (ISL), em 1983, para explorar o direito de transmissão dos jogos da Copa do Mundo. O executivo da Adidas tornou-se o associado número um da FIFA. O esquema funcionava assim: a ISL comprava os direitos diretamente da FIFA e os revendia a preço de ouro às cadeias de televisão.

A ISL decretou falência em dezembro de 2001 e seus executivos, acusados de má conduta, foram inocentados. De acordo com o argumento da acusação, elaborado durante o processo no tribunal de Zug (Suíça) em março de 2008, os cartolas haviam desviado 70 milhões de euros, pagos pelas cadeias de televisão Globo (Brasil) e Dentsu (Japão) para a compra dos direitos de difusão das Copas do Mundo de 2002 e 2006.

O atual presidente, Joseph ‘Sepp’ Blatter mantem seu pagamento em segredo, mas ganharia perto de US$ 4 milhões por ano. Blatter, que sucedeu a Havelange em 1998, agora fecha os negócios da entidade com seu sobrinho, Philippe Blatter, presidente da empresa Infront Sports & Media AG, titular dos direitos televisivos da FIFA. Em 2009, Joseph Blatter recebeu das mãos de seu sobrinho 487 milhões de euros a título de direitos de difusão, entre os quais 469 milhões para a Copa do Mundo de 2010, ou seja, 60% do rendimento da FIFA.

Natália Alves

Salário mínimo no Brasil deveria ser de R$ 2.295,58

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) anunciou nova pesquisa sobre o preço da cesta básica. Mesmo com uma leve redução de 1,19%, a cesta básica em São Paulo custa R$ 273,25, a mais cara do país. A capital é seguida na pesquisa por Porto Alegre (R$ 264,19), Belo Horizonte (R$260,93) e Vitória (R$ 260,23).

Ainda segundo a pesquisa o salário mínimo no Brasil deveria ser de R$ 2.295,58, o que significa 3,69 vezes o salário mínimo atual, de R$ 622,00. O DIEESE utiliza como base a capital com maior custo de vida (São Paulo) e leva em conta o princípio firmado na Constituição de que o menor salário pago deva suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Natália Alves

Atentado à democracia na FAFICH – UFMG

Estudantes da FAFICH (UFMG) em assembleia contra atentado à democracia por parte da diretoria da faculdadeNa manhã do dia 2 de março os estudantes da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas – FAFICH – da UFMG se depararam com a interdição do Centro Acadêmico de Filosofia – CAFCA -, que estava com sua porta trancada e com uma nova fechadura. A diretoria da FAFICH arrombou a sede do CAFCA durante o final de semana de maneira arbitrária e autoritária. Os motivos apresentados pela diretoria foram a falta de uma gestão formal do Centro Acadêmico (CA) e o que chamaram “apoio à venda de alimentos ilegais na FAFICH”, pois os estudantes guardaram o carrinho de balas da Márcia – vendedora ambulante que vende balas na FAFICH – dentro do CA.

Diante desse absurdo os estudantes tentaram dialogar com a diretoria para que esta abrisse a porta, tentativa em vão, pois a diretoria permaneceu intransigente em sua postura autoritária. Os estudantes decidiram então, em assembleia, abrir a porta do CA, ocupar o espaço que lhes é de direito e entregar a porta violada pela diretoria da FAFICH na sala do diretor, para que ele faça dela um melhor proveito.

É importante salientar que os espaços estudantis foram conquistados pelo Movimento Estudantil, por isso são de direito dos estudantes e cumprem um papel importante na Universidade. Essa atitude da diretoria da FAFICH, que tenta a todo momento, de forma arbitrária, impedir os espaços de organização e convivência estudantil é uma manifestação da postura atrasada e antidemocrática da mesma, desrespeitando a autonomia dos estudantes. Posturas como essas retomam a Ditadura Militar, que em uma de suas primeiras ações, em 1964, incendiou a sede da UNE como forma de intimidação e invadiu as instalação da Faculdade Nacional de Direito, apreendendo documentos e acervos históricos do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira.

Os estudantes permanecem em constante vigilância e organizando ações para garantir que esses retrocessos não saiam impunes e que a democracia volte a reinar na FAFICH, local que foi berço da Democracia em vários momentos.

Isabela Rodrigues Ligeiro
Diretora do Centro Acadêmico de Ciência Sociais da UFMG

O lado negro do chocolate: crianças escravizadas nas plantações de cacau

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Enquanto os maiores fabricantes de chocolates do mundo somam vultuosos lucros na celebração capitalista da páscoa, centenas de crianças são vendidas como escravas na Costa do Marfim para trabalhar em plantações de cacau.

Essas crianças, que em sua maioria nunca nem ao menos provaram um chocolate, são expostas a péssimas condições de trabalho devido à manipulação de facões, o carregamento de cargas pesadas e a exposição a pesticidas, os quais fazem sentir seus efeitos 20 ou 30 anos depois.

O jornalista dinamarquês Miki Mistrati denunciou essa situação de barbárie no premiado documentário O lado negro do chocolate, visitando desde os pontos de tráfico de crianças nas fronteiras da Costa do Marfim até as plantações nas quais as crianças são escravizadas.

Quando questionadas sobre os fatos, empresas beneficiadas com essa situação tais como Nestlé, Mars e Kargill, entre outras, se recusaram a dar qualquer declaração. Estas limitaram-se a emitir uma nota conjunta na qual declaravam, entre outras coisas, que nos últimos 9 anos investiram – todas juntas, vale ressaltar – 6 milhões de euros em programas de assistência.

Se isso parece alguma coisa, é importante notar, no entanto, que o lucro da Nestlé – sozinha – foi de 12 bilhões de euros no ano de 2009. A mesma Nestlé que detém 12% do mercado mundial.

Mário Lopes

Polícia da Bahia prende estudantes para defender lucro de empresários

Polícia da Bahia prende estudantes para defender lucro de empresáriosO dia 28 de março vai ficar na memória dos movimentos sociais de Feira de Santana, devido à repressão sofrida pela juventude que lutava contra mais um aumento nas passagens de ônibus da cidade. Oito estudantes que dirigiam uma grande manifestação no Centro de Feira de Santana foram violentamente agredidos e presos pela Polícia Militar.

Indignados com os constantes aumentos e o péssimo transporte, três mil estudantes e famílias sem-teto foram às ruas com a palavra de ordem “nenhum centavo de aumento” e contra o aumento abusivo de R$ 2,50 na passagem, o mesmo preço da capital do Estado, Salvador.

A manifestação percorreu as principais ruas de Feira com muita empolgação e combatividade, sendo saudada pelos trabalhadores do comércio, que gritavam das lojas palavras de apoio. Ao chegar em frente à Prefeitura, sentimos um clima pesado e, logo em seguida, a Cavalaria da Polícia Militar tentou avançar sobre a passeata, mas os manifestantes gritaram “Ih, fora, Ih, fora!” e “Policial, não seja jumento, seu filho também vai pagar aumento”.

Quando chegamos ao Terminal Central, a Polícia deu início a uma guerra contra a manifestação. Centenas de policiais fortemente armados começaram a amedrontar os estudantes com o avanço de cavalos, cachorros e a passagem de motos no meio da passeata.

Os estudantes, porém, não se intimidaram e partiram também para cima dos policiais. Numa ação planejada, a Polícia surpreendeu os organizadores da manifestação e lançou dezenas de policiais para prender de surpresa os oito estudantes que coordenavam o ato. Ao agarrar as lideranças, começou o espancamento e a covardia.

Jader Dourado, dirigente do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e do Partido Comunista Revolucionário (PCR), foi arrastado pelo pescoço por vários policiais. Em seguida, foi a minha vez e, logo depois, prenderam Eslane Paixão, Ana Claúdia Mota, Bruno Alexandre e Carla Emanuelle, diretores da Associação dos Estudantes Secundaristas de Feira de Santana (Ames). Antes disso, dois estudantes que participavam pela primeira vez de uma passeata já haviam sido presos: Layla Guimarães e Jackson.

Todos nós fomos levados com violência para dentro de viaturas, algemados e machucados com chutes e murros. Até chegar à Delegacia, as mulheres foram xingadas de putas, cachorrinhas e vagabundas. O major Amon, um dos comandantes desse ato fascista, demonstrando total despreparo para o cargo que ocupa, além de um machismo doentio, gritou para mim: “O que é seu tá guardado!”. E lembrou a Ditadura: “Se você estivesse na década de 1980, ia ver o seu”. Ao longo do percurso, ainda foram colocadas pedras para forjar um (falso) flagrante, além de apagados filmes e fotos de várias câmeras dos estudantes que haviam registrado tudo.

Os estudantes continuaram até o anoitecer fechando ruas, puxando palavras de ordem e esperando por notícias sobre os companheiros presos. Depois de mais de 11 horas na Delegacia, fomos liberados mediante pagamento de fiança e acusados de “desacato à autoridade, depredação do patrimônio público, incitação à violência, vandalismo e resistência à prisão”. Já os policiais, provavelmente receberão alguma medalha por terem defendido a ganância e o lucro das duas famílias que são donas das empresas de ônibus de Feira de Santana.

Durante nossa prisão, contamos com a solidariedade de vários estudantes, sindicalistas, representantes de associações e membros da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores, que divulgavam fotos, vídeos e manifestações de apoio, além da disponibilização, por parte da UEFS, de advogados para nossa defesa.

As ações da repressão só contribuíram, no entanto, para a uma maior indignação do povo. A luta agora é contra dois tipos de violência: o aumento das passagens e a repressão cometida contra os estudantes no dia 28 de março.

Iracema Santos, Feira de Santana – Militante da UJR-BA

Aumenta repressão aos movimentos sociais no Equador

Aumenta repressão aos movimentos sociais no EquadorNo último dia 3 de março, dez lutadores sociais equatorianos, todos eles estudantes ou trabalhadores comuns, foram presos pela polícia, acusados de “terrorismo”, “subversão” e “atentado contra a segurança do Estado”.

Alberto Merchán, Royce Gómez, Javier Estupiñán, Enrique Zambrano, Abigaíl Heras, Santiago Gallegos, Hugo Vinueza, Andrés Castro, Elizabeth Tapia e Cristina Campaña estão detidos no Centro de Detenção Provisória e na Prisão Feminina, em Quito.

Os advogados de defesa negam as acusações e desafiam o presidente Rafael Correa a provar os supostos crimes cometidos pelos dez presos políticos. “Que ele mostre as armas encontradas com estes jovens, os explosivos ou os elementos para fabricar este tipo de bombas, se é que existem”, desafiou o advogado Gonzalo Realpe, que também afirmou que tudo não passa de uma farsa planejada pela polícia a mando do governo. “É uma farsa. Esses rapazes e moças afirmam que a polícia plantou panfletos e documentos como provas para incriminá-los, mas eles nunca viram esse material antes”, disse.

Em comunicado à imprensa, os familiares dos presos políticos afirmam estar “profundamente preocupados, não só por nossos familiares injustamente detidos, como também por todos os equatorianos que, ao que parece, estão submetidos a um Estado de medo, impedidos de pensar, opinar, reunir-se livremente e preocupar-se com os problemas do país”. E continuam: “Expressamos nossa decisão de não calar ante esta arbitrariedade, que busca encontrar bodes expiatórios para os interesses políticos do governo, que, longe de abrir os canais de diálogo correspondentes à insatisfação dos equatorianos, violenta os direitos humanos de profissionais e jovens estudiosos que demonstram diariamente sua alta condição humana e seu elevado compromisso com a pátria”.

No comunicado, as famílias dos militantes detidos também perguntam ao presidente Correa os motivos para a ação da polícia: “Perguntamos ao senhor presidente da Républica se significa um delito de desastabilização do Estado uma reunião cujo objetivo é encontrar explicações para a atual situação do Equador? Ou se é crime analisar documentos que qualquer pessoa pode encontrar nas ruas ou na internet, e que fazem parte do direito à livre expressão que supomos ter em nosso país?”.

Nos últimos anos, os trabalhadores e a juventude equatoriana vêm sofrendo com a crescente repressão e perseguição aos protestos sociais por parte do governo de Rafael Correa, que traiu o programa popular e progressista com que foi eleito e passou a defender os interesses da oligarquia equatoriana e do imperialismo, apesar de manter um discurso de esquerda e “revolucionário”, tudo isso para enganar e confundir a população.

De fato, no Equador aumenta enormemente a carestia de vida, o desemprego, o sucateamento da saúde, o analfabetismo, a pobreza e a perseguição ao movimento social e popular, como prova a prisão do estudante Marcelo Rivera, ex-presidente da Federação dos Estudantes Universitários do Equador, há 24 meses detido sob acusação de “terrorismo”. O governo, para calar a voz do povo, impede a liberdade de expressão, de organização, de reunião e mobilização; sataniza, persegue e prende todos os que pensam diferentemente dele. Atualmente, existem mais de 450 processos contra dirigentes sociais e mais de uma dezena de presos políticos.

Da Redação